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Senhor da Guerra

Biden inicia mandato ameaçando militarmente China e Rússia

Presidente americano mostra que tem nada de "mal menor" e já inicia mandato de maneira beligerante.

Após bombardear a Somália, provando que, para o imperialismo, vidas negras não importam, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começou seu mandato mobilizando forças militares para regiões próximas a Rússia e China, numa clara tentativa de provocar ambos os países.

Biden, o senhor da guerra, ordenou, que, por três semanas, quatro bombardeiros e 200 homens façam exercícios no Círculo Polar Ártico. O que Biden espera com isso é realizar uma demonstração ousada de força, visto que a área é dada como estratégica para os interesses russos.

Os bombardeiros utilizados são do tipo B1-B, os únicos supersônicos das forças armadas americanas a carregarem armas nucleares. A provocação fica mais clara se for lembrado que o B1-B foi desenvolvido para atacar a antiga União Soviética.

A Rússia, todavia, também não deixa de mostrar seu poderio militar, ao realizar voos com seus TU-160, bombardeiros similares, porém maiores que o B1-B, em mares próximos à Noruega, onde estão localizadas as tropas americanas, e à Groenlândia. Além disto, os russos já haviam testado no Ártico, em outubro passado, mísseis hipersônicos, que chegam a 11 mil quilômetros por hora.

Para o Pentágono, a Rússia é vista como um grande adversária, pois tem, além de arsenal nuclear em quantidade a competir com os Estados Unidos, uma política de oposição à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos imperialistas norteamericanos.

Já com relação a China, a ameaça aos Estados Unidos não é apenas militar, mas também econômica. Por isso, os imperialistas realizam atividades militares no mar do Sul da China, ao qual a China reivindica quase 90% deste para si.

Logo após a posse de Joe Biden, os Estados Unidos enviaram porta-aviões para região marítima reivindicada pelos chineses. A frota norteamericana carrega 90 aviões preparados para combate imediato e mais seis navios de guerra.

Em resposta, a China realiza exercícios aeronavais, especialmente após a escalada das tensões entre os dois países, quando Donald Trump ainda era presidente.

Um dos pontos de tensão nas relações sinoamericanas é a respeito de Taipé (Taiwan)¹. O governo chinês deixa bem claro que qualquer tentativa de independência da ilha será considerada declaração de guerra. Enquanto isto, os Estados Unidos promete apoio financeiro e militar à ilha em caso de invasão.

Mal menor e mal maior

Joe Biden, um elemento dos setores mais reacionários e agressivos da política norteamericana, elegeu-se com apoio de diversas lideranças da esquerda dos Estados Unidos. A partir da armadilha burguesa do identitarismo e demagógica “justiça social”, o senhor da guerra, angariou, para sua campanha, até mesmo pessoas ligadas a movimentos sociais nos Estados Unidos e no mundo.

Sob o pretexto de ser o “mal menor” em relação ao também fascista Donald Trump, Biden foi colocado a grande salvação da humanidade e o porta-voz do antifascismo. Entretanto, isto não passa de uma grande mentira. O atual presidente norteamericano é um serviçal de primeira ordem do que há de mais bárbaro na burguesia imperialista.

O histórico de Joe Biden na destruição e roubo de riquezas de outros países, como Iraque, Afeganistão, Colômbia e Ucrânia, configura-se como um mar de lama sem fim. Mesmo sabendo disto, a esquerda americana e mundial fez vistas grossas, engolindo, com prazer, a propaganda burguesa de que Donald Trump seria o grande vilão e o responsável por todas as desgraças e que Biden seria a salvação do mundo.

Não que Trump seja um anjo. Pelo contrário, Donald Trump é um fascista que desperta a mais profunda repulsa de qualquer pessoa com a mínima consciência política. Todavia, isto não faz de Biden uma opção mais palatável.

Tanto no seu exercício parlamentar quanto durante seu mandato como vice-presidente da nação líder do imperialismo, Joe Biden mostrou que tem todas as credenciais para ser um mal maior ainda que Trump. Diferente do bufão que estava sentado na cadeira presidencial dos Estados Unidos, Biden possui uma experiência muito mais larga e uma capacidade de viabilizar políticas claramente fascistas e de combate à classe trabalhadora em escala global.

Nem completado um mês de “gestão”, Joe Biden já provocou Rússia, China e Irã, além de bombardear a Somália. No que a crise capitalista aflora, a tensão provocada pelos americanos cresce. A burguesia dos Estados Unidos sabe que está sentada sobre um barril de pólvora prestes a explodir e tenta, de maneira desesperada, provocar um conflito armado para tentar jogar fumaça nos olhos da classe trabalhadora e unir a nação sob alguma justificativa fajuta para ir à guerra contra algum país pobre.

Você pode conferir a série especial “Biden, o senhor da guerra” do Diário da Causa Operária nos links abaixo:

Biden, o senhor da guerra – parte 1 – Iugoslávia

Biden, o senhor da guerra – parte 2 – Iraque

Biden, o senhor da guerra – parte 3 – Afeganistão

Biden, o senhor da guerra – parte 4 – Colômbia

Biden, o senhor da guerra – parte 5 – Malvinas

¹ O leitor pode conhecer melhor os acontecimentos que levaram à “separação” entre Taipé e a China continental no curso sobre a Revolução Chinesa, ministrado pelo companheiro Rui Costa Pimenta, e disponível, na íntegra, no canal Causa Operária TV, no YouTube, a partir do link: https://youtube.com/playlist?list=PL6exWLai3Il3fkXpFQgBUCU8ac732dpnX

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