Desde que fazendeiros bolsonaristas do Pará inventaram o “dia do fogo” e atiçaram a imprensa do mundo a publicar imagens chocantes da floresta sendo consumida pelas chamas irresponsáveis, a Amazônia não é mais a mesma.
Para os brasileiros, a Amazônia é nossa, para o presidente ilegítimo do País, conforme disse em vídeo que já publicamos aqui, faz tempo que a Amazônia não é mais nossa e apenas os ingênuos ainda pensam o contrário.
Enquanto isso, o presidente da França, Emmanuel Macron, levantou o assunto à discussão durante a reunião do G7 com seus colegas dos governos dos outros países europeus. Para eles está “em aberto” o debate sobre a internacionalização jurídica da floresta Amazônica.
“Associações, ONGs e também certos atores jurídicos internacionais levantaram a questão de saber se é possível definir um status internacional da Amazônia”, assinalou Macron.
Os seja: os líderes europeus têm a ideia que podem tomar nossa Amazônia no tapetão, enquanto o próprio presidente do Brasil não disfarça que não está defendendo a região para os brasileiros, mas que é apenas capataz de terra que considera alheia e o dono é seu patrão. Para Bolsonaro, se Macron quiser rediscutir a posse, terá que peitar mais em cima.
Essa é a conclusão. A única dúvida que fica é o que os fazendeiros bolsonaristas esperavam conseguir com o “dia do fogo”. Mesmo entre bolsonaristas, se espera algum tipo de coerência. O propósito seria esse, levantar a discussão no mundo, a compaixão e a cobiça sobre a Amazônia? Chamar (mais) a atenção dos brasileiros e do mundo à estupidez do Bolsonaro?
Em entrevista à Sputnik Brasil, o advogado Douglas de Castro, especialista em Direito Ambiental e professor de Direito Internacional na UNIP, disse que a proposta de internacionalização da Amazônia fere normas da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, Douglas de Castro ponderou ao dizer que os países precisam ter cuidado com os recursos naturais que ficam dentro de seu território. Segundo Douglas de Castro, no contexto de outros países pedirem uma intervenção internacional na Amazônia, o Brasil poderá entrar na Corte Internacional de Justiça da ONU.
Ufa, que bom. Ter a ONU para nos defender nos deixa mais tranquilos. Como os iraquianos, quando a ONU não autorizou intervenção lá.
O ruim mesmo é o Brasil ter um presidente que não esconde que é entreguista e não faz o menor esforço em defender o território nacional e nossos recursos naturais, desde que o destinatário sejam os EUA, sem disfarce.
A maneira mais eficiente dos brasileiros defenderem sua Amazônia é botarem o Bolsonaro para fora. Feito isso, nossas chances melhoram, sem um inimigo interno.