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Criminoso de guerra

Biden, o senhor da guerra (2): um milhão de mortos no Iraque

Joe Biden é o verdadeiro articulador político da carnificina no Iraque, votando a favor da invasão e coordenando as ações genocidas no país do Oriente Médio

Se existe um nome que possa traduzir o significado de “guerra do Iraque e seus milhares, milhões de mortos e mutilados” esse nome é certamente o do candidato democrata norte-americano Joe Biden, o provável próximo presidente dos Estados Unidos da América. 

Biden tenta exorcizar o fantasma que lhe atormenta desde 2002, quando no exercício do cargo de senador, votou pela autorização da entrada dos EUA na guerra, com o envio das tropas ao Iraque, início de uma das maiores carnificinas e morticínio perpetrados por um exército de ocupação contra um país e um povo praticamente indefeso.

A responsabilidade direta de Joe Biden na guerra, todavia, vai muito além do voto dado no Senado para a invasão ao país do Oriente Médio. A crise de Biden com a guerra do Iraque se prolonga com os dois mandatos de Barack Obama, quando o democrata foi o vice-presidente, exercendo funções de Estado muito importantes, particularmente no que diz respeito aos assuntos de política externa e de segurança nacional da administração Obama, marcada por intervenções militares no próprio Iraque, na Síria, Afeganistão e na Líbia, para citarmos apenas as mais importantes e de maior repercussão.  

O agora muito provável presidente eleito, no pleito mais polarizado de todos os tempos na maior potência econômico-militar do planeta, foi figura de destaque em todos os mais importantes momentos em que os EUA esteve envolvido nos conflitos internacionais, atuando como negociador e particularmente como “conselheiro de guerra”, pois esteve à frente de um dos mais estratégicos postos de comando da política externa norte-americana, a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Biden se destaca dos comuns por seu longo histórico em assuntos estrangeiros e no Iraque em particular, onde desempenhou um papel decisivo não apenas na guerra em si, mas em suas consequências desastrosas e caóticas, o que – de acordo com muitos analistas – permitiu a ascensão do Estado Islâmico.  Desta forma, enquanto Biden apregoa sua experiência em política externa como uma de suas qualificações para o cargo que está próximo a assumir, seus adversários e críticos consideram o Iraque um excelente exemplo de seu mau desempenho e  julgamento. Foi o voto de Biden no senado a uma resolução autorizando o uso da força militar no Iraque que acabou por servir como justificativa do então outro presidente genocida, George Bush, para a invasão ao Iraque.

Biden é responsabilizado também pela retirada mal planejada das tropas norte-americanas do Iraque, o que teria custado milhares de vidas dos soldados, abrindo uma crise de enormes proporções nos Estados Unidos, com o aumento da impopularidade da guerra entre a população americana. Biden foi o coordenador direito da operação, o que tem lhe valido críticas dos mais diversos setores da política externa, em particular dos “opositores” republicanos.

Embora o Iraque apareça como o fantasma maior que atormenta e tira o sono do genocida recém-eleito presidente, a atuação de Biden na promoção de guerras ao redor do mundo não deixa dúvidas sobre qual a política irá nortear e prevalecer na orientação dos EUA quanto à sua política externa, que sempre foi de ingerência nos assuntos internos de outros países, notadamente naqueles que o imperialismo julga ser estratégico para os seus interesses geopolíticos.

Os EUA foram partícipes diretos em uma guerra que provocou uma das maiores tragédias humanitárias da história. O apoio político e militar à “oposição” na Síria – que objetivava a derrubada do presidente Bashar Al Assad, teve como consequência não só a destruição do país, como milhares de civis mortos e feridos. Biden está com essa conta pendurada em seu currículo manchado de sangue, registrada como uma das maiores carnificinas contra uma nação e um povo. Em mais esta guerra, os norte-americanos foram obrigados a reconhecer a derrota, o que fez crescer a lista de intervenções malogradas dos EUA, aumentando exponencialmente a crise no país.

Nada, contudo, supera o morticínio ocorrido no Iraque sob a gestão do republicano e genocida Bush, devidamente auxiliado e aconselhado pelo democrata Biden, que emprestou toda a sua longa experiência em assuntos internacionais e em crimes de guerra para promover não só a liquidação da capacidade do estado, como a eliminação física, o assassinato de mais de 1 milhão de iraquianos, incluindo aí mulheres, idosos e crianças. Na maioria dos casos, as tropas invasoras agiam com bestial crueldade com a população. São muitos os relatos que dão conta da insana brutalidade dos soldados americanos contra civis indefesos, que não opunham nenhuma resistência e mesmo assim eram submetidos a sessões de torturas e humilhações.   

Portanto, não há nada a ser comemorado com a provável confirmação do nome de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos. Os democratas serão iguais ou mesmo ainda mais perigosos e ameaçadores que os republicanos; serão ainda mais agressivos e belicistas que seus compatriotas republicanos. Afinal, nos EUA só existe um partido, com duas facções. Este partido é o do grande capital;.é o partido da dominação pelo uso da força militar e da chantagem econômica sobre os povos de todo o mundo, em especial as nações oprimidas e indefesas.

 

 

 

 

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