Neste último sábado (1), milhares de manifestantes, organizados pela extrema-direita fascista, saíram às ruas na Alemanha, sobretudo na cidade de Berlim, sob o lema de “O Fim da pandemia – Dia de liberdade”, em que colocavam-se contra as medidas de restrição no combate à pandemia.
De acordo com a polícia local, o ato teve cerca de 20 mil pessoas, e, com alguns confrontos, 45 agentes ficaram feridos. Esta é uma das maiores manifestações realizadas em todo mundo durante a pandemia.
A extrema-direita deu um passo importante que demonstra seu fortalecimento em todo continente Europeu, principalmente na Alemanha após as últimas eleições, onde a AFD (Alternativa para a Alemanha) teve um grande resultado graças à crise com os imigrantes. Recentemente, a primeira ministra Angela Merkel anunciou a dissolução de um dos setores das forças armadas alemãs que, de acordo com o próprio governo, estavam dominadas por nazistas.
Foi revelado em cima disso que este setor dentro das forças armadas estavam roubando armas do próprio exército e as enviando para grupos de extrema-direta. Logo, embora os grupos de extrema-direita estejam muito pulverizados, as manifestações mostram seu forte crescimento. Só em um setor da AFD tem mais de 7.500 integrantes, e o governo alemão já declarou que os fascistas são o principal problema de segurança pública.
A esquerda pequeno-burguesa tem a ilusão de que, pelo fascismo não ter grande força parlamentar, em si não seria uma ameaça. Contudo, por meio de grupos “vagos” como a própria AFD, os fascistas podem facilmente entrar nos principais cargos nacionais.
Além disso, fica claro pelas grandes manifestações, que o menor dos problemas é o acesso ou não ao parlamento. Os fascistas, com a paralisia de toda esquerda alemã, abrem caminho no terreno das mobilizações e crescem com velocidade.
A burguesia não busca se confrontar diretamente com os grupos fascistas, apenas adota uma política de controle, que, logicamente, não servirá para segurar o crescimento do fascismo, mas sim, acelerá-lo.