De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o governo do Rio de Janeiro realizou 813.560 testes para verificar a presença do novo coronavírus desde o início da pandemia, isto é, em março. Desse total, foram apenas 76,6 mil exames PCR, tipo de teste mais eficaz. O governo Bolsonaro alega que teria enviado 1,2 milhão de testes, mas o governo carioca nega essa informação.
Não sabemos sequer se esses pouco mais de 800 mil testes foram de fato realizados. E se foram realizados, o fato é que ninguém sabe em quem foi aplicado. Com certeza, não foram utilizados em uma política de testes em massa, visto que, como em todo o Brasil, ter acesso a um teste continua sendo extremamente complicado. Mas mesmo que nós assumamos esses números como verdadeiros, o fato é que o governo Witzel não testou nem mesmo 5% da população do Rio de Janeiro. Um verdadeiro escárnio com o povo.
Se o governo não quer nem mesmo testar a população, é porque, obviamente, não está minimamente interessado em combater a pandemia. Não há, afinal, como combater uma doença sem saber quem está e quem não está infectado. Ainda mais uma doença como essa, de facílimo contágio. Fica claro, portanto, que qualquer anúncio de medida de “combate” ao coronavírus por parte de Witzel é uma completa farsa.
Witzel, apesar de ser um fascista, não é exceção alguma no Brasil. A falta de testes em massa é uma política deliberada da burguesia. A direita decidiu, desde o início da pandemia, que não iria gastar o dinheiro dos cofres públicos com o povo. Tudo está sendo guardado para salvar os negócios dos capitalistas.
A falta de testes reforça o argumento de que a esquerda e os trabalhadores não conseguirão combater o coronavírus enquanto estiverem com Bolsonaro, Witzel e os golpistas no poder. Por isso, é preciso sair às ruas pelo Fora Bolsonaro, pelo Fora Witzel e pelo Fora todos os golpistas!