Há anos, os filmes de faroeste americanos produzidos por Hollywood já eram os mais assistidos no mundo inteiro. Hollywood sempre foi um conglomerado de empresas de filmes que sempre passaram, com raríssimas exceções, a visão da burguesia financeira americana para o mundo, impondo caracteres, estilos, emoções, desejos, e todos os tipos de meandros políticos que hoje vemos no movimento do identitarismo tão à mostra nas eleições no Brasil.
Os políticos americanos, pressionados pela burguesia financeira, sempre se apropriaram de movimentos populares, como esse do identitarismo que foi capturado de um grupo de feministas, Combahee River Collective, formado por negras e lésbicas de 1974, e usaram esse padrão para impor ao mundo uma expressão política como maneira de manipular os povos. Os banqueiros, enfim, desde os filmes de faroeste, mostravam os mocinhos defendendo os bancos dos bandidos assaltantes que eram pobres miseráveis, em geral, que discordavam da organização social imposta pela burguesia, e que buscavam melhorar e ter alguma coisa na vida. Desde aquela época os bancos sempre roubaram a riqueza que era da população que vivia em uma região e impunha a lei e a ordem na base do tiro de revólver.
Hoje não é diferente, o dinheiro continua sendo protagonista, nas mãos dos banqueiros, de todo tipo de autoritarismo de uma minoria contra a maioria que é colocada à margem da riqueza e da propriedade. Os banqueiros nestas eleições brasileiras, tão longe daquela época dos filmes de faroeste, mas dentro do mesmo fascismo burguês destes últimos séculos, tentam se apropriar da democracia como um movimento seu, e compram políticos de esquerda para que eles reproduzam a vontade do capital financeiro quando estiverem nos seus cargos eleitos ou não pela vontade popular, nos diversos colégios eleitorais trançados na vontade da burguesia financeira que, desde a época do faroeste, mandava nas cidades, nos políticos, nos tribunais e até nos saloons e na cultura da época.
Vivemos debaixo do jugo dos banqueiros que querem sempre aparecer como os que estão do lado dos mocinhos, dos que defendem as leis e os bons costumes da sociedade. Nestas eleições de 2022, vimos um grande e barulhento movimento da burguesia financeira, que foi propalado por vários jornais que só escrevem o que a burguesia gosta de ler, onde vários banqueiros e pessoas ligadas a grandes bancos fizeram doações de quantias de dinheiro grandes para nós, os miseráveis, porém módicas para quem tem quantias como 1 milhão de dólares disponíveis para saque em conta pessoal. Várias doações foram feitas a políticos representantes da expressão política, o identitarismo, que os banqueiros estão tentando imprimir nas sociedades a fim de manipular as classes sociais representadas por estes políticos.
Quais foram os políticos ‘felizardos’ que receberam tais quantias? Negros, índios, mulheres, todos vindos da pobreza e da miséria deixada pelos banqueiros. O motivo de tais doações já sabemos: na figura dos pouquíssimos que receberam, todos os milhares restantes de negros, índios, mulheres, homossexuais despossuídos de tudo seriam como que contemplados pelo beneplácito dessa classe maravilhosa que são os banqueiros, que mostram sua caridade para com a democracia cedendo uma parte, miserável diga-se de passagem, da sua vasta riqueza conseguida ao logo do tempo pela exploração da sociedade brasileira e do território nacional. Considerando, assim, os banqueiros, que eles não vão ter que abrir mão de mais nada, da sua riqueza, e vão ter seu desejos satisfeitos quando estes políticos e os políticos de sempre que estão nas casas legisladoras, fazendo leis, uma após outra, retirando mais ainda parte do dinheiro dos impostos, que seria destinado a programas sociais, para si mesmos, como fazem todos os anos se apropriando de quase mais do que a metade do orçamento brasileiro. Apropriação essa justificada por mecanismos de juros criados pela própria burguesia financeira americana, que impõe essa política ao Brasil e ao mundo inteiro.
Do Oiapoque ao Chuí, com ferro e fogo
Quem seriam estes beneficiados que levariam do Oiapoque ao Chuí a impressão do sinete dos banqueiros marcado à força nas leis brasileiras a que se submeterão os brasileiros e brasileiras para satisfazer o anseio do imperialismo americano?
Wesley Teixeira, PSOL, recebe doações de banqueiros desde 2020 para servir à burguesia financeira; Carmen Silva, PSB, recebeu dinheiro de acionista do Itaú; Sônia Guajajara (PSOL) recebeu dinheiro do próprio Banco Itaú, Boulos recebeu R$ 60.000 de Elisa Sawaya Botelho Bracher, filha de Fernão Carlos Botelho Bracher, um dos maiores banqueiros nacionais, entre outros.