A par do avanço da pandemia em todo Brasil, a OMS (Organização Mundial da Saúde) voltou a alterar a data prevista para ser o pico da pandemia no país.
Brasil e Estados Unidos, de acordo com os novos dados são os dois países mais atingidos do mundo pelo novo coronavírus. Quem oficializou esta informação para o país latino-americano foram integrantes do braço regional da OMS, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que nesta terça-feira anunciaram que o pico no Brasil pode ser em Agosto, e até lá mais de 80 mil pessoas já teriam morrido.
Os novos dados são um reflexo da política adotada pela burguesia e o imperialismo. Após um falso projeto de isolamento social, responsável por garantir uma mínima segurança de apenas 1/3 da população, o governo brasileiro, em uma situação próxima do pico previsto da pandemia, passou a promover a reabertura total do comércio bem como manter o transporte público funcionando quase que integralmente.
Com a não existência de uma política real de combate a pandemia, os governos golpistas adotaram uma política de indas e vindas quanto a reabertura do comércio e o isolamento da população. No entanto, o transporte público, sobretudo nas principais capitais do país, continuou a circular em todo este período, sofrendo poucas alterações.
Junto aos novos dados da OMS, em São Paulo, foram divulgados dados referentes a justamente este problema envolvendo a circulação de pessoas na cidade. Graças ao fato de grande parte da classe trabalhadora ser obrigada a trabalhar, mesmo em pandemia, o transporte público, principal meio de locomoção da população pobre, tornou-se superlotado, algo comum em tempos normais, porém catastrófico durante a pandemia.
O governo de Covas, do PSDB, não adotou qualquer medida razoável para proteger o povo, mesmo durante o trajeto. Assim, segundo pesquisa a respeito da relação do transporte público com a proliferação da pandemia, constatou-se que nas regiões onde há mais circulação de ônibus foram justamente onde há o maior nível de contaminação.
Tais dados são extraídos do sistema de GPS contido nos ônibus locais e refletem diretamente esta política genocida. O povo trabalhador é forçado a trabalhar, e assim, é colocado no maior antro de proliferação do vírus, o transporte público, sem nenhuma garantia de proteção.