A situação dos trabalhadores dos Estados Unidos em meio à crise do coronavírus é a mais desesperadora possível, pois, além de ficarem expostos ao perigo de contrair a doença COVID-19 sem os devidos equipamentos de proteção, muitos tem seus direitos retirados (isso quando possuem algum) para garantir o lucro dos grandes capitalistas. Porém, como é natural, os trabalhadores estão se organizando para lutar por seus direitos e por suas vidas.
É assim que em meio à crise trabalhadores de várias empresas começaram a realizar greves nos EUA, em específico, os trabalhadores de empresas de entrega e de supermercados. As reivindicações vão desde melhores salários até equipamentos de proteção para se precaver do coronavírus.
As greves se iniciaram com paralisações por parte dos trabalhadores da Instacart, empresa de entrega por aplicativo de produtos de mercearia. As reivindicações giravam em torno dos equipamentos de proteção e instruções para que os clientes da empresa não oferecessem risco aos trabalhadores no momento do recebimento dos produtos, além de um pedido de melhoria nos salários, já que os trabalhadores estão se arriscando.
Outra paralisação foi em uma das lojas da gigante Amazon, em que cerca de 100 funcionários cruzaram os braços pedindo que a empresa paralisasse para ser higienizada após a confirmação de que um dos trabalhadores havia contraído vírus corona. A empresa agiu demitindo o trabalhador que havia organizado a paralisação, Christian Smalls, como represália por ter chamado seus colegas a agirem, utilizando a justificativa fajuta de que ele havia descumprido com a quarentena que ele mesmo estava propondo e que não tinha sido adotada pela empresa.
Trabalhadores de outras empresas como das redes de supermercados Whole Foods Market e Trader Joe’s se sentiram animados com as mobilizações e também organizaram greves reivindicando melhores condições de emprego e salários. Pode ser o início de uma grande mobilização nos Estados Unidos.