Os sindicatos de trabalhadores da empresa – Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) – têm denunciado diariamente, desde o início da pandemia, o tamanho do descaso contra a categoria cometido pela direção golpista da Petrobrás. O sindicato esta fazendo uma campanha pedindo a demissão do atual presidente, Roberto Castello Branco.
E grave também a situação dos terceirizados que atuam em diversas unidades da empresa, são trabalhadores precarizados, trabalhando em condições de insalubridade muito pior do que os efetivos. O sindicato denuncia que as gerências são omissas com a fiscalização nos procedimentos de prevenção da covid-19, não há distribuição de máscaras para os empregados tanto efetivos quanto terceirizados.
Depois de ter sido obrigada a parar duas plataformas por contaminação da pandemia – Capixaba e Cidade de Santos – o problema agora, segundo a FUP, além de refinarias, seria na plataforma no campo de Manati, na bacia de Camamu, na Bahia, operada por uma empresa terceirizada, onde convivem trabalhadores efetivos e terceirizados.
Os operários vêm denunciando a empresa regularmente, o que levou Ministério Público do Trabalho a aumentar a atenção sobre o problema, indicando que a Petrobras precisa estender o mesmo tratamento dados aos seus trabalhadores e aos terceirizados.
Pelos números apresentados nesta quarta-feira, 243 petroleiros estão “ativamente” infectados. Na semana anterior, a empresa havia reportado 222 casos, apesar de no dia 16 de maio, o Ministério das Minas e Energia ter divulgado 806 trabalhadores atingidos pelo contágio na estatal. Ou seja, praticamente quatro vezes mais do que o balanço manipulado da Petrobrás. Importante aqui destacar que mesmo o quadro de infectados anunciado pelo Ministério de Minas e Energia, sendo baseado nas estatísticas oficiais, é questionável.
Assim como outras categorias de trabalhadores que não podem aderir a política do fica em casa, a saída adotada pela direita golpista para mitigar os efeitos da crise de saúde que alastra o país, os petroleiros devem para imediatamente suas funções e ter clareza de que esta é a única maneira de conter o surto de contaminação entre os trabalhadores, que já é a greve. Entre a reivindicação de melhores condições de trabalho, os trabalhadores tem exigir a saída da criatura Castello Branco, presidente da estatal, e também a saída do criador Bolsonaro, quem de fato responde pela direção política que leva às situações degradantes de insalubridade e privatistas que ameaçam os operários da estatal.