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Fraude eleitoral

Aumentam as exigências para a anulação das eleições

Diversos setores denunciam a fraude nas eleições de 2020, alguns chegam a exigir a própria anulação de todo o processo como Liana Lins, do PT, e o Movimento de Advogados do Brasil

Entre um grande setor da esquerda brasileira existe um tabu ao se abordar a questão das fraudes nas eleições, apesar delas serem uma constante desde a época de D Pedro I passando por todos os regimes políticos do país, se criou um mito de que após o final da ditadura militar as fraudes deixaram de existir por completo e as urnas eletrônicas são os aparelhos mais confiáveis do planeta. Contudo conforme o regime golpista se torna cada vez mais anti democrático e a luta política se intensifica, mais setores começaram a denunciar a possibilidade de fraude nas eleições, desde o PCO à parlamentares do PT, ao ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) e também um grupo de advogados, o Movimento de Advogados do Brasil (MABr). O fato de serem advogados ligados à extrema-direita apenas demonstra o quão desmoralizado está o processo eleitoral.

A mais recente notícia sobre esta questão nas eleições municipais de 2020 veio do MABr que entrou com uma ação contra o TSE, Tribunal Superior Eleitoral, para anular as recém terminadas eleições. A organização apesar de direitista apresenta argumentos reais para basear a ação, questiona a contratação do “supercomputador” que apurou lentamente os votos no primeiro turno e a centralização da apuração pelo TSE que teria violado o artigo 158 do Código Eleitoral que define que a apuração deve ser feita pelos estados e municípios.

Os pontos levantados pelo MABr são importantíssimos e são ignorados pela esquerda pequeno burguesa em sua crença cega nas “instituições democráticas” brasileiras (as mesmas que deram o golpe contra a presidenta Dilma!). O próprio TSE, apelidado de Tribunal Sabotador Eleitoral, o órgão que realizou uma das maiores fraudes eleitorais da história ao remover ilegalmente Lula das eleições de 2018, não apresenta argumentos reais frente às críticas a apuração. Barroso, que já presidia o tribunal durante a fraude de 2018, usa apenas uma retórica barata acusando os que levantam a hipótese de fraude de terra planistas ou maus perdedores, para ele o eleito pela fraude que deveria revelar seu crime e não aquele que foi vítima da fraude.

O caso de São Paulo é sintomático, o PSDB vem destruindo o estado há quase 30 anos, o ex-governador Alckmim quase desapareceu nas eleições de 2018, Covas e Doria assassinaram dezenas de milhares de pessoas durante a pandemia, despejaram milhares de suas casas dentre outras incontáveis barbaridades realizadas contra população. Mesmo assim os trabalhadores da cidade de São Paulo deram a liderança, já no primeiro turno, a Covas em todas(!) as zonas eleitorais, isto é, na cidade em que há a maior classe operária do país com a maior presença das organizações de esquerda todas as zonas supostamente votaram no candidato golpista.

Justamente nessa cidade em que existe o mair acirramento da luta de classes, a cidade com a mais desenvolvida infra estrutura da América Latina a apuração dos votos ficou paralisada por mais de 3 horas. Com menos de 1% das urnas apuradas Boulos tinha cerca de 20%, Covas 33% e Tatto 9%, quando a apuração voltou com 40% a proporção era semelhante, e quando finalmente foram contados 100% dos votos os números não haviam quase mudado. Em meio a esta paralisação e estranhos resultados ainda foi denunciado um ataque hacker que de acordo com as fontes “ultra confiáveis”, como a Folha de S. Paulo e o ministro Barroso, não afetaram em nada os resultados.

No segundo turno também surgiram enormes indícios de fraude eleitoral, o próprio Requião, que é um politico burguês, questionou a integridade da urna eletrônica “Conforme alguns brilhantes ministros do STF e TSE, a sagrada urna eletrônica brasileira é a última das urnas, não pode ser melhorada, modificada e muito menos auditada”. Ele, como todos que denunciam a possibilidade de fraude, foi atacado pela esquerda pequeno burguesa como bolsonarista em mais uma manifestação da política da frente ampla com a imprensa burguesa e a direita tradicional, que foi a principal vencedora das eleições em número de capitais e demais cidades importantes.

O caso mais gritante no segundo turno foi o de Recife, onde existia uma disputa real entre a esquerda, Marília Arraes da ala lulista do PT, e a direita golpista, João Campos do PSB, o segundo turno foi muito acirrado. A vereadora eleita em Recife Liana Lins do PT denunciou a enorme quantidade de arbitrariedades aceita pelo TRE durante a eleição que configura uma fraude completada do resultado. “Nós tivemos uma lavagem de compra de votos e de boca de urna que nós temos centenas de vídeos”, afirmou. “Se a Justiça não anular a eleição de Recife, pode fechar a Justiça Eleitoral. Não tem serventia. Porque não existe um caso tão ululante de compra de votos como aconteceu em Recife”,

As denúncias de fraude são apenas mais um dos aspectos da eleição que fez com que ela fosse a mais anti democrática desde a ditadura militar brasileira, além disse houve as enorme arbitrariedades ditatoriais do TSE para eliminar as chances de vitória da esquerda. Censuras diversas, cancelamento do tempo de TV para 10 partidos, proibição de campanha de rua em diversas cidades e estados, indeferimento de mais de 10 mil candidaturas sendo os principais alvos o PCO e o PT, em números proporcionais e absolutos respectivamente, dentre outras incontáveis arbitrariedades.

Está evidente que a burguesia usa de todas as suas armas para se manter no controle do governo visto que com o acirramento da luta de classes desde o golpe de Estado de 2016 é preciso remover cada vez mais qualquer resquício de democracia para que a esquerda não volte ao poder. A maior fraude da história recente aconteceu em 2018 com a retirada de Lula das eleições, em 2020 a situação não se difere muito, não é difícil antecipar o que a burguesia planeja para as eleições de 2022.

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