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Em todo o Brasil e no exterior

Atos de 13/6 marcaram uma perspectiva revolucionária ante a crise

Manifestações denunciaram capitulação dos que querem conter a onda de protestos que se desenvolve e o estelionato de querer chegar a um acordo com a direita, em nome dos que lutam

Do Acre a Porto Alegre, na Esplanada dos Ministérios (DF), na Avenida Paulista (SP), na Cinelândia(RJ), na Praça 7 (MG), Praça Campo Grande (BA) e em muitos outros pontos centrais do Brasil e até do exterior, milhares de ativistas e dirigentes do PCO saíram às ruas neste sábado, dia 13, pelo Fora Bolsonaro.

Foram acompanhados pelos Comitês de Luta, juntamente com companheiros de outras forças políticas (ainda que não impulsionadas por decisões da maiores de suas direções), companheiros da Central de Movimentos Populares e da FIST – sem tetos (como o caso do Rio), de Núcleos do PT de Brasília (que rejeitam a decisão de dirigentes que chamaram a apenas a permanecer no carros que integravam a carreata que organizaram), companheiros do MST do interior de Estados do Nordeste (cuja direção julga que ainda não é hora de sair às ruas e assumir o papel de destaque que este importante movimento teve na luta contra o golpe e outros momentos).

Ato na Av. Paulista pelo Fora Bolsonaro

Exatamente sete anos depois das manifestações nas quais, em 2013, a truculenta e assassina Polícia Militar paulista disparou contra estudantes que protestavam contra o aumento das passagens, ferindo inúmeras pessoas e levantando o que foi, até então a maior onda de protestos das duas últimas décadas. Protestos que depois foram capturadas pela direita por conta da política covarde e confusa da esquerda que aceitou a imposição de políticas reacionárias (apoiadas também por setores da esquerda) de “abaixar as bandeiras” vermelhas, despolitizar e despartidarizar o movimento, facilitando a situação para que a direita golpista, sob a liderança da rede Globo, procurasse dirigir o movimento contra o governo de Dilma Rousseff (PT) que anos depois seria derrubada por um golpe de Estado.

Nesta sábado, embora em uma etapa mais avançada do golpe, quando a direita que assumiu o poder em 2016, derrubando Dilma, prendeu Lula e conseguiu fraudar a eleição de 2018 para levar ao governo o capitão Bolsonaro, dúzias de generais e colocar 3 mil militares em postos de confiança no Executivo, ameaça com outros bandos fascistas dar um golpe militar e intensificar a ditadura, no momento em que o País conta mais de 42 mil mortos e caminha para acrescentar outros 100 mil nas próximas semanas. Exatamente neste momento, setores de vanguarda saíram às ruas, para impulsionar a mobilização que ganhou apoio e força nas últimas semanas com adesões de importantes organizações populares, como as torcidas de futebol, ainda em uma etapa de enorme confusão política, resultado da politica reacionária da esquerda, que – cega à realidade do último período – resolveu “dar as mãos” para os pais do golpe de Estado, de Bolsonaro e de tudo que foi e está sendo feito contra os trabalhadores nos últimos anos.

O pelotão mais combativo e consciente da classe operária, dos trabalhadores e da juventude classista foi às ruas para rejeitar a política de capitulação e conciliação com a burguesia, expressa – além da frente ampla e nos Manifestos assinados com a direita – na política de fazer acordos com governos e a Polícia da direita para “dividir” as ruas com os fascistas pró-Bolsonaro.

Não foram nem as primeiras e nem as maiores manifestações das últimas semanas e, por certo, outras muito maiores virão nos próximos dias. No entanto, as manifestações de ontem foram um impulso para todas as demais que virão; servirão para dar um recado bem claro, em alto e bom som, para a esquerda que quer capitular e iludir os trabalhadores, cometer o estelionato de “representantes” com uma política de covardia e também para a direita que pretende intensificar o genocídio do povo e cassar-lhe os direitos democráticos: há um certo setor social cuja força reside na sua política e na sua disposição de luta, que cresce em todo o País que não está disposto a se curvar a essa política e que vai intensificar a luta política que vem travando desde antes do golpe para dar uma perspectiva revolucionária à evolução política que o conjunto da classe trabalhadora vem experimentando na sua luta contra o golpe e seus ataques contra o povo.

Por razões diferentes, esse dia 13 de junho, como o de 2013, também vai entrar para a história.

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