Os entregadores de aplicativos de todo o País, realizaram – sem dúvida – grandes e importantes mobilizações durante todo o dia de ontem, em várias regiões do País.
Mesmo com ameaças dos patrões, como em toda greve e luta real. Como no caso das ameaças divulgadas pelas empresas que controlam o serviço em todo o País, esfolando os trabalhadores como no aúdio de um terceirizado de um setor chamado de OL (Operador Logístico), manda mensagem para os entregadores afirmando que se querem continuar trabalhando com eles, não devem participar da manifestação, afirma “nós entregadores OL somos diferenciados”, “agente não se envolve em manifestação” e completa a ameaça de desemprego “se alguém estiver descontente, vem me procura e eu mando pra nuvem”,
Com sua motos e bicicletas tomaram as ruas de todo o Pais, a partir de uma convocação articulada pelos próprios trabalhadores já que não existe uma efetiva organização da categoria e as entidades que falam em seu nome, nem de longe, se dedicam a organizar e mobilizar os trabalhadores, sendo – quase todas – sindicatos de cartório, criados pela burocracia sindical para arrecadar recursos e auferir vantagens enquanto deixam a categoria entregue à própria sorte.
Eles bloqueiam ruas e avenidas e mostram que a força de uma categoria (seja qual for) está na sua mobilização, em enfrentar pelos meios que sejam possíveis os patrões e seus governos e não na inútil política de “pressão” parlamentar e discursos inúteis pela internet de sindicalistas em suas lives.
Houve protestos na maioria das capitais e o apoio geral da população foi expressivo, mesmo com o incomôdo causado (e greve é para incomodar mesmo) pela ausência de entregas e engarrafamentos.
Os trabalhadores superlotados diante do agravamento da crise, por empresas que estão faturando fortunas com a pandemia (e milhões de pessoas da classe média e da burguesia em casa) enfrentaram os tubarões que tiram proveito da situação de desemprego, agravadas pelo golpe de Estado, que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e aprovou a famigerada reforma trabalhista e da pandemia atual, na qual a única preocupação dos patrões e da direita é “socorrer” seu lucros, aumentando a exploração de quem ainda consegue trabalhar (minoria no País) e deixar dezenas de milhares morrerem, milhões desempregados e famintos.