Da redação – Devido à repercussão de mais uma revelação do caso Marielle, segundo a qual Jair Bolsonaro estaria envolvido diretamente no assassinato da ex-vereadora do PSOL, organizações de massa da esquerda como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) entraram na campanha no Twitter que leva a seguinte palavra-chave (hashtag): #BastaDeBolsonaro.
O Brasil dormiu e acordou com uma pergunta: Quem mandou matar Marielle? #BastaDeBolsonaro
— CUT Brasil (@CUT_Brasil) October 30, 2019
#BastaDeBolsonaro e o Brasil inteiro quer saber: QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?
— UNE (@uneoficial) October 30, 2019
É importante que organizações com tamanha base social como essas (a CUT, por exemplo, agrupa cerca de 4 mil sindicatos) não fiquem apenas no discurso. O “Basta de Bolsonaro” deve se transformar em uma reivindicação concreta, nas ruas, que mobilize a população em torno da palavra de ordem mais correta do momento, que é a de Fora Bolsonaro. Porque é preciso deixar claro para toda a população (que já tem essa mesma expectativa) que a única solução para deter todos os ataques desferidos pelo governo ilegítimo e de características fascistas é colocar abaixo todo o regime golpista, a começar pelo próprio presidente.
É necessário que, muito mais do que uma campanha de relações públicas virtual que não mobiliza realmente a população, as organizações de esquerda convoquem atos nacionais, de massa e com grande frequência, de total contestação ao governo, pela sua queda. É preciso organizar a revolta popular contra Bolsonaro e não se pode perder mais essa oportunidade, em que Bolsonaro aparece diretamente envolvido na morte de uma líder popular que causou transtorno em todo o Brasil e a nível internacional.
O regime golpista vê sua crise aprofundar, aumentando as contradições entre os próprios setores da burguesia (Bolsonaro x Globo) e da extrema-direita (Bolsonaro x Witzel). A esquerda deve aproveitar essa crise para mobilizar as massas, que são as únicas capazes de mudar o rumo da história.