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Banqueiro do bem?

Banqueiro de FHC, Armínio Fraga despeja 300 mil em Freixo e Molon

Políticos de esquerda aceitando financiamento de banqueiros? O que ppdemos esperar dessa gente é sua política cada vez mais direitista.

O banqueiro e economista Armínio Fraga Neto, ex-presidente do Banco Central do governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é sabidamente um dos principais quadros do capital imperialista atuando no País, sobretudo do capital norte-americano, sua relação é tão íntima que possui até mesmo nacionalidade norte-americana. Fraga possui uma extensa carreira como membro de organizações imperialistas, já atuou como membro do Conselho Internacional do banco JP Morgan, da Junta Assessora de Pesquisas do Banco Mundial, dentre muitos outros.

Um notório defensor da independência do Banco Central, independência dos interesses do povo brasileiro, diga-se de passagem, e dos pilares da política neoliberal, essa política que levou milhões de brasileiros à miséria e o País à beira de um colapso durante o governo FHC e que ele mesmo foi um dos articuladores, a mesma política que se estabeleceu mais nitidamente após o golpe de Estado de 2016 e o governo Bolsonaro, do qual ele mesmo foi um dos entusiastas.

Esta figura nefasta, pelo que já fez e pelo que defende, liga-se também a setores da chamada esquerda moderada, promovendo-a, financiando-a. Nas últimas eleições municipais, Fraga financiou, dentre muitos outros, um candidato do PSOL. Neste ano Fraga Neto doou um total, como pessoa física, de R $1.340,000 reais para 22 candidatos, e podemos dizer que candidatos tidos como esquerdistas tiveram um destaque especial. O preterido do representante do capital imperialista foi Marcelo Freixo, ex-PSOL e atual candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PSB. A candidatura de Freixo abocanhou R$ 200.000 reais. O também tido por esquerdista Alessandro Molon, também do PSB, ficou com uma fatia do R$ 100.000 reais deste bolo preparado pelo imperialismo.

A parceria do banqueiro e quadro do capital imperialista com o PSOL não se esgotou, a candidata do PSOL, a deputada federal Roseli Faria, também ganhou seu pedaço, embora um pouco mais modesto, de R$ 50.000 reais para a psolista. Os valores estão todos declarados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Qual o interesse de um grande capitalista, ligado ao capital imperialista contribuir no financiamento de campanhas de setores tidos como de esquerda, ainda que moderada? Essa é uma questão para os candidatos supracitados responderem e para toda militância de esquerda refletir.

Um político de esquerda que recebe recursos advindos do setor mais poderoso da burguesia, a burguesia imperialista ou ligada ao imperialismo, torna-se um mero funcionário do grande capital ou defenderá as posições com as quais foi eleito, mesmo que isso incorra no rompimento com os patrocinadores poderosos?

Marcelo Freixo ficou conhecido no PSOL por defender a descriminalização das drogas e a desmilitarização da PM; como candidato ao governo pelo PSB, com apoio de banqueiros e capitalistas, inclusive numa chapa com o PSDB, Freixo já não defende mais tais pautas, imitando FHC declarou que “eu não defendo mais”, em relação legalização das drogas, sobre a antiga proposta desmilitarização da PM passa agora longe, quer, na verdade, criar um convênio com a Marinha para fiscalizar a Baía da Guanabara e também um centro de inteligência unindo o aparato repressivo do Estado e as forças Armadas. Isto é, tornou-se mais repressivo que os candidatos de direita puro-sangue.

A burguesia não organiza apenas seus representantes políticos, a direita tradicional e a extrema-direita, quando sente necessidade, procura organizar, selecionar; escolher os representantes do outro campo, influente, no sentido de criar uma esquerda palatável e até mesmo amigável. A política de financiamento da direita nacional e internacional aos elementos de esquerda não pode ser vista de outra maneira que uma política de cooptação, o resultado é um regime profundamente ditatorial, em que os poderosos, sobretudo o capital internacional, escolhem, tanto seus defensores, quanto os seus opositores, que no final não são mais que meros representantes dos interesses da burguesia e do regime capitalista contra o povo pobre e trabalhador.

Alguns justificam que não se trata de cooptação, mas de estratégia, tais alianças, entre esquerda e direita, seriam necessárias, pois mais importante nesse momento é o que os une do que o que os separa, isto é, a defesa da democracia. A defesa da democracia pura apagaria todo o antagonismo de classes e os interesses divergentes justificando uma política de colaboração para barrar o fascismo. O próprio Freixo assim se expressou comentando a aliança com seu vice do PSDB, Cesar Maia: “são mínimas, perto do que a gente tem em comum: defesa da democracia”.

Esse tipo de declaração somente confirma a política de cooptação de uma parte da esquerda pela direita, estão no bolso dos capitalistas e usam a democracia como justificativa. Engels, com seu gênio político, escreveu certa vez em uma carta:

“Em momentos como esse, toda massa reacionária se aferra a ela [democracia pura] e a fortalece. Tudo que era reacionário passa agora por democrático […] Em todo caso, nosso único adversário no dia da crise, e mesmo no dia seguinte, será toda a reação agrupada em torno da democracia pura…”

No momento de crise a burguesia não é capaz de manter o regime capitalista sozinha, necessita do auxílio da esquerda, uma esquerda controlada, feita sob medida para enganar as massas e defender o regime político podre do capitalismo, isso vemos claramente hoje no país. O que significa também que essa esquerda é um empecilho para a libertação das massas do capitalismo explorador, devem ser desmascaradas e derrotadas.

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