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Bancada do PSOL denuncia ao Ministério Público atrasos no pagamento de residentes da saúde(3/05/20)
PSol pede investigação sobre acampamento que prega “extermínio da esquerda”(7/5/20)
Declarações e manchetes como as acima podem ser extraídas às dúzias da imprensa capitalista, da esquerda e dos sítios e blogs do PSOL e dos seus parlamentares, nos ultimo anos de golpe de Estado e do regime golpista e, ainda mais, desde o começo do governo ilegítimo e fraudulento de Jair Bolsonaro.
Essas “iniciativas”, em sua maioria da bancada parlamentar do PSOL – que repetem a tradicional política burguesa de setores da esquerda, como do PCdoB, da direita do PT etc. – evidenciam que a política do Partido se resume a reivindicar das próprias instituições do regime golpista, como o Ministério Público, o Judiciário, as Comissões Permanente (como de Ética) e parlamentares de inquérito (CPI’s), que resolvam a situação que imponham o controle sobre o governo e demais instituições do próprio regime golpista.
Na etapa a atual, por exemplo, o partido estaria empenhado em controlar a campanha em favor da ditadura e de um golpe militar, por meio de ações dessas instituições democráticas.
PSOL quer se opor à ditadura com ações institucionais. Já fizeram isso mil e uma vezes, sem resultados. E prossegue na mesma política.
Mostram preocupação com o que chamam de “crise institucional” e critica, por exemplo, a campanha da direita em favor do ato bolsonarista pela ditadura, afirmando que a “a divulgação de mensagens de natureza eminentemente antidemocráticas por parte da página oficial da Secom no Twitter causa espanto”, e que a Constituição vem sendo “sistematicamente violada” no governo Bolsonaro. Agem para defender essas mesmas instituições. Para reforma-las.
O que temos aqui é, por um lado, um lado, um embelezamento da crise do regime golpista – transformada em “crise institucional” – e, por outro, um declaração de compromisso do Partido com as instituições da burguesia e do regime golpista, que se mostra disposto a defender.
Mais uma vez, o PSOL, que defendeu a criminosa operação lava jato, que se recusou a mobilizar contra a derrubada pela direita do governo Dilma Rousseff, legitimamente eleito pela população, que teve lideranças se opondo à defesa da liberdade de Lula (dizendo que isso não unificava, como foi o caso do deputado Marcelo Freixo, do RJ) e que não faz absolutamente nada a favor da mobilização pelo Fora Bolsonaro, se lança na farsa da defesa das “instituições” do regime burguês e golpista.
Entendem que Bolsonaro e todos os golpistas não devem ser derrubados por meio da mobilização popular, porque atacam e destroem as condições de vida do povo brasileiro, afundam a economia nacional, servem aos interesses de tubarões capitalistas estrangeiros. Agem para moralizar o regime político, para “caiar o sepulcro” do apodrecido regime politico, dando-lhe uma aparência democrática.
Dessa forma, o PSOL não luta, de fato, contra Bolsonaro, por conta de seu programa reacionário, de fome, miséria e morte dos trabalhadores e demais explorados, mas sim por conta de aspectos superficiais da política criminosa do governo, como é o caso do chamado a um ato contra o congresso.
Uma politica reacionária em toda a sua extensão e que não seve me nada para os trabalhadores e para construi um alternativa própria dos explorados diante da crise.