Desde o início da crise do coronavírus e o aprofundamento da crise econômica, o PCO lançou a campanha de criar Conselhos Populares em torno das reivindicações da população diante da crise.
A campanha foi lançada com a realização de diversos mutirões em todo território nacional onde o Partido tem quadros e pessoas dispostas a combater o genocídio. Os militantes foram até os bairros operários de suas respectivas cidades para proporem aos moradores a sua organização em torno de reivindicações que garantem sua própria sobrevivência.
No caso da região sul do País, os mutirões vêm sendo realizados em todos os três estados da região, sendo eles respectivamente Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Onde dezenas de mutirões, reuniões com a própria população dos bairros, resultaram em Conselhos Populares formados com atividades regulares e com um nível de organização rapidamente desenvolvidos, além da sua capacidade de influência.
Os casos mais claros de um desenvolvimento que mostra a política coerente dos conselhos e a capacidade de auto-organização do povo pelos seus próprios bairros é Blumenau e Curitiba.
O conselho popular do bairro de Ribeirão Fresco foi fundado no dia 24 de março. Semana após semana, a presença dos moradores da comunidade em torno das atividades do conselho, bem como em suas reuniões aumentaram gradativamente, demonstrando que a partir de um trabalho sério em prol dos trabalhadores, a organização ganha a confiança dos mesmos.
Chegando, no dia 18 de abril, quando 32 pessoas se reuniram sob a estrutura da Associação de Moradores, e lançaram assim o manifesto da comunidade, lançando 500 boletins que são até hoje regulares e semanais.
Hoje o conselho de Ribeirão Fresco já tem 200 pessoas cadastradas, um Restaurante de Campanha que atinge 93 famílias atingindo 351 pessoas. E vem se desenvolvendo a pleno vapor.
Em Curitiba o conselho foi formado dia 12 de Abril, após três semanas de mobilização com os mutirões no bairro do Boqueirão/Alto Boqueirão, que após duas semanas de atividades enviou uma lista de nove reivindicações a prefeitura. Os moradores foram barrados e a carta teve que ser enviada online.
Desde então, a revolta contra a negligência do poder público e a organização em torno do conselho se intensificou fazendo assim um Restaurante de Campanha e um boletim semanal que atinge em torno de 120 pessoas. Com reuniões periódicas, semanais, todo domingo que participam em torno de 30 pessoas. O conselho cadastrou 100 pessoas e vem se espalhando rapidamente pelo bairro.
Agora chegamos em um momento de grande importância, onde se vê, cada vez mais necessária a participação dos moradores em conjunto com os conselhos. Estas atividades não podem apenas se manterem, elas devem se expandir, organizar politicamente toda comunidade pelo que é seu de direito. Porque só a organização da população em torno de suas reivindicações podem barrar o genocídio de Bolsonaro e todos os golpistas.