Dando um Ctrl + F na página da SEDUFSM não encontramos a palavra SALÁRIO.
Enquanto diversos setores do serviço público federal fazem greve e alguns, como policiais rodoviários federais conseguem tudo que querem, a nossa categoria profissional, a maior em número, não consegue mobilizar para fazer um congresso em defesa dos trabalhadores. Predomina nesse ambiente insalubre, a luta identitária, ao invés da luta política.
Desde 2011, o ANDES-SN é controlado pelo “Consórcio PSOL, PCB, PSTU, UP”, sob supervisão dos pelegos da CSP-Conlutas, que fez greves contra os governos do PT, mas diante do Bolsonaro estabelecem o pacto de mediocridade, a fim de não utilizar grandes manifestações de rua que façam Lula Presidente. Para além dessa questão, basta lembrar dos cartazes e faixas, que antes reivindicavam aumento salarial, e agora desapareceram completamente.
Desde o golpe de Estado, não temos sequer reposição salarial, agora vemos nosso tempo de serviço aumentado com a reforma da previdência, a carga de trabalho se elevando drasticamente e os custos de manutenção do trabalho estão terceirizados completamente. Não há mais verbas para pesquisas, o que faz com que as Fundações se aproveitem de professores mercenários e sem consciência, busquem ONGs para atuar na política universitária.
Alta evasão de alunos, professores cada vez mais adoecidos e o cardápio oferecido pelo ANDES é a “luta” contra racismo estrutural, machismo, homofobia etc., não levando em conta que estamos passando por dificuldades salariais, que aprofundam todos os problemas postos pelo capitalismo. Um professor em início da carreira sequer consegue se manter com o salário inicial, os concursos são para um ano de serviço apenas, dificultando o fortalecimento dos cursos de graduação.
Um sindicato que diz colocar “A vida acima dos lucros” parece estar lucrando bastante com as mensalidades dos professores, pois parecem estar distantes da realidade dos trabalhadores. Um professor com família não consegue se manter e manter seu próprio trabalho, influenciando diretamente no seu desempenho, cada vez aquém das possibilidades.
Para concluir, conclamamos a todos os insatisfeitos com a atuação do ANDES-SN e CSP-Conlutas, a integrar o Coletivo Educadores em Luta da Corrente Sindical Causa Operária, lutar por salário digno, contra o desemprego e as privatizações. Urgentemente precisamos convocar GREVE GERAL, e lutar pela eleição de Lula Presidente, Por um governo de trabalhadores.