Continuando com a série de entrevistas a respeito das eleições deste ano. Desta vez, o Diário da Causa Operária deu espaço e voz a Cícero Araújo, candidato ao Senado pelo Partido da Causa Operária (PCO) na Bahia.
Cícero foi profissional de educação física, terapeuta, corretor de imóveis e servidor público aposentado. Confira a entrevista completa a seguir.
Diário Causa Operária: Conte-nos um pouco sobre sua formação profissional?
Cícero Araújo: Eu sou graduado em educação física pela UCB (Universidade Católica de Brasília), corretor de imóveis, pós-graduado em terapia transpessoal, naturopata clínico funcional em formação e policial federal aposentado. Tenho curso de instrutor de tiro, curso de segurança de dignitários, curso de segurança e sou 2º tenente de infantaria.
DCO: e como você entrou no PCO?
CA: Foi paixão e identificação ideológica. Conheci o PCO por acaso, quando estava assistindo vídeo no YouTube e me deparei com o programa ANÁLISE POLÍTICA DA SEMANA com Rui Costa Pimenta. As análises feitas neste programa tinham cunho extremamente lógico, claro, preciso e, principalmente, desmistificador.
É como se eu tirasse uma venda dos olhos, e cérebro, que me permitiram vislumbrar um novo cenário, uma nova realidade. Então, compreendi naquele momento, e posteriormente, que eu vivia em um mundo de fantasias e mentiras, a respeito da vida histórica e sócio-política do nosso País e do mundo.
Deste modo, observei, estudei e analisei todas as publicações da imprensa revolucionária-socialista do PCO por seis meses, quando, ao final, decidi ingressar e participar enquanto militante deste Partido tão massacrado pelo imperialismo.
DCO: Durante essa campanha, como estão acontecendo as atividades de rua do Partido aí na Bahia? Você vê uma aceitação grande da população à política do Partido?
CA: Aqui, na cidade mais preta do País, a terra do acarajé e candomblé, nós praticamos intensa campanha coletiva nas ruas de bairros populares, centros comerciais e de transportes de massa, bem como nas universidades públicas. Panfletamos, conversamos com a população local, convidamos para conhecerem o PCO e a sua política verdadeiramente popular, divulgamos nossas propostas para o povo trabalhador em todos os campos da vida social e política para o Brasil como um todo e para a Bahia em particular.
Os convidados também podem conhecer a nossa imprensa revolucionária trotskista e, quando é possível, explicamos o caráter revolucionário para a conquista de um governo do povo, para um programa de cunho socialista, onde o proletariado do campo e da cidade serão os protagonistas da sua própria história e destino.
Estamos vivendo uma experiência militante extraordinariamente enriquecedora e gratificante. Como nos ensina Lênin, nós, os trabalhadores, aprendemos a política que nos interessa; que nos liberta do massacre a nós imposto pelo sistema burguês e capitalista. Nos dá a consciência e o sentido de luta de classes através da militância e do enfrentamento, através da constituição de imprensa e partido político próprios e exclusivos de operários, do povo sofrido, abandonado e massacrado pelo sistema.
Nesta experiência militante, durante este processo eleitoral, temos nos surpreendido com a resposta à nossa abordagem por parte dos trabalhadores, dos estudantes e até mesmo de moradores de rua, desempregados e largados ao abandono total pelo sistema político fascista.
Percebemos de forma muito clara que, ao esclarecermos aspectos da política socialista e revolucionária do nosso partido, o povo se surpreende. Ficam impactados com a abordagem simples, lógica e transparente para a transformação e mudança do cenário social em que vivem.
Desta forma, se veem claramente estampados nos seus olhos o brilho e a chama da esperança, que ativa e liberta a consciência política de cada um.
DCO: e em relação aos outros candidatos, como a campanha do PCO no estado se diferencia das demais?
CA: o fundamental que diferencia as nossas propostas, as do PCO, das propostas de candidatos da direita, da esquerda pequeno-burguesa ou da terceira via é que eles prometem o que não cumprirão.
Eles abordam questões secundárias para as soluções para o povo e para o Brasil. Declaram e agem conciliando com a classe da burguesia, o verdadeiro inimigo do povo trabalhador, enquanto nós propomos uma mudança do regime político com a expropriação dos bancos privados, estatização dos meios de produção fundamentais da nossa economia, o controle dos meios de comunicação nas mãos dos trabalhadores e, enfim, das comunidades.
Propomos também a estatização e federalização da educação em todos os níveis, com uma educação gratuita e universal. Defendemos a estatização de todo o sistema de saúde e a anulação de todas as privatizações e sem indenização, dentre tantas outras coisas.
— PCO – Partido da Causa Operária – (M) (@mpco29) September 19, 2022