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Um primeiro passo

Plenária mostra evolução à esquerda e Frentes marcam Ato em 13/6

Reunião com mais de 100 entidades e 300 participantes debateu situação e apontou, ainda que timidamente, no caminho da mobilização

Participamos nesta quarta, dia 27, da Plenária Nacional das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, com a presença virtual de quase 300 companheiros representantes de entidades nacionais, como partidos de esquerda (PT, PCdoB, PCO, PSOL, PCB, UP), entidades de luta dos trabalhadores da cidade e do campo, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), movimentos populares, como a CMP (Central de Movimentos Populares e o MTST (Sem Tetos), organizações estudantis, como A UNE e UBES, entre tantos outros.

Foi a primeira reunião nacional, com ampla representação de diferentes forças da esquerda após o inicio da pandemia e da gigantesca crise atual. Um encontro fundamental, diante da dispersão da esquerda diante da crise e com o avanço do genocídio levado adiante pela direita, que se soma a um brutal avanço da crise econômica e claras ameaças no sentido de um golpe de Estado, por parte de militares e bolsonaristas.

 

Pedido de impeachment e “Fora Bolsonaro”

 

O ato se deu também, uma semana depois da entrega de um pedido de impeachment assinado pelos partidos de esquerda (PT, PCdoB, PSOL, PCO, PCB, UP, PSTU) e mais de 300 entidades e personalidades nacionais defensoras dos direitos democráticos, junto à Câmara dos Deputados.

Ainda que com claras limitações organizativas (não era presencial, teve duração reduzida de menos de 3 horas, não houve apresentação prévia de propostas e – mais uma vez – a coordenação insistiu em dar maior tempo e número de falas para representantes vinculados à certos setores da esquerda, defensores da “frente ampla”, a coligação com setores da burguesia golpista), a Plenária expressou muito claramente a evolução das tendências de luta e de ruptura com a política de conciliação com a direita, defendida por setores da esquerda que impuseram recentemente um ato virtual de 1º de Maio com a participação de notórios inimigos do povo brasileiro, bandidos políticos que estiveram à frente do golpe de Estado de 2016, da sustentação da criminosa operação lava jato e a condenação que levou à prisão ilegal do ex-presidente Lula e que aprovaram (e continuam a fazê-lo) as reformas contra os trabalhadores.

Foi o primeiro Encontro da esquerda, depois que a imensa maioria passaram a adotar – formalmente – a politica de defesa do “Fora Bolsonaro”, por nós defendida como eixo, há mais de 18 meses, por cont ado violento retrocesso representado pelo governo fascista surgido da fraude das eleições de 2018, que nos recusamos a referendar.

Se deu também , no momento em que se multiplicam pelo País os atos de protestos contra os ataques da direita e pelo Fora Bolsonaro, como os recentes protestos em Brasília (ato público dos Comitês de Luta na Praça dos Três Poderes), em Florianópolis (chamado pela CUT e outras entidades), em Porto Alegre (de enfrentamento com fascistasT  etc.

 

Análise conservadoras

 

As intervenções (palestrinhas) iniciais estiveram à cargo dos dirigentes do MST, João Pedro Stédile, e do MTST/PSOL, Guilherme Boulos. O primeiro falou da correlação de forças, que considerou desfavorável, e dos confrontos entre as diferentes alas da burguesia e ressaltou que “pra nossa sorte, os governadores estão assumindo um protagonismo na luta contra o covil-19”, com o que embelezou governos e partidos que são ou ate mais responsáveis pelo atual genocídio que o próprio Bolsonaro, como o PSDB (do aliado da “frente ampla”, FHC e Dória) que governo o País por oito anos e São Paulo há quase três décadas, promovendo a maior devastação na saúde pública de todo os tempos e que, efetivamente, não adotou qualquer medida real de combate à pandemia a não ser fazer auto-propaganda, campanha pelo “fique em casa”, ataques ao funcionalismo. Sem testes, sem medidas como abertura de UTI’s, ataque ao funcionalismo – Dória além do arrocho e repressão, diante do afastamento de mais de 5 mil servidores da Saúde por conta da convidar-19, determinou a contratação, a longo prazo, de pouco mais de mil trabalhadores. Chamar a isso de “protagonismo” é uma exagerada dose de enbelezamento da politica de conjunto da direita de matar o povo para salvar os capitalistas. Bom lembrar que Dória e os demais “protagonistas”, depois de encenarem “oposição” a Bolsonaro, estão colocando em marcha o plano defendido por Bolsonaro, pelos banqueiros e grandes capitalistas de retomar a produção (que nunca parou de fato), pouco se lixando para as danosas consequências que isso venha a ter na vida do povo.

Em uma fala comum a boa parte dos oradores, defensores da “frente ampla”, Stedile também assinalou que “a classe trabalhadora, está sem possibilidade de suas armas, como fazer greve e grandes manifestações”, menosprezando as manifestações que se multiplicam por todo o País contra Bolsonaro e as consequências desastrosas de sua política e se recusando a acompanhar o chamado cada vez mais presente dos trabalhadores chilenos, que se repetem no Brasil, “se podemos trabalhar, podemos protestar”. Sim, há milhões de trabalhadores (incluindo sem terras) que não desfrutam das mordomias da burguesia e da classe média e continuam trabalhando e podem, estão e vão protestar, fazer greves etc.

Segundo a falar, o ex-candidato presidencial do PSOL, o partido campeão das inúteis ações no judiciário, no MP, na Comissão de Ética da Câmara etc. contra Bolsonaro e bolsonaristas anunciou sua expectativa de que “crise sanitária, vai ser controlada e contida em cerca de três meses” e anunciou sua “avaliação” de que Bolsonaro “aposta em um cenário de convulsão”, se opondo 1a realidade na qual Bolsonaro procura, sem grande êxito, pilotar uma situação que não consegue controlar e, de forma, cada vez mais, improvisada.

Segundo o psolista, “a esquerda teria dificuldade diante da situação explosiva, por conta de perda de capilaridade, de canalizar a situação em um sentido progressista”. Isso quando a maioria da esquerda, não faz nenhum esforço nesse sentido, não apresenta um programa de luta, não busca formas de organização independentes da burguesia e, pelo contrário, aposta em uma aliança com os golpistas para livrar o povo do golpe e do seu fruto, Bolsonaro. Ele ainda apresentou como modelo de frente aquele estabelecida na campanha das “Direta Ja”, na década de 80, quando diante da crise histórica do regime militar e do enorme ascenso do movimento operário que deu ligar, por exemplo, à construção da maior e mais combativa organização operaria da historia do Brasil, a CUT, a burguesia buscou controlar o movimento que evoluía em sentido de uma luta contra a ditadura, na direção de um golpe, com o apoio à fracassada emenda das Diretas (Dante de Oliveira) no Congresso Nacional, à eleição indireta de Tancredo-Sarney, no Colégio Eleitoral da ditadura militar e ao governo ultra reacionário e anti-popular da “Nova República”.

 

Nossa intervenção e resoluções

 

Evidenciando as tendências positivas, presentes na situação e buscando impulsioná-las, varias intervenções na Plenária intervieram apontando no sentido da mobilização, de ganhar as ruas etc., de somar às iniciativas virtuais, iniciativas no mundo real, no terreno da mobilização nas ruas, com atos, panfletagens, colagens etc. apoiando-se também na defesa das reivindicações populares.

Procuramos contribuir no debate apoiando esta perspectiva e propor que passemos, imediatamente a ações concretas, já no dia 13 de junho, quando se realizará um Ato Nacional (virtual) para lançar a campanha Fora Bolsonaro e que se realize um Encontro Nacional das organizações de luta para aprovar um programa de defesa da classe trabalhadora.

Assista o vídeo, como nossa intervenção e veja, abaixo as principais deliberações do Encontro.

Calendário:

5/6  – Dia Nacional de Agitação e Propaganda. Nas redes, mais colagenS, panfletagens etc.

13/6 – ATO NACIONAL Fora Bolsonaro, com possível realização de atos de rua nos Estados

8/6 – reunião ampliada da Comunicação da Frentes – 16h

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