O youtuber Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, tem sido atacado após sua declaração no Flow, podcast que apresentava em conjunto com Igor, de que até mesmo nazistas deveriam ter o direito de ter seu próprio partido, reconhecido pela lei.
Monark foi rechaçado nas redes por ter expressado sua opinião. Mas, como se isso não bastasse, perdeu patrocínios e está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República, além de ter virado manchete em todos os veículos da imprensa burguesa.
Mas quem são os responsáveis por toda essa histeria? A burguesia e o imperialismo estão certamente à frente de todo o caso. Mais especificamente podemos citar a Rede Globo, Moro, Eduardo Bolsonaro, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e todo o PIG. Além disso, também fazem parte da série de ataques as empresas que patrocinam ou patrocinaram o podcast, como Ifood, Puma, Mondelez (detentora do BIS) e o Grupo Habib’s.
Não é curioso que as figuras mais esdrúxulas da política brasileira, como o próprio filho do Bolsonaro, estejam “se manifestando contra o nazismo”? A mesma pessoa que defende abertamente a ditadura militar de 1964 e o extermínio da esquerda? Não é a toa que, ao mesmo tempo que defende a criminalização do nazismo, o deputado também defende que o mesmo seja feito com o comunismo.
Alexandre de Moraes, por sua vez, é o rei de “pegar peixes pequenos” — enquanto caça furiosamente diversos Monarks pelo Brasil, como ocorreu nos casos do blogueiro Alan dos Santos e do deputado bolsonarista Daniel Silveira, o ministro do STF vira a cara para Bolsonaro e sua equipe, que cometem crimes diariamente contra a população. Outro exemplo é Sérgio Moro: o juiz que prendeu Lula sem provas agora vira o grande combatente contra o nazismo.
O PIG é outro setor altamente ativo na campanha contra Monark e contra a liberdade de expressão. Não são recentes suas propagandas pela regulação do discurso e pela censura de opiniões contrárias a sua. A Rede Globo é o exemplo mais significativo, considerando que foi criada e desenvolvida durante a ditadura militar brasileira, tendo sido um de seus filhotes mais queridos.
As empresas privadas também não ficaram de fora. O Ifood, por exemplo, que é reconhecido por não proporcionar nenhum direito trabalhista aos seus entregadores e proporcionar um baixíssimo ganho por cada entrega, mostrou sua face defensora da democracia ao repudiar fortemente o ato de falar de Monark. A Mondelez, por sua vez, é acusada de sobrecarregar seus funcionários e perseguir aqueles que exercem a atividade sindical, além de proporcionarem baixos salários e péssimas condições de trabalho.
Já quem olha para o Grupo Habib’s, que se tornou um grande opositor do nazismo devido a sua nota de repúdio lançada contra Monark, não imagina que este abertamente apoiou o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff! Em 2016, utilizando o Twitter, a rede de lanchonetes afirmou que: “Na crença de um país melhor e com justiça para todos, vai apoiar as manifestações, vestindo suas lojas de verde e amarelo e distribuindo cartazes e bottons para os que queiram se manifestar e estejam com fome de mudança”.
Infelizmente a empresa excluiu o tweet em questão
É possível listar páginas e páginas dos crimes reais que foram cometidos por essas empresas contra a população. Enquanto Monark apenas expressa sua opinião — e, é importante reiterar, nós defendemos o direito dele fazê-lo —, essas figuras e empresas se comportam como verdadeiros nazistas, escondendo suas verdadeiras opiniões, porém efetivamente colocando suas políticas nazistas em prática, atacando os trabalhadores e a população. Como é possível que os seres mais nazistas do Brasil estejam atacando alguém por nazismo?
A resposta é simples: demagogia. Os verdadeiros nazistas, aliados formais da burguesia pelo mundo, estão lucrando e cometendo crimes contra a população, perseguindo aqueles que expressam suas opiniões, prendendo inocentes e matando o povo de fome. Isso evidencia como a tal “luta contra o nazismo” é uma falácia que não combate nada e apenas serve como arma para a burguesia e para o Estado reprimirem cada vez mais a esquerda e o povo — afinal, pau que bate em Chico, também bate em Francisco.