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Frente ampla "fica Bolsonaro"

Maia comprova que não há margem para acordo com a direita

Presidente da Câmara dos Deputados deixa evidente que a política de toda a direita golpista é manter Bolsonaro e defender os interesses dos grandes capitalistas contra o povo

A entrevista de Rodrigo Maia no programa Canal Livre, na última segunda-feita, evidenciou seu firme posicionamento em defesa do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, no momento em que – sob o seu comando – o País está para atingir a marca de 100 mil mortos, e os surtos ataques ao PT , tendo assinalado que as “pedaladas” fiscais da presidenta Dilma Rousseff – que serviram de pretexto para sua cassação – seriam mais graves do que a conduta genocida e criminosa do atual governo.

Trata-se de um posicionamento enfático que busca não deixar dúvidas sobre a posição majoritária do grupo majoritário no Congresso Nacional, o “centrão”, liderado por Maia sobre sua posição totalmente a favor da permanência de Bolsonaro.

Uma posição que evidencia o fracasso da política ilusória de setores da esquerda que alimentava a ilusão de que seria possível encontrar uma saída contra Bolsonaro por meio dos inimigos dos trabalhadores e da esquerda, ou seja, de que um setor da burguesia golpista, integrado por Maia, iria se colocar a favor do “Fora Bolsonaro“. Estes setores procuram apresentar o presidente da Câmara como um elemento democrático, progressista, o que nunca correspondeu à realidade, uma vez que ele foi o principal articulador no Congresso dos mas importantes ataques contra os trabalhadores como nos casos das “reformas”  trabalhista e da Previdência.

O posicionamento, claramente bolsonarista do deputado ocorre no momento em que intensifica-se a disputa pela eleição do comando da Câmara, a ser realizado no começo do ano que vem, na qual o bloco DEM/MDB/PSDB, ou seja, o estado maior do golpe de Estado no Congresso, procuram se articular para impedir uma vitória do grupo ligado mais diretamente ao presidente da República, que eles também ajudaram a eleger, mas com o qual travam uma disputa pelo controle do aparato do Estado, como representantes de distintas frações da burguesia golpista.

Nestas condições, eles se afastaram do bloco geral governista, com a saída do Dem e do MDB do “blocão”, para impedir que houvesse a indicação de um candidato bolsonarista por esse setor que pudesse impedir os planos dos tradicionais chefes do “centrão” sobre o Congresso Nacional, como ocorre desde antes do golpe de Estado. Assim eles vão procurar um apoio fora desse bloco junto a setores da frente ampla, como o PSDB, PDT etc. e até de setores da esquerda que vem tradicionalmente se aliado a Maia, como o PCdoB e setores da direita do PT, para manter sua hegemonia no Congresso.

Toda a tentativa de apresentar a frente ampla como algo progressivo e capaz de trazer para posições mais progressistas a direita golpista, cai por terra. Mais deixa claro que “está com Bolsonaro e não abre” que, se depender da sua vontade e dos setores que representa não vai haver processo de impeachment e nenhum processo para derrubar o presidente.

As declarações de Mais não são um fato isolado, uma vez que se dão na semana seguinte a que o próprio governador do Maranhão e principal figura pública do PCdoB, propôs uma pacto com o presidente, a pretexto de combate o desemprego, o que torna evidente que os núcleos principais da frente ampla têm como perspectiva a permanência do genocida e a busca de um entendimento com ele.

Não pode haver dúvidas que a defesa dos interesses dos explorados diante da crise passa bem longe da politica de frente ampla, da capitulação de setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa diante dos golpistas, do seguidismo a esses setores, cúmplices do governo do capitão e dos generais na matança do povo e na promoção do maior retrocesso da economia nacional e das condições de vida do povo de todos os tempos.

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