Da redação – O presidente ilegítimo Jair Bolsonaro (PSL) acusou o governador igualmente ilegítimo do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de ter ordenado que a Polícia Civil do estado “inventasse” o depoimento do porteiro de seu condomínio, que citou o nome de Bolsonaro, afirmando que ele teria permitido a entrada de Élcio Queiroz – um suspeito de matar Marielle Franco (PSOL).
Bolsonaro disse que um delegado da polícia ignorou os registros e áudios da portaria, tendo inventado o depoimento do porteiro.
“Tem o registro, sim, para casa outra”, disse. “Agora, nos surpreende a qualquer um a Polícia Civil, o delegado que tá fazendo o inquérito, ignorar isso e inventar um depoimento, no meu entender por ordem e determinação do senhor governador Witzel para tentar me prejudicar”, acrescentou.
“Eu lamento que o presidente tenha, no momento, talvez, de descontrole emocional, no momento em que ele está numa viagem, não está, talvez, no seu estado normal, tenha feito acusações contra a minha atividade como governador”, respondeu Witzel. “Não manipulo o Ministério Público, não manipulo a Polícia Civil, isso é absolutamente inadequado, contrário às instituições democráticas. A Polícia Civil, no meu governo, tem independência, o MP tem e sempre terá independência e, infelizmente, eu recebi com muita tristeza essas levianas acusações.”
Esse episódio, o da denúncia da possível participação direta de Jair Bolsonaro no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) – uma vez que a permissão para um dos suspeitos de executá-la entrar em sua casa ocorreu no mesmo dia do assassinato – abre uma ferida ainda mais profunda na crise do regime golpista. Agora, dois fascistas dignos de serem condecorados pelas SS nazistas, se degladiam.
A esquerda deve aproveitar mais essa oportunidade para denunciar o caráter abertamente fascista do governo federal e do governo do Rio de Janeiro, e organizar o movimento popular pela derrubada de todo o regime golpista. É preciso levantar bem alto as bandeiras do Fora Bolsonaro e Fora Witzel, assassinos da população.