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Que fazer diante da pandemia?

Mais de 11 mil mortos e governos não ligam: é preciso mobilizar

A crise da pandemia do Covid-19 atinge no País proporções muito acima do que dizem os números oficiais

A gigantesca destruição provocada pela pandemia do Covid-19 supera novos recordes todos os dias. Em primeiro lugar, precisamos destacar que os números apresentados pela grande imprensa são apenas a ponta do iceberg da crise. Por exemplo, de acordo com estudos realizados pela USP e pelo Imperial College de Londres, estima-se que o número de contaminados com o Coronavírus no país seja, no Brasil, de 2 milhões, segunda a USP, e 4 milhões, segundo o Imperial College. Sem testes, a única certeza que temos é que a subnotificação é generalizada.

Embora como de costume, a corda arrebente do lado mais fraco, como mostra a situação do sistema público de saúde de Estados como Pará e Amazonas, nos principais Estados do país a situação também é muito crítica. Uma matéria publicada no sítio da grande imprensa capitalista G1 mostra um pouco da calamidade. De acordo com os números oficiais, a taxa de ocupação de leitos de UTI no Rio de Janeiro já atingiu impressionantes 98% (no dia 4 de maio), enquanto em São Paulo e em Minas Gerais os números são de 66,9% (dia 7 de maio) e 59% (dia 5 de maio), respectivamente. 

Com respeito ao número de testes realizados por parte dos Estados, São Paulo lidera em números absolutos com vergonhosos 35.600 testes (dia 22 de abril), enquanto o Rio de Janeiro e Minas Gerais sequer divulgaram seus números de testes. São dados que comprovam o que foi dito no primeiro parágrafo desta matéria. Podemos imaginar que a realidade é dezenas de vezes pior do que dizem os números oficiais apresentados pela imprensa e pelos governos.

Finalmente, com relação ao número de pacientes recuperados, dos três estados mais importantes do Brasil, apenas o Rio de Janeiro apresentou dados, com um total de 8.968 de felizardos que conseguiram a façanha de sobreviver, à despeito do completo descaso generalizado por parte de todos os governantes do país. Os “cientistas” Doria e Zema, de São Paulo e Minas Gerais, não tiveram a dignidade de dar essas informações. 

Isso mostra que, ao contrário do que a própria esquerda nacional acreditava há pouco tempo, não há, por parte de nenhum governante do país, nenhum “herói” do povo, “cientista”, ou qualquer outra pataquada do tipo. O que se vê em toda parte é que o poder público é simplesmente incapaz de enfrentar o problema da pandemia de frente, a não ser por meio de medidas muito parciais e ditatoriais, como é o caso do famoso lockdown, ao mesmo tempo em que esses mesmos governos dão rios de dinheiro para os grandes capitalistas e não conseguem sequer entregar a verdadeira esmola que foi o auxílio emergencial aprovado recentemente.

A quase totalidade da esquerda e das organizações sindicais e populares entraram em confinamento, lavando as mãos para a classe trabalhadora que elas dizem representar. Como se não bastasse o completo abandono dos trabalhadores por parte dessas organizações, é justamente o povo pobre e trabalhador quem paga o preço mais alto. O próprio  Guilherme Benchimol, presidente da XP, deixou escapar que o problema da pandemia no Brasil são os pobres. Era óbvio, desde o começo, que esse seria o desfecho. Nas grandes crises, a luta de classes não entra em recesso, pelo contrário, ela só se aprofunda.

Por tudo isto, fica absolutamente claro que o povo pobre e trabalhador precisa mobilizar-se por si mesmo para resolver seus problemas. É preciso ampliar a construção de conselhos populares, que é a única ferramenta que dá aos trabalhadores a possibilidade de reagir diante de toda essa crise. Nenhum “herói do povo” ou “cientista” vai resolver os problemas do Brasil, a única arma dos trabalhadores é a própria organização. Pela formação de Conselhos em todos os bairros populares e locais de trabalho do país!

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