A reportagem exclusiva publicada por Rui Costa Pimenta no DCO na última segunda-feira (01) confirma aquilo que setores da esquerda e o PCO já vinham denunciando há muito tempo: Guilherme Boulos é impulsionado pela burguesia e pelo imperialismo.
O líder do PSOL “trabalha” (nas próprias palavras de seu empregador, o empresário Walfrido Warde) em uma instituição voltada para submeter o Estado aos interesses de empresários. O mesmo instituto (o IREE), mantém como líderes de sua área de “defesa e segurança” nada menos do que Sergio Etchegoyen (ex-chefe do GSI) e Raul Jungmann (ex-ministro da Defesa de Temer).
Parceiro do IREE é a Global Americans, um think tank norte-americano infestado de funcionários ou ex-funcionários de organizações ligadas diretamente ao governo dos Estados Unidos. Um dos patrocinadores dessa instituição é o NED ─ agência do governo americano cuja função é a mesma que a CIA sempre desempenhou: promover golpes de Estado e desestabilizar governos nacionalistas e de esquerda pelo mundo (principalmente na América Latina) a fim de garantir a dominação do imperialismo.
Leia o artigo de Rui Costa Pimenta no @DiarioDCO sobre as ligações de Guilherme Boulos com o imperialismo e seus lacaios. #ForaBolsonaro #LulaPresidente pic.twitter.com/7ZvxpEE2XO
— DCO – Diário Causa Operária (@DiarioDCO) November 2, 2021
Warde, presidente do IREE, também é dono do escritório de advocacia Warde Advogados, do qual um dos sócios é Leandro Daiello, diretor da Polícia Federal durante a fase dura da Operação Lava Jato, até o golpe de 2016.
A Polícia Federal é, na prática, uma filial da CIA e do FBI no Brasil. O jornalista Bob Fernandes, em uma série de reportagens para a revista Carta Capital, revelou há cerca de duas décadas que quem manda na PF são os norte-americanos.
Quem acompanhou a Operação Lava Jato comprovou essa tese. Além disso, segundo a Folha de S.Paulo, em reportagem de 2013, a CIA mantém agentes espalhados pelos escritórios da PF por todo o Brasil a fim de garantir que a organização atue conforme os interesses do governo americano.
Para deixar os vínculos ainda mais suspeitos, no final do ano passado a Warde Advogados iniciou um trabalho para o empresário israelense Benjamin Steinmetz, que contratou parecer de nada mais nada menos que o ex-juiz Sergio Moro. O maior expoente da Lava Jato, carrasco de Lula e da esquerda, havia faturado, em pouco tempo, pelo menos R$750 mil trabalhando com o escritório de advocacia de Daiello e Warde. Silvio Almeida, possível vice de Boulos nas eleições estaduais de 2022, também é sócio do empreendimento.
Warde não é apenas empregador de Guilherme Boulos. Ele também é seu amigo íntimo há anos. Em suas redes sociais, não poupa elogios ao coordenador do MTST. “Guilherme Boulos é o mais promissor político progressista da atualidade”, escreveu ano passado no Twitter. Articulador da campanha de Boulos à prefeitura de SP junto a empresários, Warde comemorou o desempenho do psolista, destacando que as eleições mostraram “o surgimento de uma nova esquerda sob a liderança de Guilherme Boulos”.
Boulos trabalha para Warde. Warde é sócio de Daiello e trabalha com Moro (ambos, sem dúvida nenhuma, agentes da CIA). O IREE é parceiro da Global Americans, patrocinada pela NED (agência irmã da CIA).
Estaria Guilherme Boulos, no mínimo de maneira indireta, a serviço da CIA?
Por que um político de esquerda, ligado a um movimento social, se prestaria a esse papel?
Por que Boulos e o PSOL, diante de revelações como as que o DCO está fazendo, permanecem calados e não desmentem as denúncias?