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Eduardo Vasco

Militante do PCO e jornalista. Materiais publicados em dezenas de sites, jornais, rádios e TVs do Brasil e do exterior. Editor e colunista do Diário Causa Operária.

Calúnias direitistas

O jornalismo mentiroso, criminoso e nazista de Renato Rovai

Editor da Fórum faz campanha para incriminar o PCO, adotando assim métodos fascistas

Renato Rovai já pode ser admitido na Revista Veja ou na Rádio Jovem Pan. Cumpre todos os requisitos para isso.

O principal deles é não ser um jornalista. Não tem ética, não tem caráter, não tem honestidade, não tem a mínima dignidade.

Após o entrevero na Avenida Paulista, em que manifestantes de esquerda expulsaram infiltrados do PSDB, Rovai iniciou uma campanha suja para incriminar o PCO. Nos mesmos moldes do que sempre fez a imprensa burguesa contra a esquerda, particularmente contra o PT ou o MST.

Em entrevista realizada na segunda-feira (05) na TV Fórum no Youtube com Carmen Silva (MSTC), que acusou o Partido, sem prova alguma (mesmo dizendo que teria “muitos vídeos”), de ter agredido e roubado celulares de membros de seu movimento, Rovai foi ainda mais agressivo do que a acusadora.

Em toda a entrevista, o “jornalista” dá como favas contadas que “o PCO” é o agressor, não permitindo sequer o benefício da dúvida – sempre sem prova alguma. No final da entrevista, o editor da Revista Fórum diz que “tem que botar a polícia pra cima deles”, para “agressor, vândalo, vagabundo”, “vagabundo do PCO que foi à manifestação bater em gente dos sem teto e roubar celular do movimento”.

Jornalismo mentiroso

Rovai, que é jornalista de profissão e professor de Jornalismo, mancha completamente seu diploma. Por isso também não é necessário ser diplomado para exercer a profissão: o caso Rovai demonstra que esse papel não vale nada. A postura de Rovai é o antijornalismo.

É vergonhoso que alguém que tenha se formado na área e conseguido uma boquinha em universidade como professor de Jornalismo atue dessa forma dentro da esquerda. A burrice por parte de um jornalista e/ou professor, nós até perdoamos, mas a desonestidade não. O Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros deixa expresso em seu Artigo 7°: “O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.

O que fez Rovai foi convidar uma pessoa para contar a sua versão dos acontecimentos. A pessoa fez acusações caluniosas sem apresentação de qualquer prova ou mesmo indício do que estava falando. E o “jornalista” não apresentou nenhum questionamento (pelo contrário, quando Carmen disse que tinha “muitos vídeos”, Rovai não os pediu, como seria natural para averiguação) e, mais do que isso, endossou de maneira ainda mais violenta as acusações caluniosas.

Nenhuma prova é apresentada, nenhum dos “muitos vídeos”. Mesmo assim, Rovai culpa o PCO pelo suposto roubo de celulares e cobra, exaltado: “Cadê os celulares dos militantes do MSTC?” (neste momento de sua fala, Rovai não consegue soletrar a sigla do movimento). Para um jornalista, esse tipo de acusação, sem provas, é extremamente desmoralizante e vai contra o próprio Código de Ética da profissão. Nós também poderíamos acusar o próprio Rovai de ter roubado os celulares, o que teria o mesmo valor de sua acusação. Ou poderíamos acusar a mãe de Rovai de ter matado um cão no meio da briga, o que teria igualmente o mesmo valor de sua acusação. Poderíamos acusar o Pato Donald de ter roubado o cachorro de Rovai no meio da briga com sua mãe, que continuaria tendo o mesmo valor de sua acusação.

O Artigo 14° do Código de Ética que Rovai joga no lixo diz que o jornalista deve “ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas”. Em nenhum dos vídeos e artigos Rovai ouve o “outro lado”. Acata exclusivamente a acusação de Carmen e a adota como verdade universal, tomando partido de uma calúnia que jamais foi comprovada e não dá o menor espaço em nenhuma de suas acusações para que outra versão seja contada. Também não permite o direito de resposta, contrariando o Artigo 15° do mesmo documento.

Sobre isso, Rovai afirmou na mesma entrevista que “não dá palanque” e que “não vai ser na Fórum” que o PCO poderá se manifestar. Ele consegue ser ainda mais mentiroso e manipulador que a Folha de S.Paulo, que pelo menos procurou o PCO para ouvir sua versão dos fatos.

Renato Rovai acusa o PCO sem provas. Uma acusação sem provas não tem outro nome senão mentira. Até agora, a única prova que temos é que Rovai é um jornalista mentiroso.

Jornalismo criminoso

No jornalismo, assim como na Justiça, quando alguém acusa outra pessoa ou instituição, precisa provar. Nós também poderíamos dizer que Rovai promove essa campanha de calúnias contra o PCO porque recebeu propina do PSDB para isso. Mas, ao contrário do pseudojornalista, nunca faríamos uma acusação tão grave sem fornecer qualquer prova ou evidência.

O jornalismo de Renato Rovai contra o PCO é, portanto, um jornalismo criminoso. Criminoso, principalmente, do ponto de vista do movimento popular e da esquerda. Ele pede polícia contra os militantes do PCO e os chama de vagabundos, vândalos, agressores e ladrões. Está, claramente, tentando incriminar os militantes do PCO e até mesmo o próprio partido.

Rovai trata os militantes do PCO como criminosos e marginais. Diz, ainda, na mesma entrevista, que o PCO está “ameaçando jornalistas e blogueiros nas redes sociais”. E completa: “estão me ameaçando que se eu for no ato eu vou apanhar. Vamos ver quem vai bater” (grifo nosso). Onde estão essas ameaças? Onde está a carteira de militante dessas pessoas, que comprove que são do PCO? Ainda que não comprovemos nenhuma ameaça a Rovai, sua frase é ela mesma uma comprovação da ameaça que ele próprio faz aos militantes do PCO!

Vemos Rovai copiando a campanha de perseguição que a Veja fez contra Lula, o PT e a esquerda em geral ao longo de muitos e muitos anos. As acusações, sem provas, sempre foram igualmente pesadas.

O jornalismo de Rovai lembra também o que a imprensa golpista, a mais reacionária e anticomunista, sempre fez contra os movimentos sociais como o MST.

As acusações caluniosas feitas por Rovai contra o PCO, além de mentirosas, são uma campanha de incriminação contra um partido de esquerda. São, portanto, um método da direita, da extrema-direita, do bolsonarismo. Um método fascista.

Jornalismo nazista

O jornalismo de Renato Rovai é idêntico ao jornalismo praticado pela imprensa nazista na Alemanha nas décadas de 1920, 1930 e 1940.

Um dos principais líderes do nazismo e ministro da propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, estabeleceu 11 princípios que deveriam ser seguidos pela imprensa nazista e por todo o aparato de comunicação do III Reich contra seus inimigos políticos (judeus, comunistas, homossexuais, ciganos etc).

Destaquemos alguns deles, seguidos à risca por Renato Rovai para caluniar, perseguir e incriminar o PCO:

Princípio da Renovação: bombardear sempre com novas notícias o seu inimigo para que o público não tenha tempo de pensar, pois após ler uma notícia já receberá outra tão negativa quanto a anterior.

Entre os dias 4 e 9 de julho, a Revista Fórum publicou 7 matérias contra o PCO. Nos seis meses anteriores de 2021, apenas 3 matérias sobre o partido haviam sido publicadas pelo veículo editado por Rovai (as três em outra campanha de calúnias). Foram publicados ainda 3 vídeos no canal da Fórum no Youtube (um deles, do programa em parceria com a TV 247) e mais de 10 tuítes na conta pessoal de Rovai atacando o PCO.

Princípio do verossímil: utilizar fontes diversas, todas contra o inimigo que se quer combater. 

Perceba que, no mesmo print acima, a Revista Fórum repercute posições de diferentes atores políticos diretamente contra o PCO, como parte da mesma campanha de calúnias.

Princípio do silêncio: ocultar todas as informações, notícias e questões que não são convenientes, que não se pode rebater e que favorecem o inimigo.

Como dito mais acima, em nenhum momento Rovai buscou ouvir outra versão que não fosse a de sua convidada e a dos detratores do PCO. Nas redes sociais, a defesa do PCO virou trending topics; direções zonais do PT em São Paulo, como a do centro ou de Santo Amaro, saíram em defesa do PCO e o Partido publicou nota oficial e diversas matérias explicando o ocorrido. Dirigentes do PCO também estão saindo à público para conceder entrevistar aos meios de comunicação. Mas como Rovai não tem interesse em apurar e buscar a verdade, simplesmente as ignorou.

Embora não precisemos provar nada, nestes dois vídeos fica claro que o agressor não é o PCO, mas sim os elementos infiltrados do PSDB, são eles que iniciam os ataques físicos. E ainda: que os infiltrados do PSDB armaram uma emboscada contra militantes do PCO no final da manifestação. Por que Rovai ignora estes vídeos? Porque segue o princípio do silêncio do nazista Joseph Goebbels para proteger o PSDB.

Veja como realmente foi o enfrentamento entre manifestantes de esquerda e o PSDB em S. Paulo

Capangas do PSDB fizeram emboscada contra militantes do PCO

Princípio da transferência: revirar o passado do inimigo em busca de algo que poderia ser tachado como negativo. Via de regra, descontextualizando a situação, adotando o anacronismo.

Em uma das matérias publicadas pela Revista Fórum, bem como durante seu programa em conjunto com a TV 247, Rovai garimpou alguns dos posicionamentos do PCO de 15 anos atrás, tirando-os de contexto. O PCO nunca negou – pelo contrário, muitas vezes enfatizou – as críticas que sempre fez ao PT, principalmente enquanto governava com o apoio da burguesia. O próprio Lula sempre reconheceu que governou para os banqueiros. No entanto, depois que o PT começou a ser atacado pela burguesia, ou seja, com o início da campanha golpista, o PCO foi o primeiro partido que defendeu o PT (e o que mais defendeu o PT, mais do que membros do próprio PT). Trata-se de um apoio de princípios, não de conveniência. O próprio MST e os sindicatos (como o dos Correios) entraram em grande contradição com o PT durante os governos Lula – o PCO não está do lado dos governos, mas sim das bases. Mas para a propaganda suja do jornalismo marrom de Rovai, isso não interessa (aliás, nem deve ser explicado): o que importa é atacar o inimigo da maneira mais baixa possível.

Princípio da unanimidade: tenta convencer o receptor de que todos pensam como o transmissor e que ninguém pensa como o inimigo que está sendo atacado. Tentativa de isolar o inimigo, transformando-o em um pária.

Rovai, em todos os momentos, trata o PCO como uma “seita” ou um grupo de “malucos” – palavras usadas por ele em seus ataques. Diz também que é um partido sem voto, sem representação parlamentar, muito pequeno. E que todo o mundo do movimento está contra o PCO.

Uma outra prática corriqueira dos nazistas, que não consta explicitamente no manual de Goebbels, era a de se passarem por vítimas dos judeus e dos comunistas. Em muitos casos, os judeus eram retratados como estupradores de mulheres “arianas”, ladrões, vilões. Os comunistas e judeus sempre era apresentados como maus, feios, sujos, que ameaçam a civilização alemã.

 

Exatamente a mesma prática é adotada por Rovai contra os militantes do PCO e o próprio partido, apresentando os militantes do PCO como vândalos, vagabundos, agressores, ladrões. Apesar de ter iniciado os ataques e estar perseguindo o partido, Rovai se apresenta como vítima de ameaças…

Rovai não é um jornalista. Qualquer pessoa de esquerda sempre condenou as mentiras e calúnias da imprensa capitalista, as mentiras históricas contra o comunismo, contra a esquerda, contra os trabalhadores, contra os setores oprimidos. Tanto é assim que a imprensa alternativa nasceu para combater essas mentiras. E a imprensa progressista do século XXI, os blogs e sites de esquerda, tem o mesmo objetivo. 

Agora, no entanto, dentro da própria imprensa de esquerda, vemos aparecer a mesma prática que essa imprensa sempre combateu. Rovai entra agora para o time de mentirosos e caluniadores que envergonham o jornalismo brasileiro, como Olavo de Carvalho, Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa, Rachel Sheherazade, Alexandre Garcia etc. Indivíduos que, como ele, também chamam trabalhador de vagabundo e manifestantes de vândalos.

Vândalo e vagabundo, no entanto, são termos que se encaixam perfeitamente no esgoto que é o jornalismo de Rovai e da Revista Fórum.

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