Os defensores da frente ampla quando desmascarados nos seus objetivos, transformam-se em raivosos e ruidosos “lacradores”, reproduzindo o mesmo método da extrema direita para tentar calar qualquer um que faça uma crítica as suas posições.
Uma comprovação desse fato são as constantes tentativas de setores da esquerda pequeno burguesa, bem como dos apoiadores do político burguês Ciro Gomes em desqualificar ou mesmo calar os seus críticos, em especial o PCO.
As denúncias do PCO em relação a setores da esquerda como Flávio Dino, governador do Maranhão, Guilherme Boulos, pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, e os tradicionais alertas sobre o papel de figuras burguesas como Ciro Gomes provocam nos defensores da aliança com a direita alvoroçados, e profunda irritação.
A irritação e a persistência em se sentir ofendidos com as críticas é uma demonstração evidente de falta de argumentos para responder as críticas.
Assim, promotores da subordinação da esquerda à direita, em especial os apoiadores de Ciro Gomes procuram de todas as maneiras estabelecer formas de censura e de cerceamento do livre debate.
Um dos truques mais usados pelos apoiadores de Ciro Gomes é apresenta-se como “vítima” da conspiração petista, atacando insistentemente o ex-presidente Lula e outras figuras públicas do PT.
Na medida em que são evidenciadas as contradições da sua política burguesa, Ciro Gomes alega que seus críticos fazem parte do “gabinete de ódio” do PT, em alusão ao “gabinete de ódio” de Bolsonaro, um grupo que alimenta campanha contra os adversários de Bolsonaro.
“Só não vê quem não quer: o PCO, tal como o Diário do Centro do Mundo, o Brasil247, se transformou em mais uma engrenagem da hegemonia petista.” ( facebook socializando)
Essa maneira de colocar a questão é na verdade uma comprovação involuntária do caráter autoritário dos defensores de Ciro Gomes, entre outros políticos burgueses.
Qualquer crítica é “ fake news” , e veículos alternativos da esquerda são atacados como parte da “engrenagem da hegemonia petista”, e portanto não podem ter credibilidade. A distorção promovida pelos defensores da aliança com a direita visa calar os críticos, com o objetivo de fomentar uma operação de subordinação dos trabalhadores à direita golpista.
Assim, os posicionamentos apresentadas pelo PCO contra a frente ampla, e seus promotores como Flávio Dino, Boulos e Ciro Gomes são simplesmente descartadas como sendo tão somente “fake News” a favor do PT, como parte de uma campanha orquestrada pelo “gabinete de ódio do PT”.
“O que explica e dá coerência aos posicionamentos dissonantes do PCO, longe de ser qualquer programa revolucionário, é a blindagem do petismo e seus aliados. O PT tem o seu próprio gabinete do ódio.” ( idem)
O caráter do socializando ou a falta dele pode ser indicada por essa postagem. Defender um programa e se colocar contra as arbitrariedades autoritárias é visto como uma “blindagem do petismo e seus aliados”. Para os apoiadores de Ciro Gomes e da frente ampla, o correto era fazer uma frente com a direita para atacar o PT. Não se trata simplesmente do “ ódio” de Ciro Gomes em relação ao PT e a Lula, mas é a busca por aproveitar qualquer oportunidade para se apresentar como uma “alternativa” antipetista, tentando sequestrar o eleitorado de esquerda.
Um fato concreto que mostrou os critérios de alinhamentos do “ socializando” foi o caso recente da atuação da PF contra o governador do Piauí, Wellington Dias. O fato do PCO denunciar a Lava Jato e as ações da Polícia Federal controlada pelos bolsonaristas contra os governadores, em especial contra os governadores opositores de Bolsonaro é apresentado pelo “socializando” como sendo uma “comprovação” da defesa incondicional do PT pelo PCO
“Ao mesmo tempo, o PCO sai em defesa de Wellington Dias e Rejane Dias (governador do Piauí e deputada federal, ambos pelo PT) investigados pela PF. E fazem isso alegadamente contra o autoritarismo do estado.”
Para os “socialistas” da frente ampla o autoritarismo do estado não existe, sendo tão somente uma alegação do PCO para defender o PT. Como se vê o “ socializando” não tem nenhum principio elementar de defesa do contraditório e da direito de ampla defesa, sendo um torcedor das forças repressivas e das perseguições promovidas pelo judiciário golpista, desde que sejam contra o PT.