Embora o imperialismo, principalmente o norte-americano, tenha recuado da imediata intervenção militar na Venezuela, o fato é que o governo Maduro ainda sofre muita pressão externa. Os planos envolvem a continuação da sabotagem contra Maduro de todas as formas possíveis e imagináveis, de modo a desestabilizar o governo e assim possibilitar a sua derrubada.
Conforme denunciado anteriormente neste Diário, desde o dia 7 de março deste ano, a Venezuela tem sofrido uma série de ataques de hackers no sistema de controle da planta hidrelétrica de El Guri. O governo venezuelano assegurou que a tecnologia empregada nestes ataques poderia vir somente da América do Norte, o que convenhamos, é uma conclusão tão elementar que não precisa de nenhum Sherlock Holmes para ser tirada.
A mais nova ofensiva imperialista aconteceu na última segunda-feira (25). Em matéria publicada em seu sítio, a Telesur destacou que, tão logo o sistema de geração de energia começou a dar sinais de normalização, com os maiores índices de geração desde o começo das sabotagens no dia 7 de março, a direita golpista provocou mais um incêndio de grandes proporções no pátio de transmissão de El Guri. Esta sabotagem foi profunda e fez com que o governo Maduro decretasse um recesso nacional geral de 24 horas, tanto nas escolas e universidades, como no trabalho.
Devemos denunciar mais essa ofensiva do imperialismo, que diante da inviabilidade de pôr em marcha neste momento uma intervenção militar estrangeira na Venezuela, resolveu intensificar a desestabilização do governo Maduro. Além do tradicional e amplo boicote econômico, o imperialismo suborna, tortura, ameaça e realiza atentados, com o objetivo de derrubar o governo nacionalista venezuelano.
A luta pela defesa da Venezuela diante dos ataques do imperialismo é central na atual conjuntura política latino-americana, a manutenção do governo Maduro com a radicalização dos trabalhadores enfraquece o governo golpista de Bolsonaro no Brasil e os outros da região, bem como fortalece o movimento popular no continente. Fora o imperialismo da Venezuela!