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"Amigo da onça"

PCdoB ataca Lula e promove articulação com a direita e pelegos

No afã de critica o ex-presidente para pressioná-lo a se aliar à direita, "comunistas" defensores "frente ampla" se juntam à setores que apoiaram o golpe

Em mais um claro ataque ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da parte da esquerda burguesa e pequeno burguesa que pretende, como governador da Bahia, Rui Costa (PT), que Lula atue pela “pacificação” do País, em oposição à polarização que pode levar ao enfrentamento e à derrubada do governo Bolsonaro defendida pela CUT (conforme resolução do seu Congresso Nacional), pelo PCO, por setores do PT, dos comitês de luta contra o golpe etc., o PCdoB publicou no sítio Vermelho que impulsiona na internet uma “reportagem”, baseada em notícias da imprensa burguesa (conforme afirmam) em que buscam fazer eco a ataques desferidos por setores da esquerda e da burocracia sindical contra Lula.

Na nota intitulada “Sindicalistas e antigos aliados questionam postura ‘estreita’ de Lula“, o PCdoB reclamam que repetem a farsa divulgada pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista) de que “lideranças sindicais que participaram do movimento Lula Livre e líderes de partidos historicamente alinhados ao PT”estariam demonstrando descontentamento com a atuação de Lula.

Entre essas lideranças que teriam participado do Lula Livre, a nota do Vermelho dá destaque em citações e foto a alguns dos maiores apoiadores do golpe de Estado e dos ataques contra Lula, o PT e toda a esquerda, e que mesmo nas últimas “manifestações” de arque realizaram contra ataques do governo se recusaram a colocar a luta pela liberdade de Lula como uma questão central, sob a alegação – dentre outras – de que isto não unificava o movimento.

É o caso, por exemplo, da Força Sindical, presidida pelo deputa e presidente do Solidariedade, “Paulinho da Força”, que fez Resultado de imagem para Ciro Paulinho da Força e Eduardo Cunhacampanha ao lado de Aécio e Cunha pela derrubada de Dilma, apoiou a ascensão e o governo do golpista Michel Temer e seus ataques contra os trabalhadores, como a reforma trabalhista, e que foram e são defensores da criminosa operação lava jato que levou Lula à prisão e Bolsonaro ao governo por meio da fraude.

O PCdoB se faz de ventríloquo dos apoiadores do golpe que querem reclamar de Lula para defender que ele ouça os seus “donos”, os patrões da FIESP. E como parte da campanha reclamam que Lula só recebe dirigentes da CUT, integrada por militantes do PT e PCO, principalmente. Assim, citam o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, para quem  “depois da saída da prisão, Lula só se encontrou com CUT. Não recebeu nenhuma outra central. A política dele está estreita. Lula só chegou à presidência quando se aplicou com empresários” .

Destaque-se é inteiramente falso, inclusive do ponto de vista organizativo e formal, afirmar que esses setores tenham participado do movimento Lula Livre, impulsionado em todo o País, principalmente por milhares de Comitês de base e que organizaram mutirões, atos e mobilizações com o apoio de um reduzido setor da esquerda, boa parte da qual só se fez Resultado de imagem para ato Curitiba 27/10 Liberdade Lulapresente em momento em que a “luta” pela liberdade de Lula rendia ou rende dividendos eleitorais sem comprometer as relações carnais de que desfrutam com a burguesia golpista e que se opuseram de fato a impulsionar qualquer mobilização real pela libertação do ex-presidente.

Conhecedor da realidade, o PCdoB, que integra o Comitê Nacional Lula Livre, ao lado do PT, PCO, PSOl e outras entidades nacionais como a CUT, MST, CMP, UNE etc. usa uma verdadeira “fake news”. como exemplo  em sua “reportagem” ao afirmar, por exemplo, que a Força Sindical e a UGT (União Geral dos Trabalhadores) não foram convidadas para reunião nacional da campanha Lula Livre marcada para este sábado, em São Paulo, quando sabe perfeitamente que a reunião era uma reunião para integrantes, de verdade, do Movimento formado em torno da luta pela liberdade de Lula, ao qual esses setores não se somaram, em momento algum.

Não se trata apenas de apoio às causas alheias, dirigentes do PCdoB deixam claro que toda essa choradeira visa se somar à crescente iniciativa de setores reacionários da esquerda que querem que Lula avalize totalmente a política reacionário de “frente ampla”, que não unifica o movimento de luta dos explorados, como ficou demonstrado – por exemplo – no Congresso Nacional da Frente Brasil Popular, realizado no ano passado, quando foi repudiada por amplas parcelas do ativismo. em defesa de tal política o presidente da CTB, Adilson Araújo, do PCdoB – citado na matéria – afirma sua vontade de ” ir lá para mostrar nossa opinião. O mundo não gira em torno do Lula. O PT e a esquerda foram derrotados e construir a possibilidade de um retorno terá que fazer um movimento mais amplo”, o que não o fez (nem como nenhum dirigente do PCdoB presente ao encontro) porque não quiz. Destaque-se que o dirigente do Partido e governador do Maranhão, Flávio Dino, esteve presente na mesa ao lado de Lula e como outro dirigente do Partido usou da palavra no encontro. Ou seja, porque o objetivo não era abrir um debate com o ativismo que luta pela liberdade de Lula, mas apenas fazer intriga e apoiar setores direitistas que estavam do outro lado dessa luta.

Buscando aparentar isenção, como faz a imprensa burguesa (que está claramente ao lado do golpe e contra Lula), o Vermelho repete, depois das calúnias retiradas da campanha burguesa, colocadas no título e quatro quintos da “reportagem”, o esclarecimento do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para explicar que as centrais não foram convidadas porque a reunião do Lula Livre é restrita às entidades que participaram organicamente do movimento (ou seja, que integram o movimento Lula Livre): “é uma reunião mais organizativa. O objetivo é discutir o fato de que Lula está solto mas não teve reconhecida sua inocência nem teve de volta seus direitos políticos”.

A nota se soma a muitas outras intrigas eleitorais disseminadas mesmo entre a esquerda da parte de setores que procuram disseminar a ilusão de que o regime golpista chefiado por Bolsonaro e seus ataques contra os trabalhadores serão contidos por meio da tática de eleger vereadores e prefeitos “progressistas” (muitos deles claramente golpistas) e esperar por novas eleições viciadas em 2022, de preferência – para a direita – sem a participação de Lula.

Mostrando sua posição direitista diante da crise, o PCdoB, cita também como se fosse uma derrota de Lula e da esquerda o Resultado de imagem para Rodrigo Maia e Ciro Gomes
fato de que “PDT e DEM selaram alianças para as eleições municipais em pelo menos três capitais no Nordeste, região que é o principal reduto eleitoral do PT no país”, acrescida da explicação de que tal “articulação, comandada pelos diretórios nacionais dos partidos, possui o aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de Ciro Gomes (PDT), presidenciável na eleição de 2018”, deixando claro a serviço de quem está a campanha do PCdoB contra Lula.

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