A crise econômica causada pelos capitalistas e intensificada no Brasil após o golpe de estado continua fazendo vítimas todos os dias. Na maior cidade do país, o número de pessoas em situação de rua teve um forte aumento nos últimos anos. De acordo com dados do site da Prefeitura, ao longo de 2018, o número de abordagens feitas por assistentes sociais a pessoas nas calçadas da cidade foi de 105,3 mil. Os dados apontam o aumento de 66% em dois anos, já que em 2016, foram contabilizados 63,2 mil pessoas nessa situação.
Embora esse número não represente a quantidade de pessoas que vive de fato nas ruas, é perceptível que essa população está cada dia mais numerosa. O cálculo oficial de moradores de rua é feito a cada quatro anos pela prefeitura. O censo mais recente é de 2015, quando foram contabilizados cerca de 15 mil pessoa. No entanto, com base no cadastro de indivíduos atendidos pelo Movimento Estadual de População em Situação de Rua, atualmente, esse número seria de pelo menos 32,6 mil pessoas, conforme revelou à Folha de SP o presidente da organização, Robson Mendonça.
A crise econômica e social que o país vive somada à ascensão da extrema-direita que aplica um programa neoliberal na economia é a principal causa do aumento do número de moradores de rua. Essa combinação tem feito as estatísticas de desempregados e trabalhadores na informalidade crescerem vertiginosamente. Acompanhado a isso vem o aumento do número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza que, segundo dados de 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) seria de 54,8 milhões de pessoas na situação de pobreza e 29,5 milhões de brasileiros vivendo com menos de um salário mínimo por mês.
Como se não bastasse a condição de miséria a que cada dia mais pessoas estão submetidas, Bolsonaro está “enterrando” o programa Minha Casa Minha Vida. Além de não ter contratado nenhuma construção em 2019, o golpista barrou as famílias com renda mensal de até R$ 1.800 do programa. De acordo com anúncio feito pelo governo, o Minha Casa Minha Vida deverá ser substituído em 2020. Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, o golpista Gustavo Canuto, o novo programa ainda não teria sido lançado pois “O governo não quer gastar muito” para operacionalizá-lo.
Todos esses problemas são consequências do golpe de Estado dado em 2016. Desde então, os golpistas que tomaram o poder vem aplicando uma política de miséria para o povo que será ainda mais agravada com a permanência desses no poder. Diante desse quadro, a única solução possível é derrubar o governo Bolsonaro como parte da luta contra o golpe.