Nesta quinta-feira (4), o Facebook anunciou que começará a colocar etiquetas nas páginas de meios de comunicação estrangeiras, a fim de informar o usuário que são financiadas pelos respectivos governos de cada imprensa. Segundo a empresa,
O Facebook define mídia controlada pelo Estado como veículos de mídia que, na opinião da plataforma, têm controle editorial exercido de maneira parcial ou total por governos.
Ademais, em seu anúncio oficial, o Facebook disse que bloqueará os anúncios provenientes destas páginas no território dos Estados Unidos, alegando “proteger” os cidadãos norte-americanos de influências internacionais em sua eleição de novembro de 2020.
Não pode haver ingenuidade ao analisar a medida tomada pela gigante Facebook. Estão utilizando o pretexto da liberdade de imprensa para controlar a informação em seu site. É um claro avanço por parte do imperialismo norte-americano para barrar toda e qualquer contraposição que possa vir da imprensa independente por meio do descrédito frente aos seus usuários. Prova disso é que veículos russos como RT, Sputnik, RIA Novosti; o canal iraniano Press TV e a agência chinesa Xinhua receberam as etiquetas. Ao mesmo tempo, a gigante britânica BBC, financiada em partes pelo Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, não.
Já não é de agora que o Estados Unidos aplica uma política como essa. É um fato histórico que – principalmente depois da Primeira Guerra Mundial – o país tem como principal foco o controle imperialista ao redor de todo o mundo. Mais recentemente, tem focado sua ação no Oriente Médio e na Ásia, visando dominar a política regional e todos os recursos naturais provenientes de lá.
Nesse sentido, a defesa de mídias independentes e, acima de tudo, revolucionárias, se mostra cada vez mais importante. Afinal de contas, somente com uma imprensa livre das amarras das instituições burguesas é que as denúncias feitas acerca da ação desses países imperialistas pode ser, de fato, efetiva. Caso contrário, o viés predominante será o destas potências, agravando ainda mais a sua dominação informacional.
Deve-se colocar fielmente contra esse tipo de avanço por parte da imprensa burguesa. A cada dia que se passa, o Estados Unidos intensifica a sua política de dominação ao redor do mundo. O Líbano, por exemplo, tem sofrido inúmeros ataques a sua soberania por parte do estado de Israel, fundamentalmente atrelado à política norte-americana. Sem uma mídia de fato livre, todos esses acontecimentos serão esquecidos, fornecendo uma carta branca ao imperialismo continuar sua chacina infindável.