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Candidatura de Tebet

Não é Bolsonaro quem está tramando um golpe, mas sim a 3ª via

Bolsonaro é utilizado como espantalho para a burguesia enfiar goela abaixo do povo a candidata mais impopular do pleito

Em uníssono, diz a imprensa burguesa, “Bolsonaro está preparando um golpe!” ao que replica a imprensa pequeno-burguesa, “sim, Bolsonaro não vai conseguir se eleger e está preparando um golpe!”.

Tanto uma como a outra disparam informações vindas da burguesia, a pequena burguesia cai no conto da burguesia e espalha informações que contribuem para manipular o eleitorado. A imprensa pequeno-burguesa ‘conta com os ovos dentro da galinha’ no que diz respeito ao Lula eleito por antecedência, e está apostando todas as fichas nas pesquisas eleitorais, como se estas também não estivessem sendo manipuladas pela burguesia. Enfim a pequena burguesia, por sentimentos de medo em relação à propaganda da burguesia burguesia, acata o que esta diz como sendo verdade.

Por um lado Bolsonaro é acusado de planejar um golpe, como aparece estampado nos editoriais dos jornais e sites dos, seja através de empresários de WhatsApp, seja pela questão do 7 de setembro onde estaria sendo feito um grande levante para um suposto golpe. O próprio STF na figura de um de seus ministros, Barroso, aventou, na imprensa televisiva, a possibilidade de uma repetição da manifestação trumpista no episódio conhecido como “a invasão do Capitólio” nos EUA e afirma que aqui no Brasil aconteceria algo pior, levantando suspeita de algum ato de violência por parte da extrema-direita usando, novamente, vários artifícios ao arrepio da lei para conter tal possibilidade.

Porém o que aparece na mesma imprensa é o ilegítimo presidente Bolsonaro buscando apoio de suas bases porque se sente atacado, como, por exemplo, na matéria do Estadão onde Bolsonaro diz para o empresariado do agronegócio que a “‘liberdade’ está em jogo na eleição de outubro e ‘certas decisões’ não condizem com estado democrático de direito”. Um político visivelmente diferente do de 2018 que usava tons de ameaça. Hoje, parece mais um político assustado, medindo as palavras pela quantidade de ameças que tem sofrido por parte das instituições burguesas e dos monopólios da informação, como a Globo e o STF, ultimamente.

Vemos um Bolsonaro usando inclusive expressões do discurso jurídico democrático, como um candidato que quer vencer por meios que não sejam um golpe explícito, diferente do que a burguesia tenta passar sobre ele, que estaria a ponto de subverter a ordem, colocando-o como um espantalho para assustar os eleitores e direcionar os votos para um outro candidato, ou candidata, a da terceira via, a candidata dos bancos nacionais e internacionais que querem saquear ainda mais fundo o orçamento brasileiro. Tudo para impedir a vitória de Lula.

Quando Bolsonaro usava tons ameaçadores, durante as eleições de 2018, a burguesia em peso o apoiava e a imprensa burguesa minimizava todas as palavras com conotações fascistas, para parecer ao eleitor que seria um candidato confiável. Já nas eleições atuais ele virou o monstro na versão da burguesia. Bolsonaro não tem o apoio, hoje, do principal setor da burguesia, os bancos, pois é um político que gera incertezas dentro da maioria dos setores da burguesia de conseguirem dominá-lo, como fizeram com o governo FHC. A burguesia quer um político do lar, domesticado a ela e ao imperialismo americano.

Por outro lado, a imprensa pequeno-burguesa ‘conta com os ovos dentro da galinha’ no que diz respeito ao candidato Lula e esse eleito, por antecedência, a ponto de só precisar esperar o tempo passar, e está apostando todas as fichas nas pesquisas. Esta imprensa também é manipulada pela burguesia que está levando a cabo ajustes nas pesquisas eleitorais, que inciaram com Lula com uma margem segura no primeiro turno para com Bolsonaro. Hoje já aparecem pesquisas dando empate técnico e, mesmo, que Lula não tem a vitória garantida, como veiculado pela imprensa.

A burguesia começa a apresentar sua candidata, Simone Tebet (MDB), a terceira via, com aparência de conciliadora e defensora da igualdade e da justiça social, defensora das mulheres.

A imprensa burguesa e a burguesia têm mais 4 domingos para manipular as pesquisas eleitorais ou apresentar algum escândalo contra Lula. Caso não haja um ascenso da candidata da terceira via, a burguesia vai novamente apoiar Bolsonaro, vai deixar o discurso de que ele é um problema, os ataques na imprensa burguesa cessarão e, como num passe de mágica, Bolsonaro vai se transformar num apoiador da carta em defesa da democracia da FIESP, a democracia burguesa.

A bem da verdade, nenhum presidente consegue governar sem apoio da burguesia e das instituições burguesas, incluindo os militares, que são parte dessas instituições que dominam a pequena burguesia e a classe trabalhadora. Do mesmo modo ninguém consegue dar um golpe num país sem o apoio da burguesia, e os setores mais fortes da burguesia nacional e do imperialismo estão contra a reeleição de Bolsonaro. Eles querem a terceira via em seu lugar e usam o Bolsonaro como espantalho para colocar a terceira via no páreo. O próprio Bolsonaro é usado pela burguesia, pois declarou que iria aceitar o resultado das eleições. O setor que representa o alto comando dos militares também declarou à imprensa burguesa que não interferiria nas eleições brasileiras.

“Numa palestra para cerca de 60 empresários no hotel Fasano, em São Paulo, o general Braga Netto afirmou que o assunto urnas eletrônicas está pacificado entre os militares. E que as Forças Armadas aceitarão o resultado das eleições, seja quem for o vencedor”. Da imprensa golpista, O Globo.

Por que tantos setores da burguesia ‘pedindo a cabeça’ de Bolsonaro e alardeando na imprensa que ele prepara um golpe, e colocando Lula como algo do passado que foi vencido, associando-o à corrupção, os dois candidatos cujo percentual de intenção de votos somados dão quase o total percentual do eleitorado que vota em 2022?! O objetivo não é outro senão manipular os votos para uma candidata inexpressiva, que tenta usurpar para si a defesa das mulheres e é indesejada e desconhecida pela classe trabalhadora e pela pequena burguesia!

Simone Tebet destacou que não se arrepende de ter contribuído para derrubada de Dilma Rousseff, que deu origem ao regime de miséria e fome generalizada atual. Ela se coloca não como a “mãe dos pobres” mas sim, a mulher dos golpistas.

A “feminista” Tebet não teve “sororidade” com Dilma Rousseff

Originally tweeted by PCO – Partido da Causa Operária – (M) (@mpco29) on 31/08/2022.

A terceira via, Simone Tebet (MDB), representa os setores do latifúndio, esse sim a todo tempo pratica golpes no Brasil, como o de 2016, na presidenta Dilma Rousseff apoiado pela candidata que se orgulha inclusive de ter apoiado um impeachment sem base legal.

Os representantes do agronegócio, como essa mato-grossense do partido MDB que apoiou a ditadura militar de 64, que nunca foi ‘pop’, antes é o principal responsável pelos aumentos de preços dos alimentos que contribuem para matar de fome a população, como nos tempos de FHC, setores que ignoram a população brasileira, matam os índios para roubar suas terras e roubar os recursos minerais brasileiros e querem transformar o Brasil num grande campo de cultivo e celeiro para favorecer e atender aos mercados internacionais e aos bancos internacionais roubando dos cofres públicos dinheiro que sai do bolso da classe trabalhadora, quase a metade do orçamento do país, em juros de dívidas que nunca acabam e dos quais não se sabe a origem.

Ao mesmo tempo, apresentam a candidata da terceira via como representante do identitarismo, a mulher que está dando um golpe “feminista” no eleitorado brasileiro e no futuro pretende abrir o país para a classe burguesa financeira internacional.

Manuel Bandeira - Arte e Revolução - 01/09/22

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