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Exaltado pela direita

Mais desnorteado do que nunca, Chomsky apoia frente com os golpistas

Intelectual norte-americano defende frente com reacionários como FHC, Kassab, "Paulinho da Força", que apóiam perseguição a Lula, ignora regime golpista e quer responsabilizar o PT

Em entrevista ao reacionário jornal O Estado de S. Paulo, o linguista norte-americano Noam Chomsky – influente em setores da esquerda pequeno burguesa brasileira e internacional – atacou o Partido dos Trabalhadores e toda a esquerda nacional por uma suposta  “dependência excessiva do PT”.

A entrevista foi concedida no momento de sua participação no Ato de lançamento do “Movimento Direitos Já!”, uma verdadeira “Convenção de Vampiros”,  ato que teve como “estrelas”, além de Chomsky notórios líderes do golpe de Estado, como o ex-presidente FHC, o ex-prefeito de São Paulo, ex-ministro de Temer e presidente do PSD, Gilberto Kassab, o ex-governador e senador que relatou o impeachment de Dilma, Antônio Anastasia (PSDB-MG) e o presidente licenciado da Força Sindical e do partido Solidariedade, “Paulinho da Força”; evidenciando-se como uma clara tentativa do centro falido da burguesia buscar se recompor, com a colaboração decisiva de setores da esquerda que busca apresentar essa manobra como uma saída “progressista”  ou até mesmo de “esquerda”. Isso quando tais dirigentes foram artífices do golpe de Estado (tendo apoiado-o desde o primeiro momento), defendem a prisão de Lula e vetam qualquer alusão à defesa da liberdade de Lula e se posicionam 100% a favor da política golpista contra os trabalhadores tendo votado a favor da maior escravização dos trabalhadores por meio famigerada “reforma” trabalhista, do roubo de milhões de trabalhadores por meio da “reforma”da Previdência, da intensificação da repressão, da crimiosa operação lava jato etc. etc. etc

Ignorando olimpicamente a vigência de um regime de exceção imposto por meio de um golpe de Estado que derrubou o PT do governo, por meio do impeachment fraudulento da presidenta Dilma Rousseff, o analista assinala que PT ficou “desgastado, parte por motivos certos, parte por má propaganda”.

Além de referendar a política de submissão a um “Movimento” claramente dominado pela direita golpista – que também apoiou a eleição de Bolsonaro, contra o PT, diante da falência de seus candidatos e partidos – Chomsky se posiciona, em sua entrevista, a favor de uma posição por demais cara à direita: a entrega do “comando” da esquerda para o politico burguês, abutre da esquerda, Ciro Gomes. Segundo ele, Ciro é “líder dinâmico” que “poderia muito bem organizar, liderar e desenvolver uma coalizão de centro-esquerda para fazer uma oposição poderosa às políticas perigosas do governo Bolsonaro”, para quem o ex-presidenciável do PDT desejou sucesso e com quem vem colaborando atacando lula (“está preso babaca”).

Apontado pelo Estadão – um dos mais ativos órgãos da imprensa golpista – como “principais referências acadêmicas da esquerda mundial”, Chomsky afirma que “infelizmente, o componente central da esquerda é o PT e o partido ficou desacreditado”. Acusa o PT de levar “a oposição a uma situação de apatia diante das políticas perigosas do governo”, no exato momento em que se junta em uma “frente ampla” a ardorosos defensores dessas “politicas perigosas” e d e muito mais, contra os trabalhadores.

Na própria matéria em que divulga a entrevista, o jornal direitista exalta o linguista para usá-lo em favor de suas próprias conclusões como a de que “partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva…. tem colecionado derrotas nas votações de medidas importantes como a reforma da Previdência e se isolado em relação a setores da oposição que rejeitam a pauta do ‘Lula Livre’”. Procurando apontar que defender Lula seria um dos principais erros do partido. Deixando claro que essa política – defendida apenas por uma parcela do PT – é um dos maiores problemas para a burguesia e para a esquerda que capitula diante dos golpistas.

O próprio Chomsky, de 90 anos, apesar de apontar Lula “como o principal preso político do mundo hoje”e dizer que a defesa de sua liberdade “não pode ser deixada de lado”, nem de longe considera essa questão constitui um eixo central da situação e aponta “o foco da oposição deve ser o combate às políticas de Bolsonaro” sem, no entanto, defender a mobilização pelo fim do atual do governo, defendendo a politica de derrotas da maioria da esquerda, e não só do PT, de lutas parciais e esparsas, sem apresentar uma alternativa de conjunto diante da crise do governo e do regime golpista. Se curvando, não à politica do PT, mas da própria burguesia golpista de não se opor – de fato – ao governo Bolsonaro, de não propor a sua derrubada. Nada de luta de classes, nada de independência dos trabalhadores e de suas organizações, diante da burguesia golpista.

Uma “dependência excessiva”,  de Chomsky e de toda a esquerda burguesa e pequeno burguesa, não do PT, mas da própria burguesia. Uma política de capitulação de quem acusa o PT mas é incapaz de superar a sua politica de seguir à reboque da burguesia e dos seus partidos, mesmo quando esses adotam uma politica mais reacionária do que nunca, de defesa do regime golpista, da perseguição à Lula e de destruição sem precedentes das já precárias condições de vida da imensa maioria do povo brasileiro.

Mais desnorteado do que nunca, Noam Chomsky não tem nada a oferecer à esquerda brasileira, além da politica capituladora que suas alas mais reacionárias, dentro e fora do PT, já não venha fazendo.

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