Jeff Bezos, o dono da Amazon, gigante da indústria de entregas e vendas pela internet, está aproveitando a pandemia do coronavírus para lucrar ainda mais em cima de seus trabalhadores, os expondo a riscos desnecessários com entregas de produtos não essenciais, além de não fornecer os equipamentos de proteção dos trabalhadores.
Na França, por exemplo, os trabalhadores entraram na justiça por conta de sua exposição desnecessária e com pouca segurança. O tribunal de Versalhes deu parecer favorável aos trabalhadores e obrigará a Amazon a pagar uma multa de 100 mil euros para cada entrega não essencial feita pela empresa, até que as medidas de segurança para os trabalhadores sejam adotadas.
Além de lidar com os problemas gerados pela pandemia, os trabalhadores da Amazon enfrentam muitos outros desafios, muitos deles intensificados pela crise de saúde. Um deles, por exemplo, é o fato de que nos locais onde a quarentena forçada pela polícia foi adotada, os trabalhadores que tem de sair para a rua ficam na mira da polícia por supostamente desobedecerem a quarentena, como aconteceu em um caso recente na França.
A Amazon vem sendo notícia nos últimos dias por conta da verdadeira ditadura imposta sobre seus trabalhadores. Um dos fatos que chamou a atenção foram as greves nos EUA por mais condições para trabalhar e melhores salários, o que levou a empresa a mandar embora o trabalhadores que liderava uma das mobilizações.
Outra situação que atraiu a atenção do publico foi o fato de que a Amazon criou uma gigantesca rede de mapas de calor com o intuito de descobrir quais de suas lojas tem mais chance de sindicalizar seus funcionários, o que demonstra a verdadeira ditadura existente contra os trabalhadores da empresa e de suas subsidiárias, como é o caso da rede de supermercados Whole Foods.
Jeff Bezos é o homem mais rico do mundo, com um patrimônio de 138,5 bilhões de dólares, cifra que tem aumentado bastante durante a pandemia do coronavírus. O valor de sua fortuna poderia salvar a vida de milhões de pessoas ao redor do planeta, se empregado na produção de equipamentos para proteção, respiradores, UTIs e na tentativa de descobrir tratamentos para a doença. Porém, o bilionário não se desfaz de nem um pouco de sua fortuna para proteger seus próprios funcionários, que são aqueles que na realidade o sustentam e fazem sua fortuna crescer.
Assim como já ocorreram greves contra a Amazon, outras são programadas pelos trabalhadores. É preciso que não só os trabalhadores da Amazon, mas os de todo o planeta se unam para que a crise do coronavírus e a crise econômica não caia em suas costas. Os ricos devem pagar pelas crises que eles mesmos geraram!