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Por uma greve geral para derrotar a “reforma” da Previdência, libertar Lula e colocar para fora Bolsonaro

O 1º de Maio mostrou uma profunda contradição no interior do movimento operário, por detrás da aparente “unidade” alardeada pela maioria das direções.

Enquanto milhares de ativistas se mobilizaram no Brasil e no Mundo para levantar as reivindicações centrais da luta da classe trabalhadora, como corresponderia no Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, ainda mais em um momento de crise histórica do capitalismo, quando a burguesia tenta despejar sobre os ombros dos trabalhadores todo o ônus pelo retrocesso e lança mão de golpes de Estado para impor ditaduras ainda mais duras, fascistas, contra os trabalhadores; por outro lado, ficou explícito o conluio entre setores infiltrados no interior do movimento dos trabalhadores com o grande capital imperialista e direita burguesa, inimiga dos trabalhadores.

Ao lado dos que saíram às ruas para lutar contra o golpe, derrotar o roubo da Previdência (disfarçado de “reforma”), defender a liberdade de Lula e o fim do regime golpista com o fora Bolsonaro e todos os golpistas, participam das atividades setores que defenderam a aprovação da reforma com pequenas alterações, como “Paulino da Força” (SDS), a frente com os golpistas, como Boulos (PSOL), o fica Bolsonaro (PSTU, Haddad etc.) e até  sua substituição por um governo dos militares encabeçado pelo general Mourão (de novo, “Paulinho da Força). Bem como, amigos de Trump e Bolsonaro que bradaram “fora Maduro”, em apoio à política do imperialismo norte-americano, como o PSTU.

Em contradição com essa política, como resultado do amplo repúdio à proposta de “reforma
da Previdência, do gigantesco apoio popular à Lula e da rejeição majoritária ao governo ilegítimo de Bolsonaro, foi praticamente unânime (entre os trabalhadores que participaram das manifestações) o apoio à proposta de uma paralisação nacional (“greve geral”), no dia 14 de junho, apresentada pelo presidente da CUT- Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas.

É claro que esta medida de luta não será levada adiante, sem sabotagens, por parte dos que defendem a aprovação da “reforma” com retoques (mudanças parciais) ou que sonham em construir uma “frente ampla” com os golpistas. Para levá-la adiante de forma consequente e eficaz é preciso passar por cima da política dos que querem apenas fazer figuração, influenciar negativamente e conter as tendências de luta presentes na etapa atual e ainda apontar em direção a perspectivas ilusórias para os explorados como esperar pelas próximas eleições.

Uma das mais evidentes no ato de São Paulo, o maior do País e principal, foi o abandono por 90% dos dirigentes de qualquer menção à prisão do ex-presidente Lula, que – ao contrário do ano passado – não teve sua liberdade inscrita como um das reivindicações centrais do ato.

O motivo era claro, a defesa da liberdade Lula, ou de qualquer medida real contra o golpe, não “unificava”, o movimento que em seu interior tinha deputados do centrão (como o deputado Paulinho), apoiadores da reforma, viúvas de Ciro Gomes, defensores explícitos da prisão de Lula (como o PSTU e o SDS) etc.

A luta política no interior do movimento operário, evidenciou que para ser vitorioso, o movimento operário precisa superar a política de confusão impulsionada pela direita e que a maioria de suas direções repete.

A greve geral é uma luta política e não meramente econômica. Por isso é preciso uma luta política para derrogar os infiltrados que querem sabotar ou conter a mobilização para impulsionar a greve.

Um aspecto central é impulsionar as reivindicações que reforcem a independência dos trabalhadores que unificam os que, de fato, querem lutar, como é o caso da luta pela liberdade de lula e pela derrubada de bolsonaro, ao lado da defesa da derrota total do roubo da Previdência, que não será possível por meio de um entendimento com os golpistas e agentes do imperialismo no interior do movimento operário.

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