No último domingo (12), em congresso estadual do PSOL, Guilherme Boulos teve sua pré-candidatura aprovada para concorrer ao governo de São Paulo no ano que vem.
Após concorrer à prefeitura paulista ano passado, Boulos agora almeja, mais uma vez, dividir a luta da esquerda contra a burguesia do estado. Sua política frenteamplista procurou isolar o PT em 2020, algo que se mostra ainda como seu objetivo.
O ponto é que, atualmente, o PT representa uma das maiores organizações operárias de todo o Brasil, o PSOL, não. Nesse sentido, a união da esquerda deve se dar em torno de candidaturas do PT, justamente como forma de enfrentar o golpe de estado que tirou Dilma e colocou, finalmente, Bolsonaro no poder.
Entretanto, o PSOL já mostrou de que lado está, e não é o dos trabalhadores. Afinal, no mesmo dia deste congresso, a sigla participou do ato do MBL na Paulista, ato que contou com uma política entreguista de “abaixar as bandeiras” e que representou um comício eleitoral para a candidatura de Dória em 2022, justamente o tucano que Boulos promete derrotar.
A esquerda precisa abandonar suas ilusões quanto à atual conjuntura política e, de forma decisiva, ir às ruas pela candidatura de Lula, contra o golpe de estado que ceifou a vida de centenas de milhares de brasileiros e pelo Fora Bolsonaro. É a única forma de revertermos a conjuntura de forças no Brasil e, finalmente, golpear o imperialismo.