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Agente genocida

Biden, o senhor da guerra (4): Colômbia, um campo de extermínio

Joe Biden foi um dos pais do Plano Colômbia, um plano de intervenção econômica e militar na Colômbia e que foi replicado em vários países.

O Diário da Causa Operária publica, hoje, a quarta parte do seu especial “Biden, o senhor da guerra”, que tem como objetivo desmascarar o candidato da frente ampla americana. Esperamos tornar claro que Joe Biden não tem nada de “mal menor”. Pelo contrário, é um dos grandes agentes do genocídio imperialista pelo mundo.

Hoje, na quarta parte deste especial, vamos falar do papel de Joe Biden em um vizinho do Brasil, a Colômbia.

Joe Biden nada tem de nova política, mas o oposto. O agente imperialista octogenário tem cargo no senado americano desde 1973. Todavia, seus interesses na América Latina só começaram na virada do século, em 2000, no fim da administração, do também “democrata”, Bill Clinton.

Sob pretensa luta contra os cartéis do narcotráfico e as guerrilhas, Biden pressionou Clinton a aprovar o chamado “Plano Colômbia”. Este plano definia um pacote de ajuda a países estrangeiros, especialmente a Colômbia para combate do tráfico internacional de drogas. Em resumo, o Plano Colômbia foi a extensão do aparelho da “guerra contra as drogas”, já implementada nos Estados Unidos através do endurecimento da repressão, para os demais países do mundo, especialmente os da América Latina. O modelo foi repetido em México, Guatemala, Honduras e El Salvador.

A jornais de Orlando (Flórida, Estados Unidos) e Bogotá (Colômbia), Joe Biden, uma semana antes da eleição escreveu que foi o principal nome do Plano Colômbia e garantiu que ambos os partidos dominantes nos Estados Unidos (Democratas e Republicanos) apoiassem o plano de intervenção. Em outras palavras, Biden deixa exposto à luz do Sol que as disputas entre Democratas e Republicanos são secundárias quando o assunto são os interesses imperialistas sobre o resto do mundo, especialmente sobre os países de capitalismo atrasado.

Este pacote de “ajudas” nada mais foram que uma intervenção militar velada à Colômbia. Entre 2000 e 2008, as forças armadas da Colômbia receberam um aporte de quase 5 bilhões de dólares americanos, 80% dos gastos sob rubrica do Plano Colômbia. As forças armadas colombianas tornaram-se, de fato, apenas uma continuação das forças armadas norteamericanas, realizando atividades conjuntas e agindo em mais de 70 países.

Apesar de Biden e seus comparsas considerarem o Plano Colômbia um verdadeiro sucesso, isto tem nada a ver com o combate ao tráfico de drogas. O resultado obtido foi o aposto, o tráfico internacional de cocaína para os Estados Unidos não apenas aumentou, como o produto atingiu recordes históricos de queda de preços. Hoje, mais de metade do território colombiano é dedicado ao plantio e colheita da Coca.

O Plano Colômbia, em resumo, foi uma estratégia agressiva do imperialismo para manter a agenda neoliberal na Colômbia, pois o país, durante a primeira ofensiva neoliberal, nos anos 90, viu a sua taxa de desemprego subir de 10% para 20%. O imperialismo norteamericano usou a sua ferramenta de terror e repressão para destruir qualquer estabilidade interna da Colômbia, acirrando os conflitos internos e, contraditoriamente, aumentando o poder dos cartéis de narcotraficantes.

Dawn Paley explica, no livro intitulado Drug War Capitalism, que o Plano Colômbia serviu o objetivo de fortalecer um pacto de livre comércio entre os Estados Unidos e a Colômbia. No mesmo livro, Paley coloca que os batalhões do exército colombiano foram treinados para proteger oleodutos controlados por empresas norteamericanas em território colombiano. Isto torna claro que a “guerra às drogas” nunca foi objetivo, mas uma desculpa para uma intervenção econômica e militar na América Latina.

Os Estados Unidos possuem, por volta de, 50 soldados na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, uma zona, hoje, fortemente militarizada. É esperado que Biden, seguindo sua linha militar intervencionista, expanda as atividades militares na fronteira em um futuro próximo.

John Lindsay-Poland, autor de Plan Colombia, mostra que mais que 7 milhões de pessoas foram realocadas pelos conflitos armados, subsidiados pelos imperialistas, além das milhares de homicídios a ambientalistas, camponeses, indígenas, lideranças sindicais, militantes dos direitos humanos e políticos de esquerda na Colômbia.

Até mesmo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, no Relatório de Direitos Humanos de 2020, admite a grande soma de execuções extrajudiciais realizadas pelas forças armadas colombianas.

Segundo a própria ONU, em 2019, entre 107 e 120 militantes dos direitos humanos foram assassinados na Colômbia. Mais de 230 ex-guerrilheiros anistiados foram também executados. Este número mostra que o acordo de paz entre o governo-marionete da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) foi uma grande fraude para desarmar os guerrilheiros e torná-los presa fácil do estado de terror financiado pelo imperialismo norteamericano.

Portanto, fica claro que Joe Biden não é “mal menor” algum e que sua eleição não deve ser comemorada, mas vista com muito cuidado pela esquerda mundial, especialmente as dos países latinoamericanos. Tudo indica que Biden tende a aprofundar, ainda mais, a intervenção no continente para desmantelar qualquer possibilidade de convulsão social devido a crise capitalista sem precedentes que se instala em todo mundo.

Leia também as outras partes do especial “Biden, senhor da guerra”:

Parte 1 – Guerra da Iugoslávia

Parte 2 – Guerra do Iraque

Parte 3 – Guerra do Afeganistão

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