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Golpe! Estaria o Pinguim da Privataria tramando a derrubada do reitor da UFPE?

Após colocar na cadeia o maior líder popular do país e impedir que este participasse das eleições desse ano, a burguesia se prepara para atacar frontalmente a população brasileira. Um dos eixos fundamentais desses ataques são as universidades, que são entendidas como uma fonte de “gastos” para os banqueiros que estão assaltando o Brasil e que se apresentam como uma oposição natural ao regime golpista, visto que são um local tradicional de organização da esquerda.

Para levar adiante todos os ataques planejados contra as universidades, o imperialismo corrompeu inúmeros lacaios, dispostos a se infiltrar nas universidades para sabotar a luta dos estudantes e professores contra os golpistas. Apesar da mediocridade intelectual que esses direitistas costumam carregar, sua atuação é extremamente nociva para o desenvolvimento de uma verdadeira resistência contra o golpe de Estado: articulam bandos fascistas, processam estudantes e professores, trazem a Polícia para dentro dos campi, difamam o marxismo etc.

O mais notável infiltrado da direita dentro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é o suposto “professor” de Filosofia Rodrigo Jungmann, mais conhecido como Pinguim da Privataria. Defensor do Estado de Israel, discípulo do astrólogo Olavo de Carvalho, cabo eleitoral de Jair Bolsonaro e mentor nos bandos fascistas que atuam na UFPE e no Estado de Pernambuco, o Pinguim da Privataria vem, há mais de dois anos, atacando sistematicamente a esquerda universitária.

Os ataques aos direitos democráticos dos estudantes e professores da UFPE são tantos que estes vêm se rebelando cada vez mais contra o Pinguim da Privataria. Em outubro do ano passado, estudantes mobilizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE expulsaram os skinheads, bolsonaristas e neonazistas convidados pelo Pinguim, deixando claro a inadmissibilidade das provocações da extrema-direita. Nas últimas semanas, o Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE vem encampando uma intensa campanha de denúncia do caráter entreguista e pró-imperialista das investidas do Pinguim da Privataria. Afinal, quem semeia vento, colhe tempestade…

Tanto no caso da batalha da UFPE, quando os neonazistas foram expulsos, como no caso da campanha contra a privatização das universidades, o Pinguim da Privataria adotou uma postura bastante defensiva ao ver a esquerda reagir. Acusando a esquerda de ser muito violenta”, o Pinguim da Privataria reduziu bastante seus ataques após ser confrontado.

Se o Pinguim da Privataria deixou de fazer vídeos atacando a esquerda, se ele faltou ao trabalho por medo da reação dos estudantes ou se todo dia é reiterado seu desinteresse pelo cargo de reitor, a única conclusão razoável que aqueles que lutam contra o golpe podem chegar é a de que o suposto “professor” está articulando ataques ainda mais subterrâneos ou, na melhor das hipóteses, está “esperando a poeira baixar”.

Uma prova de que a extrema-direita, mesmo tendo sua impopularidade desmascarada, não evita intimidar estudantes e professores é o fato de que, após todas as atitudes dissimuladamente “pacifistas” do Pinguim da Privataria, uma carta contendo graves ameaças contra a esquerda foi tornada pública. Em resposta a essa carta, mais de cem estudantes realizaram um ato na quarta-feira contra a extrema-direita.

Um dos planos da direita golpista para a UFPE é tornar o Pinguim da Privataria reitor, conforme já foi noticiado e analisado por este diário. Isso, no entanto, não é uma operação muito simples: demandaria uma série de manobras por parte dos interessados em desmontar o Ensino Superior público. O Pinguim da Privataria não venceria nenhuma eleição minimamente democrática, o que obrigaria qualquer um a concluir que há um plano da direita para acabar com as eleições para reitor ou fraudar completamente o processo eleitoral.

Seja qual for o método que a direita pretender utilizar para conduzir o Pinguim da Privataria ao cargo, é necessário compreender que a única forma de impedir que um reitor privatista e fascistoide assuma a UFPE é através da luta dos estudantes e professores contra o golpe. É necessário, para tanto, mobilizar toda a comunidade acadêmica para enfrentar a direita com os meios que forem necessários.

O Pinguim da Privataria, além de estar se propondo enquanto ideólogo de um movimento pelo fim das eleições para reitor, está também pressionando o atual reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, para que este se posicione contra os interesses dos estudantes. Em uma publicação recente, o Pinguim da Privataria diz: “se eu for agredido ou morto na universidade, a culpa será também do reitor”. Em um dos comentários, um seguidor seu afirma: “ele [Anísio Brasileiro] deve ser preso inclusive”.

Mas por que razão o atual reitor da UFPE deveria ser responsável pelo que possa vir a acontecer com o Pinguim da Privataria? Ao contrário dos estudantes e professores citados na carta, o Pinguim da Privataria não sofre nenhuma perseguição política nem nenhuma ameaça da extrema-direita – a única coisa que há é uma grande revolta de estudantes contra os ataques que são desferidos pelo próprio direitista. Deste modo, a publicação do Pinguim da Privataria é uma verdadeira chantagem contra o reitor da UFPE. Isto é, ou Anísio Brasileiro atende as exigências do Pinguim da Privataria e coloca a Polícia Federal para perseguir seus estudantes, ou ele será perseguido pela extrema-direita – lembrando que um dos seguidores do Pinguim da Privataria sugeriu a prisão do reitor.

A publicação do Pinguim da Privataria lembra bastante o “golpe militar virtual dado pelo comandante Eduardo Villas-Bôas. Na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, o general golpista deu a entender que, caso a ministra Rosa Weber votasse de maneira favorável ao petista, as Forças Armadas dariam um golpe militar no país.

Essa não foi a única vez que o Pinguim da Privataria condicionou sua suposta “perseguição” a uma suposta conivência do reitor. No dia 5 de novembro, o Pinguim da Privataria falou: “bom, talvez o único remédio que me tenha sobrado seja o de processar o senhor Reitor, não é mesmo?”. Além disso, o Pinguim da Privataria já alegou que, caso Anísio Brasileiro não atendesse às suas exigências, ele iria pedir licença e abandonar, no meio do semestre, todos os cursos em que se comprometeu a ensinar.

A pressão que o Pinguim da Privataria faz sobre Anísio Brasileiro tem dois objetivos. Por um lado, as chantagens servem para, de algum modo, constranger o reitor a fazer o que o Pinguim da Privataria quer. Por outro, serve para orientar a extrema-direita no sentido de constituir um movimento de aversão ao reitor, que poderá ter como consequências um desgaste de sua gestão, ou sua derrubada antecipada por meio das instituições que controlam o Regime Político. Seja como for, o objetivo final será entregar a Reitoria da UFPE nas mãos de alguém disposto a massacrar toda a comunidade acadêmica.

As ameaças do Pinguim da Privataria são inadmissíveis para qualquer pessoa que lute contra o golpe. Por isso, é preciso organizar os estudantes, trabalhadores e toda a comunidade acadêmica em comitês de luta e autodefesa, de modo a enfrentar a extrema-direita em todas as suas investidas. Fora Bolsonaro! Fora extrema-direita das universidades!

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