Além dos quatro brigadistas de Alter do Chão presos pelo regime Bolsonarista para tentar encobrir o fato de que o governo apoiava os verdadeiros promotores dos incêndios do Dia do Fogo, três trabalhadores sem-terra foram presos sob a alegação de que colocariam fogo na mata para um posterior loteamento.
Segundo uma reportagem do Blog do Sakamoto, uma das lideranças dos sem-terra na região de Altamira, Silvanira Teixeira de Paula, conta que havia denunciado a ação de madeireiros no local e que foi presa no lugar de quem ela havia denunciado.
Os três trabalhadores ficaram cerca de 50 dias na cadeia, sem nem mesmo entender o motivo de estarem ali.
Tudo indica que a ação ilegal do Dia do Fogo foi feita em conjunto por madeireiros, grileiros e latifundiários que querem expandir sua ação para áreas de reserva ambiental, tendo como apoiadores membros da polícia e de setores judiciários, que além de encobrirem seus crimes, perseguem aqueles que lutam contra eles.
A ação da polícia e de órgãos militares contra a população em defesa dos latifundiários é uma prática fascista e que deve ser combatida como tal. É necessário que a população que lida diretamente contra esses setores forme grupos de autodefesa e consiga se armar, pois não adianta pensar que a justiça que está do lado dos latifundiários irá fazer algo para os prejudicar.
É importante também salientar que devemos continuar na luta pelo Fora Bolsonaro, pois sua permanência no governo coloca ainda mais em risco a população brasileira, principalmente a parcela dos trabalhadores que lutam pelos seus direitos, como é o caso dos três trabalhadores sem-terra aqui destacados.