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Contra a ditadura da burguesia

Manifestações nos EUA já pedem a dissolução da polícia

Crise nos EUA em relação a violência policial traz a necessidade de dissolver as forças policiais.

Após o assassinado cruel e ao vivo do negro George Floyd por policiais na cidade de Minneapolis, maior cidade do Estado de Minnesota, uma onda de manifestações explodiu não somente nos EUA, mas em diversas cidades do mundo.

Em todos os locais, a revolta se canaliza em sua esmagadora maioria contra as forças policiais, que em nenhum momento conseguiram controlar a fúria dos manifestantes. Isso pode ser confirmado por delegacias e centenas de viaturas policiais incendiadas e policiais agredidos pelas pessoas diante de uma escalada de violência policial cada vez maior.

Bem que a burguesia tentou manobrar. Em algumas cidades, vários policiais marcharam com os manifestantes, ajoelharam-se como forma de protesto, chegando, até mesmo, a abraçar alguns manifestantes. Essa tentativa de “limpar” a barra da polícia não deu resultado.

Além de outros fatores que contribuíram para essa explosão social, como a crise econômica, fica evidente que o descontentamento foi contra a ditadura e a violência das forças policiais. Tanto foi assim que, em diversos pontos das manifestações, as palavras de ordem, além de “vidas negras importam”, pediam a dissolução da polícia.

Essa discussão foi levada a tal ponto que, em Minneapolis, cidade do assassinato de Floyd, devido à pressão da população e dos conselhos da cidade, a câmara legislativa aprovou a dissolução da polícia da cidade e o fechamento da delegacia.

“Nós nos comprometemos a desmantelar a polícia tal como a conhecemos na cidade de Minneapolis e a reconstruir com nossa comunidade um novo modelo de segurança pública que realmente mantenha a salvo a nossa comunidade”, disse à CNN a presidenta da Câmara municipal, Lisa Bender.

Alondra Cano, outra integrante da Câmara, disse que a decisão foi tomada pela maioria dos membros da Casa, que concordaram em que o departamento de polícia “não é reformável e que, portanto, acabar-se-á com o sistema atual”.

Nessa semana, manifestantes pintaram um “defund the police” (retirem verbas da polícia) gigantesco no bulevar Martin Luther King Jr, lugar de muitos prédios do governo na cidade e de grande visibilidade,

Em Washington, também foi pintada na principal avenida da cidade, a 16th Street, “defund the police”. Essas pinturas também foram feitas em Los Angeles e noutras cidades do país.

É claro que a direita e a burguesia vão tentar manobrar de todas as formas para não haver a dissolução das forças policiais, mas isso mostra um caminho e uma discussão que está acontecendo para a dissolução da polícia. Mas demonstrou-se na prática que a discussão sobre o fim da polícia não é um debate acadêmico, e sim uma necessidade da classe trabalhadora contra a opressão e a favor das liberdades democráticas.

Esse é um problema não somente nos EUA, mas também no Brasil. Vemos isso constantemente, mas vem-se agravando como foi visto nas recentes manifestações que atacou manifestantes pedindo democracia e fim da violência policial e protegendo a extrema-direita fascista.

Fica evidente que há uma enorme necessidade de pedir o fim de todas as forças policiais, em especial a Polícia Militar, e não a reformular, como a burguesia e a esquerda pequeno-burguesa defendem.

Isso porque a estrutura das forças policiais é uma seleção de elementos da direita para atuar abertamente contra o povo, principalmente em períodos de revolta social contra a opressão ou exploração, como são feitas em greves, ocupações de terra, manifestações e organizações políticas.

Com a extinção das forças policiais, a população deve formar milícias populares, formadas pela própria população e mais importante, controlada pela população. Esse controle e a escolha dos policiais poderiam estar controladas e decididas por conselhos populares em cada bairro ou região da cidade. Isso para que essa força policial quebre o monopólio do Estado com a repressão e coloque as instituições que fariam o trabalho policial nas mãos do povo.

Essas milícias seriam constituídas por pessoas civis, comprometida com a segurança, escolhida pela população e o chefe da milícia popular, seria eleito pela população, por ela controlado, a quem, regularmente, deve prestar contas.

As prioridades para a segurança pública seriam definidas em assembléias populares e esses representantes que fazem parte dessa milícia popular deveriam prestar contas regularmente para a população local por meio de assembleias populares.

Essa é a única forma de impedir que a polícia se torne um instrumento da burguesia para massacrar a população como é nos dias atuais.

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