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Censura

Youtube bloqueia canal russo com mais de 4 milhões de inscritos

Big Tech americana censura o canal RT em Inglês e em Alemão alegando violações em sua política; as ações ocorreram sem explicações e os dois canais sofrem sanções da plataforma

Na última semana, a versão em inglês do canal Russia Today (RT) no Youtube sofreu uma penalização — o chamado strike — por promover desinformação a respeito da COVID-19, de acordo com o Youtube. Quatro vídeos do canal foram retirados do ar sob alegação de violar as políticas do Youtube em relação a “desinformação médica” e “spam, práticas enganosas e golpes”. De acordo com as regras da plataforma, o canal não poderá fazer transmissões ao vivo por sete dias.

Os quatro vídeos removidos incluem uma entrevista com o virologista russo Dmitry Lvov, ocorrida em março; um episódio de um talk show que fala sobre a posse de Biden em janeiro; e dois vídeos sem comentários que mostram protestos contra as restrições relacionadas ao coronavírus impostas em Londres e Birmingham.

O Youtube não especificou o conteúdo nos vídeos que o levou a realizar essas acusações, assim como não respondeu às contestações feitas pela RT em resposta ao strike — outro fato agravante é que os vídeos haviam sido publicados há semanas ou até meses e já haviam acumulado suas quantidades de curtidas, visualizações e comentários.

A versão alemã da RT também sofreu um strike, sendo este o segundo em um curto período de tempo, o que configura na proibição de postar vídeos e realizar transmissões ao vivo durante duas semanas. O vídeo em questão mostrava imagens de protestos anti-lockdown em Melbourne, na Austrália, e havia sido postado em outubro de 2020. As regras do Youtube afirmam que três strikes num período de 90 dias ocasionam no banimento permanente do canal da plataforma — as contestações da RT nesse caso também não foram respondidas, assim como não se sabe o porque o conteúdo foi retirado do ar.

Os ataques contra os sítios russos de notícias — com destaque para RT e Sputnik — vem de longa data e com as mais diversas justificativas: desde publicação e disseminação de notícias falsas até acusações de interferência nas eleições americanas de 2016 para eleger Donald Trump. Diversas redes, a exemplo de Youtube, Twitter e Facebook, colocam, por exemplo, a RT como financiada pelo governo russo, acusando-a de ter parcialidade e portanto diminuindo seu alcance. Os casos de exclusão de diversas contas nessas redes também não são incomuns.

O cerceamento à liberdade de expressão apenas aumenta no mundo inteiro, tendo como principal alvo a imprensa progressista. A RT não é uma rede de esquerda, é uma rede capitalista, ligada ao nacionalismo russo, e por questões de concorrência, acaba entrando em conflito com o imperialismo.

É possível ver essas ações também no cenário brasileiro. A partir das eleições nos Estados Unidos em 2018, toda a rede de sites progressistas brasileiros foi classificada como “conteúdo borderline” — conteúdos que estão na fronteira entre serem ou não permitidos na rede. Isso fez com que, a partir daquele momento, todos esses sítios, incluindo suas variantes em redes como o Youtube, sofressem uma estagnação brusca. Os conteúdos são mostrados para quem acompanha os canais dessa imprensa, mas não são recomendados para aqueles que não a acompanham, por mais que tenham interesse no assunto.

Junto a isso, os acontecimentos no prédio do Capitólio nos Estados Unidos que ocorreram no começo do ano serviram como pretexto para uma intensificação dos ataques às redes esquerdistas. Com o pretexto de proteger a “democracia americana”, os ataques feitos a Trump pelas redes sociais após a invasão do Congresso norte-americano foram apoiados pela imprensa tradicional e pela esquerda pequeno-burguesa. Pouco tempo depois, o Twitter utilizou do mesmo instrumento para riscar do mapa qualquer conta em suas redes ligadas ao governo venezuelano. Ataques assim continuaram a acontecer, eventualmente atingindo Irã, Rússia, China e qualquer outro País que se opusesse à censura das chamadas Big Techs — uma verdadeira operação de “caça às bruxas”.

Em paralelo a isso, o governo fascista brasileiro retira do túmulo a Lei de Segurança Nacional e, também com o apoio da esquerda pequeno-burguesa, faz uma demagogia ao pegar um ou outro peixe pequeno da extrema-direita e jogá-lo na cadeia por falar — um claro atentado à liberdade de expressão. Logo, isso começou a atingir essa mesma esquerda, que se mostrou surpresa e indignada por essas ações, sem perceber a armadilha que havia montado para si e para qualquer outro movimento esquerdista brasileiro.

Se por um lado o alcance da imprensa de esquerda está propositalmente reduzido, por outro essas correm o risco de a qualquer momento serem enquadradas e censuradas por meio da lei. A esquerda precisa se lançar na defesa da liberdade de falar, da liberdade de expressão. Este é um direito fundamental que está cada vez mais cerceado e controlado pela burguesia no mundo inteiro.

É preciso reivindicar o direito à liberdade de expressão e a difusão de ideias sem o controle da imprensa tradicional e das redes sociais pertencentes aos monopólios capitalistas. Caso contrário, não se poderá falar mais nada.

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