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De 4 a 11 de novembro

Veja aqui cinco curiosidades sobre a Revolução Chinesa

Participe do mais completo curso da esquerda brasileira sobre a segunda maior revolução proletária da história

O Partido da Causa Operária (PCO) vai realizar, a partir do próximo dia 4 de novembro, o mais completo curso do Brasil sobre a Revolução Chinesa. Aproveitando o aniversário de 70 anos dessa que foi a segunda maior revolução do século XX, o presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, ministrará uma série de aulas que ocorrerão no Centro Cultural Benjamin Péret (CCBP), em São Paulo, e serão retransmitidas na Causa Operária TV. Para aqueles que quiserem ter acesso ao curso completo, com apostilas, textos, imagens, basta contribuir com R$ 75,00 (R$ 50,00 para membros da COTV), a fim de colaborar com o canal.

Para entrar no clima do curso, selecionamos cinco curiosidades sobre a Revolução Chinesa. Essas e muito mais serão expostas no curso e no material adicional. Portanto, inscreva-se no curso pelo e-mail pco.sorg@gmail.com ou pelo WhatsApp (11) 963886198.

Mao Tsé-Tung não era stalinista

Muitos irão se surpreender, mas Mao não era stalinista. E o fato de ter liderado a Revolução Chinesa é prova disso. Grupos maoístas, desde aquela época, sempre consideraram o maoísmo como uma continuidade do stalinismo, mas a verdade é que a Revolução na China foi feita em contradição com a política de Stalin de tentar uma conciliação com o imperialismo. A Revolução ocorreu em 1949, mesma época em que o stalinismo boicotava o movimento revolucionário dos trabalhadores em vários países do mundo (como Itália e Grécia) a favor de uma “democracia” imperialista, para não desagradar os países imperialistas.

O stalinismo foi a política oficial da burocracia soviética enquanto durou o Estado Operário a partir do domínio de Josef Stalin e o gradual esmagamento dos quadros revolucionários de 1917. Essa política, devido à autoridade de Moscou no movimento comunista, influenciou diretamente a ponto de controlar centenas de partidos comunistas pelo mundo, infiltrando seus agentes nesses partidos. Assim, as burocracias que tomaram conta desses partidos também eram, portanto, stalinistas, por serem controladas pela URSS.

A política levada a cabo na época da Revolução Chinesa pelas burocracias stalinistas de cada partido, portanto, era uma política de total conciliação com o imperialismo e a burguesia de cada país. Mas Mao Tsé-Tung, em 1949, confrontou totalmente essa política e executou, liderando o PC chinês junto às massas trabalhadoras e camponesas, e realizou a revolução no país mais populoso do mundo.

Após a Revolução de 1949, o stalinismo não só não conseguiu dominar o PC chinês como também entrou em guerra com o Estado Operário chinês, com a política de Nikita Kruschev e seus sucessores. Portanto, não estando controlado pela burocracia soviética (o stalinismo), o partido e o governo da China não eram, automaticamente, stalinistas.

Os dazibaos

Dazibaos eram cartazes espalhados pelas paredes e muros da China antiga, com notícias e propaganda. Os revolucionários chineses deram continuidade a essa tradição, utilizando-a para a agitação e propaganda ideológica.

Foram pintados milhões de dazibaos ao longo de todo o processo revolucionário que culminou na Revolução de 1949, a fim de influenciar o desenvolvimento político das massas.

Mas foi principalmente após 1949 que os dazibaos foram utilizados de uma maneira fundamental para a educação das massas. Todas as grandes campanhas do governo chinês, como o Grande Salto Para Frente ou a Revolução Cultural estiveram envoltas em uma propaganda muito pesada por meio dos jornais e dos dazibaos. Gigantescos dazibaos eram colados nos muros, principalmente das fábricas e universidades.

Em muitas universidades os estudantes passavam horas e horas pintando dazibaos com palavras de ordem como “Viva a Revolução Cultural Proletária” para colar nos mais variados espaços.

Até hoje os dazibaos são produzidos na China, mas obviamente sem o seu caráter revolucionário, uma vez que o país há décadas vivenciou a restauração capitalista como uma ditadura contra a mesma classe trabalhadora que fez a vitoriosa revolução de 1949.

O Livro Vermelho, o segundo livro mais vendido da história

Citações do Presidente Mao Tsé-Tung, mais conhecido no Ocidente como O Livro Vermelho, é uma coletânea de discursos e textos do líder chinês, publicado em abril de 1964 pelo governo da China e organizada pelo então ministro da Defesa, Lin Piao.

Com 427 citações, que vão de um período desde a fundação do Partido Comunista (em 1921) até próximo à morte de Mao (em 1976), divididas em 33 capítulos, o livro foi a principal referência ideológica para a Revolução Cultural, iniciada em 1966.

Graças ao grande investimento de propaganda do governo maoísta e ao estabelecimento das Edições em Língua Estrangeira de Pequim, foram impressas cerca de 900 milhões de cópias, distribuídas em praticamente todos os idiomas pelo mundo todo. Trata-se da maior venda de todos os tempos, depois somente da Bíblia, que tem cerca de 2 mil anos a mais de vantagem sobre ele.

Durante a Revolução Cultural, eram comuns estudantes portarem orgulhosamente nas mãos e erguerem o Livro Vermelho como sinal de apoio ao empreendimento. Os Guardas Vermelhos e os operários também faziam o mesmo.

A bandeira chinesa

A bandeira estabelecida com a Revolução é absolutamente influenciada pela própria Revolução. Vermelha e com cinco estrelas, trata-se de uma alusão ao comunismo, à classe trabalhadora e à liderança do Partido Comunista. 

O vermelho da bandeira é, como toda a bandeira comunista, em homenagem ao sangue derramado pela classe operária na luta por sua emancipação.

A estrela maior simboliza o Partido Comunista Chinês, vanguarda da Revolução e da construção do Estado Operário. As outras quatro estrelas, menores, simbolizam o povo chinês, assim, na união coerente entre as massas e o Partido.

Ela foi adotada em 27 de setembro de 1949, poucos dias antes da proclamação da República Popular, que ocorreu no dia 1º de outubro.

O Massacre da Praça da Paz Celestial

Esse foi um dos episódios mais controversos da história da China moderna, junto com a Revolução Cultural. Ocorrido em 4 de junho de 1989, é tido pela propaganda imperialista como uma repressão comunista a protestos pela abertura do país ao capitalismo. Por outro lado, as viúvas do stalinismo dizem que foi uma reação do governo chinês a uma “revolução colorida” promovida pelo imperialismo para derrubar o regime de Pequim.

Nenhuma das duas histórias está correta. A China estava restaurando o capitalismo, em uma escala tal que passou de um Estado Operário para mais um laboratório do neoliberalismo, adotando uma política de choque com forte tutela dos economistas da Escola de Chicago.

O povo chinês, vendo cair o seu padrão de vida e sendo retirados os seus direitos conquistados graças à Revolução de 1949, iniciou um levante de características revolucionárias para impedir a restauração e derrotar a burocracia.

Os protestos começaram em abril de 1989 na Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial) e se espalharam por todo o país, levando operários, estudantes e camponeses às ruas contra o governo e o imperialismo. A repressão foi brutal, a serviço dos interesses capitalistas, e a revolta popular foi esmagada a ferro e fogo. Saiba mais sobre esse episódio da história chinesa neste artigo do Diário Causa Operária, sobre os 30 anos do Massacre.

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