Da redação – O golpe no Equador ameaça o fundador do Wikileaks, Julian Assange, que está refugiado na embaixada equatoriana em Londres. Caso deixe o prédio, Assange deve ser detido imediatamente pela polícia britânica. O jornalista australiano é responsável pela divulgação de uma série de documentos secretos do Estado norte-americano que expuseram a atividade golpista dos EUA por todo o mundo a espionagem feita contra a própria população norte-americana.
As denúncias levantadas pro Assange expuseram a interferência do imperialismo na política dos países atrasados do mundo inteiro. Uma das revelações foi de que Dilma Rousseff, presidenta eleita derrubada pela direita golpista, era espionada pelos EUA durante a campanha golpista, e, atualmente, vale ressaltar que a situação de Lula é a mesma do refugiado.
Assange é perseguido pelo imperialismo, e o novo governo do Equador é um típico governo neoliberal entreguista e capacho do imperialismo. Por isso a situação de Assange está se complicando. Agora ele está isolado do resto do mundo e só consegue se comunicar com seus advogados. O temor de Assange é que, caso seja detido na Inglaterra, e mandado para a Suécia para responder a uma acusação de estupro, acabe sendo deportado para os EUA, onde poderia acabar preso para sempre.
Antes de ter a comunicação cortada, Assange concedeu uma entrevista ao canal russo RT, que foi ao ar hoje. Uma última oportunidade de se dirigir ao público por não se sabe quanto tempo. O jornalista apresentou uma série de considerações sobre a espionagem generalizada da população feita por governos e grandes empresas privadas de comunicação como o Google. Segundo Assange, a vigilância global de toda a humanidade está muita próxima, o que “cheira a totalitarismo”. Assange afirmou que a geração que está nascendo agora talvez seja a “última a ser livre”. Uma visão pessimista alimentada por seu conhecimento da espionagem que os EUA fazem no mundo inteiro.