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Ato com presidentes de Cuba e Venezuela encerrou Foro de SP

Encerrou-se no domingo (28), o XXV Foro de São Paulo, realizado em Caracas, com a realização, no final da tarde, de um ato no jardim no Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano. Antes do ato foi realizada uma atividade e a foto oficial do natalicioEncontro, no Quartel da Montanha, onde estão depositados os restos mortais do ex-presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que nessa data completaria 65 anos.

No final da manhã, foi realizada a plenária de encerramento do Encontro no qual os organizadores apresentaram as principais resoluções adotas pelos partidos e organizações que integram o Foro como membros, num total de mais de 120 entidades de toda a América Latina e Caribe.

Na abertura da plenária, o dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), destacou importância do apoio do Partido Comunista de Cuba e anunciou que o Foro contou em Caracas contou com a participação de 713 delegados e convidados internacionais, o que teria sido a maior presença internacional de todas as edições. Segundo o dirigente, o próprio presidente da República e do PSUV, Nicolás Maduro, quis dar ao encontro uma abrangência mundial o que levou à presença de representações de todas regiões do mundo.

Principais pontos do Manifesto

O representante do PSUV, pediu desculpas pelos problemas de organização e agradeceu apoio das demais organizações da esquerda venezuelana e destacou que resoluções constantes da declaração final do XXV Foro, Manifesto de Caracas, foram resultado de um consenso entre as organizações que compõem o movimento.

Em seguida, foi lido o Manifesto de Caracas, declaração oficial do XXV Foro de São Paulo que apresentou entre suas conclusões sobre a situação política – desde a realização da última edição do Foro, em Havana, a crescente “ofensiva do imperialismo”, por um lado, e um “cenário de lutas importantes no México, Nicarágua, Venezuela e Porto Rico” que enfrentam os ataques da direita e do imperialismo.

O documento firma posição na defesa da “autodeterminação do povo venezuelano, do presidente constitucional Nicolás Maduro… que tem apoio majoritário do povo venezuelano… sem ingerências estrangeiras”. Se manifesta em “repúdio às ameaças de intervenção militar contra Venezuela”, condena “o bloqueio econômico contra Cuba” e também “repudia a presença dos EUA no Caribe e na América Latina” Sem no entanto, apontar iniciativas concretas no sentido da mobilização, em relação a essas  e outras questões.

O Manifesto, expressa apoio à luta pela independência de Porto Rico e contra os ataques da direita colombiana contra ex-guerrilheiros e ativistas da luta elos direitos humanos, sindicalistas etc., inclusive, em clara violação ao tratado de paz firmado com a FARC.

Expressando a composição heterogênea do Foro, que reune partidos de esquerda vinculados ao movimento operário, bem como partidos da esquerda burguesa e “nacionalista” de toda a região latino-americana e caribenha, o documento se posiciona em apoio, nas eleições que estão por se realizar, ainda neste ano, a Evo Morales na campanha pela reeleição, na Bolívia; à Frente Ampla, no Uruguay, com Daniel Martínez-Graciela Villar, e também à chapa Alberto Fernández-Cristina Fernández, na Argentina.

Buscando um acordo com as forças políticas burguesas que se opõem à necessária mobilização da classe operária e demais setores explorados para derrotar a ofensiva imperialista, o texto aponta a “defesa de América Latina como zona de paz” e não aponta o significaria “enfrentar de forma enérgica o avanço da direita… como Bolsonaro no Brasil, Macri, Argentina, Lênin Moreno, no Equador etc.”, como assinala o texto elaborado pelos principais partidos que coordenam o Foro, como o PT, do Brasil, o PC cubano e o PSUV, da Venezuela.

Ele ainda aponta no sentido da “defesa da liberdade imediata de Lula e Jorge Glass” da “liberdade para todos os presos políticos’, sem também propor qualquer campanha efetiva nesse sentido.

Vários outras reivindicações de caráter nacional ou antiimperialista aparecem no texto, como a a exigência da devolução do território da base de Guantanamo à Cuba, a soberania da Argentina sobre ilhas Malvinas, a defesa do direito da Bolivia de acesso ao Oceano Pacífico.

No documento, o Foro de São Paulo, anuncia seu caráter como anti-imperialista e antineoliberal, evitando claramente um posicionamento de classe diante da situação em que a burguesia de todos os países da região se mostraram, mais uma vez, claramente incapazes de se opor à ofensiva golpista do imperialismo e capitularam diante deste e buscaram tirar proveito da brutal expropriação dos trabalhadores que vem se realizando em todo o continente.

No Palácio Miraflores

O Ato final na sede do governo, reuniu cerca de mil pessoas e contou com a presença dos presidentes Nicolas Maduro, da Venezuela, e Miguel Díaz-Canel, de Cuba.

A atividade foi aberta com excelente show musical, com musicas em homenagem a Che Guevara e muitas outras que lembram as lutas dos explorados latim-americanos. Compuseram a mesa, além dos dois presidentes, a secretária-geral do Foro, Mônica Valente, do PT e os dirigentes do PSUV, Diosdado Cabelo, também presidente da Assembleia Nacional Constituinte, e Adan Chávez, secretário de Assuntos Internacionais do PSUV.

O presidente cubano apontou a Venezuela de hoje “como a primeira trincheira da luta anti-imperialista” e assinalou que “diante da ofensiva contra a Venezuela e a situação dos milhares de imigrantes, incluindo crianças mantidas em jaulas no Estados Unidos, o Foro de São Paulo está desafiado a desempenhar um papel muito mais protagonista no complexo cenário político atual. Ainda mais se consideramos os ataques aos processos progressistas naqueles países onde a esquerda havia conquistado o poder”.

Na principal intervenção do Encontro, Maduro, atacou duramente o bloqueio contra seu País e contra Cuba, falou da luta do povo venezuelano para se opor à direita, assinalando que a disposição do povo de seu País de resistir por todos os meios necessários. Atacou o que chamam seu governo de ditadura, dizendo não importar de ter seu regime comparado à “ditadura do proletariado, de Karl Marx”, afirmando em seguida, que “no entanto, o povo venezuelano não aceitaria uma ditadura”.

 Maduro, denunciou as ingerências do imperialismo, no continente e a campanha do mesmo com a direita contra o Foro, satirizando o embaixadores dos EUA que teriam ligado para dirigentes da esquerda para pedir que não comparecessem, para criticar – polidamente – a covardia de importantes personalidades da esquerda burguesa e pequeno burguesa do continente que deixaram de comparecer ao Encontro (não estiveram presentes nenhum membro dos governos da Bolívia, do Uruguay;

Antônio Carlos, da direção do PCO, com o vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabelo

tampouco dirigentes destacados  e parlamentares do PT e do PCdoB, do Brasil; entre outros). Afirmou não ter aceitado a ingerência e que por isso, convidou as FARC’s e outros setores da esquerda.

Em seu discurso, o presidente também  chamou a “superar os estigmas e buscar a união das forças progressistas, revolucionárias e de esquerda”, em torno do que chamou de “um grande projeto de transformação humana que consiga unificar as forças populares”.

Nas próximas edições apresentaremos um balanço político do encontro e de suas deliberações do XXV Foro de São Paulo, do qual o PCO, participou como convidado, distribuindo uma declaração de sua direção nacional.

 

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