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Eduardo Vasco

Militante do PCO e jornalista. Materiais publicados em dezenas de sites, jornais, rádios e TVs do Brasil e do exterior. Editor e colunista do Diário Causa Operária.

Pensamento fascista

O crime é ser revolucionário

Marx, Engels, Lênin, Fidel e até Dilma Rousseff são criminosos, na visão de Kiko Nogueira

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O pioneiro na tentativa de incriminar o PCO foi o iletrado Renato Rovai, cuja dificuldade de interpretar textos causou espanto até mesmo em nossos militantes mirins abaixo dos dez anos de idade.

“Tem que botar a polícia pra cima deles”, latiu o cãozinho de Guilherme Boulos, ainda em meados do ano passado. Havia nos acusado de “roubar celular”. Tudo porque nos opusemos à infiltração de bate-paus do PSDB nas manifestações da esquerda.

Agora, temos uma versão ainda mais caricata e cheia de sandices. Kiko Nogueira, editor-chefe do site sensacionalista e de “fake news” DCM, disse que o PCO é “caso de polícia, Justiça e Ministério Público”.

O motivo seria a suposta lavagem de dinheiro da qual o DCM nos acusa. As provas? Nenhuma.

Tanto Rovai como Kiko Nogueira e seu menino Pedro Zambarda buscam passar a ideia de que seriam pessoas de esquerda. Mas chamar acusar um partido de esquerda de lavar dinheiro e chamar a polícia para reprimi-lo, ou seja, considerar esse partido uma organização criminosa, não é uma postura de alguém de esquerda. É uma postura de direita. Esses três pistoleiros da comunicação não têm nada de esquerda: são elementos de direita.

Quem sofreu muito com esse tipo de acusação foi o PT. O golpe de 2016 e a posterior prisão de Lula foram baseados nos “crimes” petistas. E quem executou o golpe foi justamente a direita, inclusive a fascista. No entanto, não nos espanta tal discurso vindo do DCM, uma vez que o próprio Pedro Zambarda participou do golpe, sendo seu propagandista ao escrever como ghost writer o livro assinado por Joice Hasselmann que, página sim, página não, acusa Lula e o PT de criminosos.

Nesse livro, Pedro Zambarda/Joice Hasselmann chamam Dilma Rousseff de “terrorista” que passou “de maneira criminosa por gangues como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e posteriormente a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR – Palmares)”.

Agora já não precisamos ficar tão estarrecidos com o que Zambarda e Kiko Nogueira tentam fazer com o PCO. Têm histórico de tratar a esquerda radical ─ durante a ditadura, época narrada no trecho em questão, Dilma era uma militante revolucionária ─ como bandida.

O que faziam os guerrilheiros e militantes opositores da ditadura militar, defendida no livro de Zambarda/Hasselmann? Bom, assaltavam bancos, por exemplo. Trabalhavam na clandestinidade, pois sua atuação era ilegal. Contrabandeavam armas. Tudo isso, para garantir a sobrevivência de suas respectivas organizações, que lutavam pelo fim da ditadura, pela libertação nacional e pelo socialismo.

Pela lógica de Kiko Nogueira, Pedro Zambarda e Renato Rovai, a ditadura estava certa em colocar na ilegalidade, perseguir, prender, torturar e assassinar esses militantes, muitos deles heróis do povo brasileiro. Se pedem polícia por um alegado roubo de celular ou por uma suposta lavagem de dinheiro ─ ambos sem qualquer prova ou mesmo indício ─, obviamente pediriam para aqueles revolucionários que assaltavam bancos, contrabandeavam armas e, em alguns casos, justiçavam os algozes do povo.

Se estivessem em Cuba na década de 1950, esses três elementos direitistas possivelmente teriam apoiado o massacre perpetrado pelas tropas de Batista contra os assaltantes do Quartel Moncada. Chamariam Fidel Castro de criminoso e pediriam sua prisão.

O que dizer, então, de Lênin e os bolcheviques, que militaram boa parte de suas vidas na clandestinidade? Que conseguiam fundos para manter as atividades do partido por meios nem um pouco convencionais? Certamente também teriam publicado nas páginas de seu pasquim, impresso, entre os anos de 1840 e 1880, denúncias contra Karl Marx, que era então perseguido em vários países da Europa por suas atividades ilegais e subversivas.

“Tem que botar a polícia pra cima deles”, teria dito Rovai em 1848 contra Marx e Engels. Esse “vagabundo” (como Ku Klux Kiko chamou Rui Costa Pimenta) é “caso de polícia, Justiça e Ministério Público”, reclamaria Nogueira contra o pai do marxismo, em suas empreitadas revolucionárias na Alemanha, França e Inglaterra.

Quem se presta ao papel de ser informante da polícia não é, nem de longe, alguém progressista. É um contrarrevolucionário, um reacionário e mesmo um fascista. Tal é a atividade ─ essa sim, criminosa, não do ponto de vista moral e burguês, mas sim do ponto de vista político e do povo ─ desses elementos que hoje se fingem de esquerdistas.

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