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Um "jogador" genocida

Biden, o senhor da guerra (3): décadas de terror no Afeganistão

Joe Biden foi o principal nome imperialista na guerra contra o Afeganistão, sua influência foi responsável por destituir generais e fazer pesados investimentos.

Em toda sua história na política norte-americana, Joe Biden comprovou em diferentes períodos, seu caráter genocida e sua completa representação da brutal política do imperialismo.

Um dos mais famosos crimes promovidos pelos Estados Unidos no século, foi organizado de perto pelo que encaminha-se ser hoje, o novo presidente do país. A guerra do Afeganistão entrou para história como um brutal massacre do imperialismo contra mais um país do oriente-médio.

Joe Biden, nos anos que seguiram a votação pela Guerra do Golfo (1990-1991) assumiu uma postura totalmente ofensiva. Esteve, junto a Hillary Clinton, entre os 77 senadores que votaram favoráveis à invasão do Iraque, ao envolvimento dos EUA nas guerras dos Bálcãs, e por fim, na invasão do Afeganistão.

Biden ocupava uma posição privilegiada, como presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, liderou a investida norte-americana. Nos anos seguintes, as visitas de Biden ao Oriente Médio, sobretudo ao Iraque, tornaram-se extremamente frequentes. O mesmo virou o porta-voz da guerra imperialista, realizando inúmeras reuniões como representante dos Estados Unidos e mediador do conflito.

De acordo com Biden, tais medidas seriam “uma marcha para a paz e segurança”. No auge da operação, apenas os Estados Unidos tinham cerca de 100 mil soldados no País. Ao todo, mais de 110 mil combatentes morreram, segundo dados oficiais. Destes, 70 mil eram afegãos.

O grupo Talibã, considerado como uma “ameaça terrorista” pelo imperialismo, foi responsável por estar na linha de frente da defesa do País.  Entre 2001 e 2015, cerca de 149 mil pessoas já haviam morrido. A ocupação, já dura cerca de 20 anos, e é oficialmente, a mais longa, e uma das mais brutais, de toda história do imperialismo do norte-americano

Ainda em 2009, em entrevista a rede britânica BBC, Joe Biden lançou-se novamente na defesa da manutenção das tropas no Afeganistão.

Naquele período, fazia oito anos em que o imperialismo buscava controlar o País. Segundo Biden, a guerra “vale o esforço”, e colocando que caso não fosse feita, os “grupos terroristas” na fronteira com o Paquistão irão “levar a destruição” dos EUA e da Europa.

A defesa desta brutal guerra não termina por ai. O número de mortos havia aumentado consideravelmente no período, no entanto, Biden defendia que seriam necessários mais sacrifícios no que ele chamava de “temporada de batalha”.

“Em termos de interesse nacional da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Europa, (a guerra no Afeganistão) vale o esforço e o sacrifício (…) E mais virá”

Joe Biden, em entrevista à BBC – 2009

Biden declarou ainda, que o objetivo era “erradicar” as forças que ameaçavam os Estados Unidos.

Nesta época, Biden já era vice-presidente da República, em um mandato junto a Barack Obama. A sua escolha para o cargo foi uma demonstração de confiança do imperialismo para com o seu trabalho. Na vice-presidência, a guerra no Afeganistão não só continuou, como passou a receber altíssimos investimentos.

No período em que ocupou o cargo junto a Obama, Biden decidiu, em 2011 discutir a retirada das tropas do Afeganistão. O intuito do vice-presidente, era retirar as tropas do local e redirecioná-las ao Iraque, onde os Estados Unidos necessitava concentrar seus ataques. Tal postura já deixa às claras a enorme influência que o democrata teve na própria estruturação da guerra.

A imprensa estrangeira chegou a colocar Biden como um “jogador” na guerra. Sua posição era estratégia, e quando a crise se acentuou, na virada da década, foi o primeiro a ser convocado para reuniões emergenciais com as representações políticas do Afeganistão.

Em 2011, três anos após sua escolha nas prévias para ser vice de Obama, cerca de 97 mil soldados americanos se mantinham em solo afegão. A previsão da saída gradual até 2014, nunca de fato se concretizou. Uma posição já revelada no início da década, pelo próprio Biden.

Enquanto visitava o Afeganistão, em janeiro de 2011, Biden colocou que os “EUA não deixarão o Afeganistão se os afegãos não quiserem”. A propaganda era cínica, após dizimar o País, o imperialismo se manteria presente para “defender os cidadãos”.

Já naquela época, os Estados Unidos gastavam pelo menos 6.7 bilhões de dólares por mês, um aumento de 50% se comparado aos anos anteriores. O custo total até o ano fiscal de 2011, era esperado de atingir a marca de 468 bilhões de dólares, e estimativa da manutenção de um soldados dos EUA por ano, ultrapassava os US$1 milhão.

Junto aos investimentos vinham à tona os crimes de guerra. Em 2001, o massacre de Dasht-i-Lelli, serviu para matar cerca de três mil prisioneiros talibãs a tiros ou sufocados até a morte em contentores de metal, de carros de soldados norte-americanos. As denúncias chegam também às torturas na prisão de Guantánamo, em solo cubano, controlada pelos Estados Unidos.

Em 2004, a organização Human Rights Watch foi obrigada a publicar um relatório que continha diversas alegações de abusos pelas forças norte-americanos. A partir deste ano, os casos apenas aumentaram. Mas, foi em 2010, com a revelação de mais de 92 mil documentos secretos dos EUA pelo Wikileaks, que vieram à tona os brutais assassinatos cometidos pelo imperialismo, muitos deles a sangue frio, inclusive de  mulheres e crianças.

Com o apoio de Biden, estes crimes apenas foram reforçados. As regras regidas pelas Terceira Convenção de Genebra, que comtempla os direitos básicos passaram a ser negados pelo governo dos Estados Unidos, onde com a autorização da CIA, os prisioneiros poderiam ser submetidos a todas as formas de tortura, sem qualquer direito concedido.

A guerra do Afeganistão mata até os dias de hoje. O estrago no País é incalculável. A presença das tropas imperialistas resulta em um controle total da economia afegã, e um enclave em todo Oriente Médio. Joe Biden, que desde o final dos anos 80 entrou de cabeça nas guerras imperialistas será o principal responsável pela continuidade do massacre. O senhor da guerra, agora é presidente dos Estados Unidos.

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