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Ver além das aparências

Criminalização do nazismo é desculpa para incriminar o comunismo

Esquerda deve abandonar a frente ampla com os golpistas e nazistas e que "combatem" o nazismo e passar à luta pelos direitos democráticos e pela derrota da direita

Nessa semana, o País foi tomado por uma operação claramente preparada pela direita, por uma onda histérica de defesa da censura, de cassações, perseguições  e “cancelamentos” que, contou – inclusive – com o apoio de boa parte da esquerda burguesa e pequeno burguesa, que vem se mostrando profundamente desnorteada desde antes do golpe de Estado, que recebeu apoio de vários dos seus integrantes.

Depois da “cruzada contra a corrupção”,  o “combate ao nazismo”

Como sempre, a direita tratou de arrumar um bom pretexto para a campanha reacionária. Se o golpe de 2016 foi preparado com uma ampla campanha de “combate à corrupção” da parte dos setores mais corruptos, criminosos e reacionários do País e do mundo (como o imperialismo norte-americano, que comandou de fora – e ainda comanda – as principais articulações golpistas); desta feita, a nova etapa do golpe é embalada sob o pretexto do combate ao nazismo e ao “abuso da liberdade de expressão”.

Para facilitar as coisas e dar uma aparência de neutralidade do Estado e da imprensa capitalista e de outras instituições e personalidades do regime golpista, envolvidas na armação, a ofensiva, se dá – neste momento – contra elementos direitistas secundários ou com notórias simpatias pelas posições reacionárias da direita, como é o caso do youtuber Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, alvo de um conjunto de ataques que levaram ao seu afastamento como apresentador e sócio do podcast no Flow, entre os de maior audiência no setor, por conta de sua declaração de que até mesmo nazistas deveriam ter o direito de ter seu próprio partido, reconhecido pela lei.

Por defender, inclusive, que isso pudesse ser tornado legal, o deputado federal, ultradireitista, Kim Kataguiri (do MBL e do DEM, que estava de malas prontas para o Podemos) – um “piolho facista” – passou a ser ameaçado de cassação do mandato para o qual foi eleito, justamente, para defender os interesses da direita e atacar os trabalhadores, como faz a imensa maioria dos parlamentares do putrefato Congresso Nacional.

Quem lidera a “caçada”?

Entre os “combatentes” da “cruzada” ao nazismo ocuparam as primeiras fileiras notórios fascistas como o próprio presidente ilegítimo da República, Jair Bolsonaro (PSL), a Rede Globo (campeã no apoio à ditadura militar e ao golpe de Estado), espertalhões da política burguesa como Renan Calheiros (MDB) e João Dória (PSDB), chefes do STF e outros setores do judiciário golpista (como o ministro Alexandre Moraes, indicado pelo presidente golpista, Michel Temer), do Ministério Público (como Aras, indicado duas vezes, por Bolsonaro e aprovado pelo centrão) e até mesmo cafetões e empresários cuja fortuna advém da colaboração direta com o nazismo, com o regime comandado por Adolf Hitler, como mostramos nesse Diário.

Passando por cima de qualquer ensinamento de todos os grandes líderes revolucionários, dos pensadores marxistas e até mesmo de setores comprometidos com a causa democrática da defesa de direitos fundamentais como a liberdade de expressão, de organização política etc. setores da esquerda passaram, quase sempre com certo nível de histeria a apoiar ou até mesmo a integrar essa “frente ampla” com fascistas, golpistas e todo tipo de charlatões, exploradores e inimigos do povo que encenam o “combate ao nazismo” como encenaram o “combate à corrupção”.

Essa histeria é impulsionada diretamente pela burguesia e o imperialismo em um momento de agravamento da crise econômica e, consequentemente, da crise política, em meio à qual esses setores têm dificuldades para se reagrupar minimamente para manter sua ofensiva contra o povo, batendo novos recordes de fome, miséria e desemprego, para sustentar o parasitismo dos banqueiros e outros grandes monopólios internacionais e “nacionais” que lucram com a desgraça da imensa maioria do povo, agravada pela pandemia, que essa mesma direita nunca combateu, de verdade.

A confusão da esquerda identitária e divisionista

Boa parte da esquerda, das direções das organizações dos trabalhadores, faz vistas grossas para essa grave situação, embalada pela ilusão que a burguesia procura alimentar que estamos caminhando a passos seguros para uma nova “etapa democrática”, com uma vitória folgada e sem maiores problemas do candidato dos trabalhadores, o ex-presidente Lula, nas eleições que se aproximam.

Nada poderia ser mais enganoso.

A onda repressiva, ditatorial, golpista, de aberta violação da Constituição Federal e dos direitos democráticos de direitistas secundários prepara, como se deu em muitas outras etapas da história recente, uma brutal ofensiva contra a esquerda e contra todo o povo.

Não por acaso, o próprio filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, apresentou projeto em  que, ao mesmo tempo que defende a criminalização do nazismo, propõe também a criminalização e, portanto, a ilegalidade, dos partidos que defendem a emancipação da classe trabalhadora, do jugo do capitalismo, por meio da revolução e do comunismo.

Uma posição de classe e revolucionária

Adotamos as posições tradicionais da esquerda revolucionária em toda a sua história, como nos ensina – entre outros – o fundador do Exército Vermelho (que derrotou o nazismo) e líder da revolução russa, ao lado de Lênin, Leon Trotsky: “Nas condições do regime burguês, toda supressão dos direitos políticos e da liberdade, não importa a quem sejam dirigidos no início, no final inevitavelmente pesa sobre a classe trabalhadora”.

Chamamos os trabalhadores, os militantes da esquerda e defensores dos direitos democráticos do povo a se levantarmos contra essa ofensiva reacionária que prepara uma nova etapa do golpe de Estado.

A se opor à política divisionista e diversionista de setores identitários que “lutam” contra estátuas, “invadem” igrejas e áreas de visita da Bolsa de Valores e vivem de atos demonstrativos, mas que não querem levar uma luta de verdade contra nazistas de carne e osso e seus aliados da burguesia golpista que continuam lucrando e cometendo crimes contra a população, perseguindo aqueles que expressam suas opiniões, prendendo inocentes e matando o povo de fome.

Que o combate à reação se faça com as armas e os métodos de luta da classe trabalhadora, os únicos que têm uma verdadeira eficácia, comprovada em quase um século de luta contra o nazismo e o fascismo.

Que a unidade dos trabalhadores se dê em torno da defesa dos direitos democráticos, das reivindicações dos trabalhadores e luta pela vitória de Lula, por um governo dos trabalhadores, sem golpistas e sem patrões.

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