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Unir a esquerda

Com Lula, por um governo dos trabalhadores

Não perde tempo, não esperar pelas manobres e golpes da direita que - por certo - virão. Lançar já a candidatura de Lula e iniciar uma ampla mobilização em todo o País

Tive o prazer de representar o PCO, à convite dos companheiros do PT, na atividade pública e coletiva de imprensa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 10, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dois dias depois do anúncio da anulação das condenações fraudulentas impostas pela quadrilha da Lava Jato.

O clima, principalmente entre os setores ligados ao movimento operário, como os próprios sindicalistas metalúrgicos e
petroleiros, e os sem terras presentes refletia o estado de ânimo que a liderança popular de Lula representa para milhões de trabalhadores, destacadamente, para o ativismo das organizações operárias e populares. Como destacou o companheiros Dayvid Bacelar, da FUP (em entrevista à COTV), a possibilidade de ter Lula como candidato cria um novo estados de ânimo que, segundo ele, se refletiu rapidamente até mesmo na greve dos petroleiros em curso.

Lula fez um longo pronunciamento e mesmo com a cautela que lhe é peculiar mostrou porque é uma liderança que se diferencia da totalidade dos políticos da burguesia, da direita, como também da maioria dos integrantes da esquerda burguesa e pequeno burguesa, distantes da realidade do povo.

Assim, falando para milhões de pessoas não deixou de expressar sua solidariedade com os setores que mais sofrem do povo brasileiro e mesmo falando de seu sofrimento pessoal, diante da perseguição que lhe impuseram e à sua família, destacou, “Sei o que minha família passou. Que a Marisa morreu por força da pressão sofrida… Fui impedido de ver meu irmão falecido… Tenho razões para estar magoado. Poderia estar magoado. Mas não estou. “A dor que sinto não é nada diante da dor que sofrem hoje milhões de brasileiros. “A dor que eu sinto não é nada perto do que sentem os familiares das quase 270 mil vítimas do coronavírus.”

Em uma série de aspectos Lula demarcou posições distintas com os setores da esquerda que buscam uma frente ampla sobre a liderança da direita golpista e para se opor à polarização política, expressão da luta da classe operária contra a burguesia, da esquerda contra a direita. Assim Lula não se deteve na condenação da criminosa operação lava jato, da qual foi a principal vítima e segundo ele, foi “a maior mentira jurídica contada em 500 anos de história [do Brasil]”. 

Defendeu a necessidade de “continuar brigando para que Moro seja considerado suspeito…” denotando desconfiança de que a manobra de Fachin de transferir o foro, possa ser suspensa ou mesmo dar lugar a novas condenações fraudulentas com base no processo criminoso montado em Curitiba. Como destacado na cobertura deste Diário, Lula criticou e responsabilizou o governo Bolsonaro pela explosão de mortes por covid-19, destacando que “as mortes estão sendo naturalizadas,… poderiam ser evitadas se tivéssemos um governo para fazer o elementar”.

Mas ele, que já havia condenado os que “ficam a chora no zoom”, não se deteve apenas em lamentos chamou a lutar pela vacina e por auxílio emergencial defendendo “nesse País, para que possamos garantir que todos brasileiros tomem vacina, temos que obrigar que o governo compre vacina e ao mesmo tempo brigar pelo salário  emergencial… por investimentos na infraestrutura… apoio aos pequenos comerciantes…”. Para o que mostrou disposição para em breve “percorrer o País para conversar com o povo”.

Se colocou na defesa da soberania nacional se opondo à entrega da Petrobrás e à perda da autonomia do Banco Central e  se manifestou também contra a ingerência dos EUA no Brasil e na América Latina, defendendo Cuba e Venezuela, alvos de bloqueios criminosos do imperialismo norte-americano.

Tomou posição em defesa da “com quem quer que seja, desde que a polarização seja entre a esquerda e a direita”, se apoiando na história do próprio PT que, segundo ele, só cresceu por meio da polarização com a direita. Polarização que não é mais do que uma decorrência da própria evolução da crise, das tendências que o capitalismo tem de avançar sobre as mais elementares conquistas dos trabalhadores para satisfazer os vorazes apetites dos tubarões capitalistas e crise.

Lula evitou colocar desde já sua candidatura, mas evidentemente se colocou à disposição, não pela primeira vez, dos trabalhadores e do povo brasileiro, da qual é a maior liderança, e o único capaz de unir os explorados e suas organizações e dar chances reais de vitória contra a direita golpista não apenas no terreno eleitoral, mas desde já na luta contra o genocídio que avança sobre o País que pode ter mais de meio milhão de mortos; maioria da cassa trabalhadora desempregada/desocupada e quase cem milhões de famintos, como resultado da devastação provocada pelo regime imposto com o golpe de Estado, que a pandemia impulsionou.

Por certo, a direita não vai ficar parada diante da possibilidade de vitória da esquerda com a retomada e os golpistas já estão preparando novas investidas contra o ex-presidente e os direitos democráticos de todo povo.

Passado o impacto das primeiras horas da decisão, é preciso organizar o enfrentamento com as novas manobras que virão e que colocam o País diante da ameaça de um terceiro golpe de Estado, como já se verifica, no pedido de anulação da decisão de salvamento da Lava Jato de Fachin (para manter a condenação de Lula), na campanha por novos julgamentos fraudulentos, nas ameaças dos militares (antes da derrubada de Dilma, os primeiros pronunciamentos também vieram de setores minoritários e da reserva).

Eles virão para a guerra e nela, a candidatura de Lula é uma arma fundamental em favor dos trabalhadores e da esquerda.  Por isso mesmo, nós do PCO chamamos ao PT e toda esquerda que se coloca no terreno da luta dos trabalhadores, a lançar publicamente a pré-candidatura de Lula, imediatamente. É preciso solidificar em favor dos explorados a nova situação criada com a presença de Lula na disputa e aumentar, exponencialmente, a mobilização e organização dos explorados para enfrentar a reação da direita que, por certo, virá.

Para deter um terceiro golpe de Estado, a única arma efetiva dos trabalhadores e da esquerda é a realização de uma intensa mobilização. É preciso tirar proveito da crise do regime golpista e, por meio de uma ampla mobilização, levantar as organizações operárias e populares por reivindicações fundamentais como a vacinação em massa e um auxílio emergencial de verdade, para colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas e por Lula presidente.

É preciso tomar a decisão, unificar todos os setores que querem lutar e sair às ruas, formar comitês de luta por essas reivindicações e pela anulação de todos os processos da criminosa Lava Jato e o indiciamento de todos os membros da quadrilha comandada por Moro e Dallagnol. 

Mais do que nunca, em meio à falência visível do capitalismo, que não consegue sequer garantir a existência de seus escravos, os explorados precisam de um governo que garanta direitos democráticos do povo, barre o genocídio do povo trabalhador na pandemia, de fome, nas mãos dos órgãos de repressão da cidade (como a PM) e do campo (jagunços).

A candidatura de Lula abre enormes possibilidades para o ativismo classista e revolucionário lutar, no interior do movimento operário por um governo próprio dos explorados, um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem patrões e sem golpistas, que imponha os interesses da imensa maioria do povo contra os abutres capitalistas.  

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