O adiamento da convenção dos democratas, na qual será decidido o futuro candidato à presidência dos Estados Unidos da América, pode ser uma política para favorecer Joe Biden na corrida.
A popularidade de Sanders durante a pandemia do coronavírus tende a aumentar, já que os Estados Unidos não possuem um sistema de saúde gratuito, por conta de sua política neoliberal, que acabou transformando a medicina do país em fonte de lucro para os capitalista, contra a população. Sanders não só denuncia essa política, como apresenta propostas para o problema, caso da defea de um sistema de saúde público.
Os EUA são, atualmente, o epicentro da pandemia do coronavírus, podendo chegar a ter 2 milhões de vítimas mortais. A burguesia tenta esconder isso, engrandecendo a imagem de Donald Trump no país e o fazendo passar como grande estadista diante da crise, inclusive com resultados de pesquisa para mostrar sua popularidade. Porém, a realidade é que a crise pode abrir um grande processo de mobilização popular, como ficou demonstrado com as recentes greves de algumas categorias.
A ideia de que pudessem ter um presidente que fizesse um novo modelo de saúde, em que todos pudessem ser atendidos, assim como levasse adiante uma luta por melhores salários e condições de trabalho, pode levar os trabalhadores a se mobilizarem ainda mais e fazerem da bandeira da eleição de Sanders o centro de sua luta política atual.
Sendo assim, vem bem a calhar uma paralisação nas atividades eleitorais por parte do Partido Democrata, que já demonstrou querer Biden nas eleições a todo custo. A paralisação também fará passar um escândalo que a imprensa burguesa vem tentando esconder, o de que Biden teria cometido assédios sexuais contra várias mulheres, acusação que não é nova, porém que veio à tona nos últimos dias após o sítio The Intercept, realizar uma matéria na qual denuncia que ONGs burguesas que prestam atendimento e ajuda financeira a vítimas de assédio sexual se negaram a auxiliar uma das vítimas de Biden, por ele ser um candidato à presidência.