Nessa terça-feira (04), em assembleia geral, os ecetistas de Brasília lançaram um indicativo de greve nacional para o dia 17 de agosto contra a privatização dos Correios e contra os avanços feitos sobre os direitos dos trabalhadores durante a pandemia.
Desde o começo do mandato de Bolsonaro, os trabalhadores dos Correios são um dos setores mais atacados pela política neoliberal do governo. O serviço sofre com a iminência da privatização, sendo vítima de um sucateamento constante por parte do Estado burguês. Além disso, a categoria foi obrigada a permanecer trabalhando de forma extremamente precária durante a pandemia do coronavírus, resultando na morte de dezenas de pessoas.
Censura
Pouco antes do início da assembleia, os trabalhadores foram surpreendidos por uma censura escancarada sobre seu direito à mobilização e à organização. A Polícia Militar impediu a chegada do carro de som ao local, utilizando como pretexto um decreto que proíbe matracas a menos de 100 metros de qualquer edifício público. Todavia, os companheiros ecetistas permaneceram firmes em sua luta, realizando a assembleia.
Movimento Estudantil
Durante a assembleia, o companheiro Uriel, da AJR e do Comitê de Luta Estudantil do Distrito Federal, informou os trabalhadores sobre as greves que já estão ocorrendo dentro do movimento secundarista. Ademais, assegurou aos companheiros que sua luta tem total apoio dos estudantes, o que foi recebido por gritos de comemoração.
Greve Geral
A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), marcou uma assembleia unificada para o dia 17 de agosto, com o objetivo de aprovar a greve geral da categoria. A assembleia unificada vai de encontro ao julgamento do mérito do processo de manutenção da validade do Acordo Coletivo da categoria até agosto de 2021 pelo STF, previsto para iniciar no dia 14 de agosto.
Com o atual estágio da pandemia no Brasil e com a intensificação dos ataques feitos sobre a classe operária por parte do governo de Bolsonaro, fica cada vez mais evidente a necessidade de mobilização. A ação tomada pelos trabalhadores dos Correios é apenas o começo, uma centelha para atear fogo em todo o aparato golpista de Bolsonaro e libertar a classe operária das mãos da burguesia de uma vez por todas.