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O que quer Bolsonaro

Ditadores armam o povo?

A defesa do armamento deve ser colocada pela esquerda para que todo o povo esteja armado e não apenas a base bolsonarista

A declaração de Bolsonaro na reunião ministerial cujo vídeo foi divulgado pela Justiça: “Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado”, trouxe de volta o debate sobre o armamento da população.

Em coluna publicada no sítio Brasil 247, a jornalista Tereza Cruvinel denuncia a declaração de Bolsonaro em artigo do último dia 25 intitulado “Fascismo escancarado, cantemos a Bella Ciao!”. Para ela, estaria exposto o caráter fascista do governo, sua tese central é a seguinte: “Ditadores armam o povo até o momento em que conseguem impor sua ditadura. Depois, desarmam, já não precisam mais do povo, já terão controle total sobre o poder armado do Estado.”

Mas será mesmo esse a real interpretação que se deve ter sobre a declaração? Que está muito claro o caráter fascista do governo Bolsonaro, isso não há dúvida. Mas a defesa do armamento deve ser compreendida de outro modo.

Em primeiro lugar é preciso dizer que o povo armado não é uma caracaterística do fascismo. Quando diz “povo”, o fascismo – assim como Bolsonaro – está dizendo o “seu povo”, quer dizer, a extrema-direita, os elementos ligados aos órgãos de segurança, latifundiários, policiais e militares.

Um ditador, como diz Cruvinel, não se apoia no armamento do povo. Se todo o povo estiver armado uma ditadura é inclusive muito mais difícil de ser implantada, afinal, o monopólio da violência deixa de estar nas mãos do Estado burguês. Uma verdadeira ditadura, da burguesia sobre a maioria do povo.

Se Bolsonaro realmente armasse todo o povo e se houvesse uma guerra civil a direita perderia essa guerra civil. Faz parte do fascismo atacar a população desarmada, não o contrário. Por isso, está claro que Bolsonaro manda um recado para a sua base social, que em grande medida já está armada ou se armando e é esse fato específico que deve preocupar a esquerda e as organizações populares.

Pela primeira vez Bolsonaro deixa claro o caráter político de sua defesa do armamento. Deixou de lado a farsa da segurança e colocou claramente que o objetivo ao defender o amamento de sua base é político. É um apelo às organizações fascistas para que defendem o governo.

Bolsonaro obviamente não vai armar a classe operária e suas organizações, não vai armar os camponeses e o MST. Se o armamento fosse para todo o povo realmente, a esquerda seria vitoriosa, pois está mais organizada, mais mobilizada e em maioria. Não é isso que quer Bolsonaro.

A esquerda não deve denunciar a política do armamento em si. Pelo contrário, deve defender uma política independente, que defende o direito irrestrito do armamento de todo o povo e todas as organizações dos trabalhadores.

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